Cremepe fiscaliza Hospital de Urgência de Petrolina e pode fazer interdição ética

Segundo fiscais, faltam profissionais e insumos, como gaze e soro.
Relatório será levado para Conselho Regional de Medicina de PE.

hospital

O presidente Sílvio Rodrigues e o vice-presidente André Dubeux, do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) visitaram nesta quinta-feira (13) o Hospital Universitário de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A solicitação foi feita pela delegacia do órgão na cidade por causa das constantes reclamações a respeito da situação do hospital.

Segundo o presidente do Cremepe, a situação encontrada piorou em relação à última visita dos fiscais, realizada há cerca de um mês. Entre os principais problemas estão: a falta de medicamentos essenciais para o atendimento de urgência e emergência, além da ausência de profissionais na escala de plantão, como número suficiente de anestesistas para que aconteçam de 2 a três cirurgias em paralelo, neurocirurgião e traumato-ortopedia.

“Estes são profissionais fundamentais para trabalhar em um hospital de urgência e trauma. Na semana passada estava faltando soro fisiológico para pacientes e outros insumos básico para atendimento. Nesta semana também faltaram dopamina, noradrenalina, antibióticos básicos além de analgésicos potentes e gaze, que nos foi informado durante a fiscalização. Isso inviabiliza qualquer emergência que precisa de grande quantitativo destas medicações”, disse o presidente do Cremepe.

Segundo o presidente do Cremepe, o problema trabalhista dos anestesistas é com o Ministério Público e com o sindicato da categoria, porém a ausência destes profissionais inviabiliza o atendimento adequado à população. “Existe, sim, a possibilidade de levarmos a situação da insuficiência de profissionais para a plenária do Conselho e há a possibilidade de interdição ética no setor de cirurgia”, disse Sílvio Rodrigues.

Após a fiscalização será feito um relatório com os problemas apontados no Hospital de Ensino. O Cremepe enviou um ofício ao Ministério Público Federal (MPF). “O ofício que encaminhamos porque achamos que ele pode acelerar o processo de recomposição das escalas e dos insumos, mas é importante a participação da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) que é a responsável pela unidade de ensino”, explicou o presidente do Cremepe.

Ainda nesta quinta-feira, os fiscais devem se reunir com o corpo clínico para informar sobre o levantamento feito pelos fiscais.

 

(Fonte): G1