Ato faz parte dos protestos por reajuste de 13,01% no salário.
Assembleia reuniu professores de Petrolina e outras cidades do Sertão.
Professores da rede estadual de educação reuniram-se na manhã desta quinta-feira (9) na Praça Dom Malan, no Centro de Petrolina para uma assembleia pública. O ato faz parte do calendário de mobilização da categoria que reivindica o cumprimento da Lei do Piso Salarial pelo Governo de Pernambuco, que reajusta 13,01% no salário dos educadores.
Esta é a segunda mobilização feita pelo Sindicado dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) em 15 dias. A paralisação acontece desde a quarta-feira (8). De acordo com o coordenador regional do Sintepe, Robson Nascimento, a assembleia pública foi uma forma de chamar a atenção da população sobre como está acontecendo a negociação junto ao governo. “Optamos por fazer uma assembleia pública para que a sociedade possa ver como está o processo de negociação em que não há avanços”, explicou o coordenador sindical.
Leonilza Dias Moreira é professora da Escola Santa Maria em Lagoa Grande e fez questão de comparecer à assembleia. “Estamos em busca dos nossos direitos. O reajuste era a partir de janeiro. Temos consciência de formar os nossos alunos e precisamos ser cidadãos ativos”, relatou a professora.
O Sintepe regional representa sete municípios: Petrolina, Afrânio, Orocó, Cabrobó, Lagoa Grande, Dormentes e Santa Maria da Boa Vista e cerca de 2.500 profissionais em educação trabalham nestas cidades. Segundo Robson Nascimento, a justificativa dada na mesa de negociação é de que o reajuste excede o limite da folha de pagamento. “Foi enviado para Assembleia Legislativa um reajuste de apenas 10% para a categoria”, disse.
No Sertão, 46.200 alunos matriculados na rede estadual estão sem aulas, mas o Sintepe garantiu que o cronograma de 400 horas será cumprido. Na sexta-feira (10), uma assembleia realizada em Recife a partir das 15h deverá definir os novos rumos do movimento. “Estamos enviando 45 pessoas do Sertão para participar da assembleia, onde deve ser decidido se mantém o calendário de paralisação junto à sociedade ou se vai para uma greve por tempo indeterminado”, destacou.
