Android Auto chegará ao Brasil no segundo semestre de 2015, para ser usada em automóveis de vários fabricantes

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Recém-lançado lá fora, o Android Auto deve chegar ao Brasil no segundo semestre de 2015. A nova “versão” do sistema operacional do Google foi desenvolvida para ser usada em automóveis de vários fabricantes. Entre as montadoras parceiras da companhia americana estão Ford, Chevrolet, Audi, Fiat e Volkswagen. Ao lado de outras gigantes do ramo automobilístico elas integram a Open Automotive Alliance (OAA). Como o nome sugere, trata-se de uma aliança global formada para justamente levar a tecnologia do Android para os carros e facilitar a vida dos motoristas.

No entanto, ainda não há uma data certa para o sistema desembarcar por aqui. De acordo com Daniel Holle (responsável pelo Android Auto), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o lançamento do Android para carros no Brasil depende muito das montadoras. Isso porque, antes, as empresas precisam integrar o sistema em seus veículos, o que deve obedecer ao calendário de cada uma. E, por enquanto, nenhuma companhia deu mais detalhes sobre como está trabalhando.

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Para aqueles que desejam ver o Android Auto em ação há duas notícias. Uma é boa; a outra, ruim. A boa é que o Google liberou o aplicativo do Android Auto na Play Store para os usuários testarem o sistema. A ruim é que o app ainda não está disponível para os brasileiros. Por enquanto, não há informações sobre quando isso vai acontecer. No momento o Android Auto está disponível apenas nos Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, e requer um celular com o Lollipop instalado.

Nos EUA, mais especificamente, já há alguns aparelhos multimídia à venda no mercado e que trazem compatibilidade com o sistema como o receiver Pioneer AVIC-8100NEX, que custa US$ 1.400 (há modelos da mesma fabricante com preço mais em conta, a partir de US$ 700). Alguns são compatíveis não só com o Android Auto como também com o CarPlay (o sistema para carros da Apple). Vale lembrar que os dois sistemas devem travar uma guerra de mercado como já acontece em relação aos celulares, tablets e relógios inteligentes.

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A interface do Play Music no Android Auto. / © Google

E, por falar em guerra, o medo de que a disputa entre o Android Auto e o Apple CarPlay provoque uma fragmentação, no que diz respeito aos carros conectados, não parece preocupar os executivos do Google. Para a companhia, que domina o mercado de buscas, a concorrência é benéfica e só deve trazer vantagens para o usuário. De acordo com Daniel Holle, a companhia está animada para ver como essa competição continuará nesse novo mercado.
Ainda é cedo para dizer aonde essa guerra vai chegar. O fato é que, ao contrário do que ocorre no mercado de tablets, por exemplo, os carros conectados sairão da linha de montagem suportando ambos os sistemas. Essa deve ser a realidade nos próximos meses. Ou, pelo menos, até o dia em que os sistemas de ambas as empresas eliminarem a necessidade de se conectar o smartphone ao carro para acessar as funções de navegação e multimídia.

No modo atual o usuário tem que plugar o celular no carro e o aplicativo do Android Auto faz o resto, espelhando a tela no receptor. Com isso o motorista obtém acesso a várias informações úteis sobre o trânsito, mas fica impedido de usar o aparelho enquanto o automóvel estiver em movimento.

Quando essa limitação for suplantada, o Android Auto poderá ser tornar independente do Smartphone e equipar os automóveis de forma autônoma. O que pode não estar muito longe de acontecer já que neste momento o Google trabalha na adição de novos recursos. O objetivo é transformar o automóvel num dispositivo Android conectado.

Tão logo isso aconteça, porém, o CarPlay e o Android Auto não poderão mais conviver de forma pacífica, pois apenas um sistema poderá ser instalado no carro em prejuízo do outro. E, se a Apple seguir pelo mesmo caminho, como se espera, os donos de automóveis poderão ver uma reedição da velha briga entre o ecossistema aberto do Google e o fechado da gigante de Cupertino. Só que, desta vez, sobre quatro rodas.

 

(Fonte): androidpit