Brasileiro não tem mais direito a recurso na Indonésia, e pode ser executado a qualquer momento

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O paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte e outros oito condenados à morte por tráfico de drogas na Indonésia não têm mais possibilidades de recorrer das sentenças, disse um porta-voz da Procuradoria Geral do país.
Familiares visitaram os condenados na prisão de Nusakambangan, onde as execuções por fuzilamento deverão ser realizadas. Ambulâncias carregando os caixões chegaram à penitenciária nesta terça-feira.
Não foi divulgado quando as sentenças são cumpridas, mas acredita-se que as execuções poderão ocorrer nas primeiras horas de quarta-feira (horário local).

Gularte, de 42 anos, foi condenado à morte em 2005, um ano após ter sido preso ao tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína em pranchas de surfe. A família tentava convencer autoridades a rever sua pena após ele ter sido diagnosticado com esquizofrenia.

Dos nove condenados a serem executados, oito são estrangeiros – há dois australianos, três nigerianos, um ganense e uma filipina, a única mulher, além de Gularte. Segundo Tony Spontana, porta-voz da Procuradoria Geral da Indonésia, não há mais possibilidade deles recorrerem das sentenças.

A defesa do brasileiro entrou com um último recurso nesta terça-feira, mas considerava difícil a reversão da pena.

Gularte será o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia – em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado por tráfico de drogas.

Último adeus
Familiares dos condenados foram à prisão nesta terça-feira para o que seria o último adeus. Gularte foi visitado pela prima Angelita Muxfeldt. Policiais tiveram que proteger os parentes no porto de Cilacap, que dá acesso a Nusakambangan, devido à grande presença de jornalistas. A irmã do australiano Myuran Sukumaran desmaiou e precisou ser carregada.