Atentados em mesquitas da Nova Zelândia deixam pelo menos 49 mortos

Pelo menos 49 pessoas morreram nesta sexta-feira (15), em atentados terroristas contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, que fica na costa leste da Ilha do Sul da Nova Zelândia, segundo informações da polícia e da primeira-ministra do país, Jacinda Ardern.

Os agentes detiveram três pessoas – em princípio eram quatro, mas uma já foi liberada por não ter envolvimento com os massacres – que guardavam explosivos em seus carros. Este material já foi desativado. Nenhum dos detidos estava fichado pelas forças de segurança.

Dos 49 mortos, 41 estavam na mesquita de Noor e sete na de Lindwood. Outra pessoa perdeu a vida após ser levada ao hospital.

O massacre foi exibido ao vivo pelas redes sociais por seu próprio autor, que aparece com traje militar dentro do templo islâmico, disparando à queima-roupa contra várias pessoas. Em pelo menos duas vezes ele substitui o carregador da arma automática que usava.

De acordo com testemunhas, em uma das duas mesquitas atacadas em Christchurch, terceira maior cidade do país, estavam reunidas entre 300 e 500 pessoas para as preces da sexta-feira, as mais importantes da semana para os muçulmanos. O número total de feridos é de 48, entre os quais há várias crianças. As vítimas alvejadas estão sendo atendidas num hospital de Christchurch, e pelo menos 12 delas tiveram que ser operadas de emergência.

No local de um dos massacres “havia sangue por toda parte”, segundo relato de uma testemunha ao canal One News. “Fiquei horrorizado ao escutar os disparos. Não há justificativa para esse tipo de ódio”, acrescentou essa pessoa. Segundo outra testemunha, um dos autores do ataque usava capacete, óculos e jaqueta militar e utilizou uma arma automática.

A primeira-ministra Ardern disse que se trata de “um dos dias mais sombrios para a Nova Zelândia”. Em entrevista coletiva, denunciou que se trata de “um ato de violência extraordinário e sem precedentes”. Sobre as motivações do ataque, ela afirmou que entre as vítimas poderia haver refugiados e migrantes.

Com informações EL PAÍS