TSE aprova criação do União Brasil, partido mais rico do Congresso

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (8), a criação do União Brasil, partido que surgiu na fusão do Democratas e do Partido Social Liberal (PSL).

As legendas autorizaram, em 6 de outubro do ano passado, em suas respectivas convenções nacionais, a criação do estatuto da sigla que irá adotar o número 44 nas urnas.

O novo partido terá a maior bancada do Congresso Nacional. Atualmente, na Câmara, o PSL possui 55 deputados e o DEM 26, resultando em 81 parlamentares. Já no Senado Federal, são 5 pelo DEM e 2 pelo PSL, chegando em 7.

Serão ainda 3 governos estaduais (Goiás, Mato Grosso e Rondônia), 552 prefeituras e 129 deputados estaduais e distritais. Com a mudança, o União Brasil terá acesso a R$ 1 bilhão de fundo eleitoral.

O número de parlamentares pode mudar entre março e abril. Na ocasião irá ocorrer a chamada “janela partidária”, que acontece seis meses antes das eleições, em que os políticos terão 30 dias para mudar de partido sem perder o mandato atual.

Segundo o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, em entrevista à CNN, em 28 de novembro do ano passado, a tendência é que o grupo tenha candidato próprio à Presidência da República.

“Tenho falado muito com o MDB, com PSDB, até ultimamente com o Podemos. Então, a tendência é nós termos um candidato único. Mas de toda sorte, a forma como foi feita essa junção do DEM com o PSL, formamos hoje a maior bancada da Câmara Federal, e certamente nós não vamos ser coadjuvantes. Vamos ter uma candidatura própria e é nesse sentido que a gente está trabalhando nesse momento pré-eleitoral”, declarou Bivar.

Uma ala de integrantes do União Brasil está trabalhando para tirar o pré-candidato à Presidência Sergio Moro do Podemos e levá-lo ao partido. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou, em 25 de novembro do ano passado, que seu nome continua a disposição da legenda para concorrer ao Palácio do Planalto.