Frustrado, Belfort lamenta: "Foi uma noite muito dura para mim"

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Derrotado por nocaute técnico para Chris Weidman, “Fenômeno” dá méritos ao adversário: “Ele é o campeão, aguentou e foi o melhor lutador nessa noite”.

Sem perder desde 2012, Vitor Belfort voltou a experimentar o amargo sabor da derrota no sábado, no UFC 187, na disputa de cinturão do peso-médio, contra Chris Weidman. O “Fenômeno” não suportou a pressão do americano e, por nocaute técnico, no round inicial, viu o sonho do título ser interrompido.

Na coletiva de imprensa após o evento, Belfort lamentou o resultado e deu os méritos da vitória ao adversário, ainda invicto no MMA.

– Eu só quero pensar no meu time, na minha família, pessoas que trabalharam comigo por tanto tempo. Foi uma longa estrada. Estou feliz, mas muito frustrado ao mesmo tempo. Acho que o futuro é um recomeço. Foi uma noite muito dura para mim, não esperava que fosse assim, porque eu vi a minha finalização. Ele é o campeão, aguentou e foi o melhor lutador nessa noite. Eu só quero falar com a minha família. Ter uma vida fora do octógono é ótimo, é isso que me motiva e me faz seguir em frente.

Belfort, que minimizou o fato de ter sentido o ombro se deslocar ao cair, e declarou que poderia ter investido nos chutes – golpes que nocautearam seus últimos três oponentes.

– Eu estava bem. Quando eu fui dar os dois passos para trás, juntei as pernas e não consegui fazer a defesa, e ele conseguiu a queda. Ele brilhou, mas como atleta, a gente tem que entender como as coisas  acontecem. Talvez eu tenha usado mais as minhas mãos do que os pés e tinha que ter feito o contrário. Ele brilhou, foi a noite dele, e tenho que parabenizá-lo.

Com o rosto machucado, o carioca citou a vontade de seguir adiante e exaltou a parceria de quem o apoia.

– Eu acho que fiz muita coisa para o esporte. Tenho uma vida além do octógono, meus patrocinadores acabaram de ligar dizendo que estão comigo independentemente do resultado. É muito bacana ver o respeito de todos eles. O importante na vida é nunca desistir. Você não pode deixar que uma circunstância faça você parar de sonhar.