Criadores de bovinos e bubalinos do Sertão de PE devem vacinar contra febre aftosa até dia 30 de maio

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Mais de 58 mil animais devem ser imunizados na região.
Vacinação é obrigatória em animais, já a partir do primeiro dia de nascidos.

Começou a campanha de vacinação contra a febre aftosa no Sertão de Pernambuco. Os criadores de bovinos e bubalinos devem vacinar os rebanhos até 30 de maio. O prazo corresponde à primeira etapa da campanha. Em Petrolina, mais de 16 mil animais devem ser imunizados. A vacinação é obrigatória em animais, já a partir do primeiro dia de nascidos.

O criador deve comprar o frasco com dez doses da vacina, que custa em torno de R$ 20, e declarar a vacinação na Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro). Na regional da instituição, que compreende, além de Petrolina, as cidades de Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista, o rebanho é de mais de 58,4 mil bovinos e bubalinos.

Apenas os criadores cadastrados na Agência podem comprar a vacina. Mesmo que as doses sejam aplicadas, o agropecuarista pode ficar como inadimplente caso não apresente a nota fiscal na Adagro. “Aqueles que não obedecerem o prazo vão receber uma multa, que varia de R$ 60 a R$ 1.500, além de ser privado de alguns benefícios, como participar de programas governamentais, não poder transitar com o rebanho, nem comercializar para o abate”, afirma o coordenador da unidade veterinária local da Adagro, Geraldo Miranda.

A febre aftosa é causada por um vírus e tem como principais sintomas uma febre alta e feridas pelo corpo do animal. “Aparecem aftas nas mucosas orais e nasais e também nos cascos e pele dos animais. A doença impede que eles comam e que caminhem para pastar. Então os animais ficam muito debilitados”, explicou o veterinário. Segundo Geraldo, a doença é infectocontagiosa e se espalha com facilidade no rebanho. “Para o animal se recuperar demora meses, isso gera um prejuízo muito grande”, complementou.

A dose da vacina deve ser conservada no gelo até a aplicação. O próprio criador pode aplicar a vacina, mas deve ficar atento, pois o vírus também é transportado por pessoa que entram em contato com os animais doentes, ficando em roupas, calçados e mucosa humana. A segunda etapa da campanha está programada para o mês de novembro.

Em 2014, Pernambuco foi um dos estados brasileiros a receber o certificado internacional de área livre de febre aftosa. Para que a certificação permaneça valendo, é necessário que, pelo menos, 90% dos rebanhos sejam vacinados. “O certificado permite comercializar em todo o país e inclusive no exterior. Caso perca a certificação, volta a barreira sanitária e os criadores podrão vender apenas dentro do estado”, disse.