Chuvas, relâmpagos e trovões cobriram o céu de Petrolina nesta quarta-feira (8) desde às 6h30

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Bairros ficaram alagados e famílias perderam móveis.
Possibilidade de chuva até a sexta-feira (10), afirma meteorologia.

Desde às 6h30 desta quarta-feira (8), a chuva chegou a Petrolina. Por duas horas ela foi intensa. No centro da cidade, a precipitação não provocou maiores transtornos no trânsito. Porém há bairros onde os problemas causados pela chuva eram visíveis.

Alagamento no Quati II (Foto: João Lucas/Arquivo pessoal)
Alagamento no Quati II (Foto: João Lucas/Arquivo pessoal)

No João de Deus, na Zona Norte da cidade, algumas casas ficaram alagadas. Moradores perderam móveis e eletrodomésticos. Quando a chuva amenizou, os moradores tentavam salvar o que ainda restava em casa.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Jenivaldo dos Santos, o órgão recebeu inúmeras ligaçõess de moradores dos bairros Vila Eulália, José e Maria, Cosme e Damião e Dom Avelar sobre os prejuízos provocados pela chuva. “Muitas das casas têm problemade nivelamento em relação ao nível da rua, o que faz com que a água invada as residências. Cerca de 31 casas já foram visitadas pela Defesa Civil”, disse Jenivaldo. Segundo ele, os moradores da ocupação do Dom Avelar ficaram muito prejudicados e o órgão está estudando a possibilidade da retirada de cerca de 30 famílias do local. “Elas vivem em caisas de taipa. Ainda estamos vendo se existe risco e para onde levaríamos estas pessoas”, disse o coordenador da defesa Civil.

Alagamento foi registrado no bairro Quati II, também na Zona Norte. João Lucas fotografou partes do bairro em que a água ficou acumulada.

No centro da cidade, a chuva não prejudicou a fluidez no trânsito. Os carros trafegavam normalmente pelas principais avenidas como Monsenhor Ângelo Sampaio e na rotatória do Viaduto dos Barranqueiros, um dos pontos em que mais costumam alagar.

Trânsito não foi prejudicado com chuva (Foto: Paulo Ricardo Sobral/ TV Grande Rio)
Trânsito não foi prejudicado com chuva (Foto: Paulo Ricardo Sobral)

De acordo com o meteorologista da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Mário de Miranda, o mês de abril é marcado historicamente por pouca chuva. “No mesmo mês em 2014, foram registrados somente 220 milímetros”, afirmou.

Mas a chuva não chegou sozinha. Antes mesmo da precipitação, muitos relâmpagos cobriam o céu de Petrolina e os trovões assustaram alguns moradores. O auxiliar de produção, Bruno Rodrigues, por exemplo, disse que ficou abismado com a constância dos fenômenos naturais e procurou se proteger. “A primeira coisa que fiz foi desligar o celular, pois tenho medo”, disse.

Segundo o Laboratório de Meteorologia da Univasf, a previsão para Petrolina e cidades vizinhas é de possibilidade de ocorrência de chuva até a sexta-feira (10).

Chuva pelo Sertão de PE

Nas cidades de Santa Maria da Boa Vista e Belém do São Francisco também choveu até a manhã desta quarta-feira. Nas outras cidades do Sertão do São Francisco e do Araripe, o céu permanece nublado e pode chover a qualquer momento.