Um feirante, de 57 anos, passou mal por volta das 5h deste sábado(22) na feira do bairro Cohab Massangano, na Zona Oeste de Petrolina. Ele, que era vendedor de baldes na localidade, chegou de bicicleta para mais um dia de trabalho, caiu no chão e ficou à espera de socorro.
Os outros feirantes ligaram para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que fica há poucos metros da feira, e disseram que aguardaram muito tempo até a chegada de socorro. O homem já não apresentava sinais vitais quando a equipe de assistência médica chegou. O SAMU foi embora após constatar a morte do feirante e o corpo do idoso permaneceu no mesmo local até a remoção pelo Instituto de Medicinal Legal (IML), por volta das 7h30.
Os feirantes ficaram revoltados com o retardo da chegada da ambulância. Joana Cardoso foi quem acionou o serviço de atendimento móvel de urgência. “Ele passou 40 minutos passando mal aí no chão. Quando chegaram ele já estava morto”, disse.
A feirante, Maria Rejane de Lima, acompanhou a agonia do vendedor de baldes. “Eu liguei para o SAMU e disse: ‘senhora, o homem vai morrer’. Ela passou para o médico que disse que ambulância já estava vindo. Isso era 5h18. Deu 5h30 e nada. O SAMU é aqui ao lado, eu fui correndo e a mulher, que estava com os braços cruzados, disse que a ambulância estava indo. Quando vieram chegar aqui era 5h40. Dava tempo para ter acodido ele”, contou.
A irmã do feirante, Socorro Araújo, foi até o local e ficou indignada. “Eu acho uma irresponsabilidade. Já me contaram que foi falta de socorro porque se tivessem chegado antes. O Samu bem aí. Ao invés de tererem vindo logo socorrer ele, ele poderia ainda estar aqui entre nós”, lamentou a irmã.
Os funcionários do SAMU não quiseram se posicionar sobre a demora no atendimento. O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde e foi informado que “às 5h21 foi realizada a chamada para a Central do SAMU e 5h25 a regulação foi concluída quando a equipe se dirigiu ao local. Chegando no lugar, o paciente estava em parada cardiorrespiratória e o técnico de enfermagem começou a reanimação ao mesmo tempo em que pedia apoio da Unidade de Suporte Avançado. Ao chegar na feira, foi confirmado o óbito e a equipe retornou à base 6h05. Ao todo teriam sido realizados 35 minutos de reanimação”.
A nota esclareceu ainda que “o SAMU é um serviço acionado apenas pelo número 192 e não fazemos atendimento ao público no prédio, pois todo atendimento deve ser regulado pelo médico regulador.”
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(Fonte):G1
