Docentes da Univasf fazem paralisação nesta quinta-feira (14)

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Decisão de interromper as atividades foi tomada em assembleia no dia (12).
Estão paralisados, além do campus Petrolina, todos os demais campi.

Os professores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) paralisaram as atividades na manhã desta quinta-feira (14). A decisão de interromper foi tomada durante uma assembleia da categoria na terça-feira (12), de acordo com o Sindicato dos Docentes da Univasf (Sindunivasf).

Estão paralisados o campus sede da instituição, em Petrolina, no Sertão pernambucano, o campus Juazeiro-BA e os demais campi da Univasf nos estados da Bahia e Piauí. Entre os motivos da paralisação, está a rejeição pela categoria da minuta elaborada pela gestão da Univasf, que estabelece diretrizes para controle das atividades dos professores.

De acordo com o presidente do Sindunivasf, Clébio Pereira Ferreira, a minuta comprometeria as atividades de pesquisa e extensão. “A Univasf é conhecida por ser uma universidade que dá muita autonomia aos professores.Sempre foram dadas condições para que os docentes façam as pesquisas da forma que preferirem e no tempo que desejarem. Mas a resolução da Reitoria, que foi elaborada por pressão da Controladoria-Geral da União (CGU), tenta romper essa liberdade, impor limites e engessar as atividades”, contou.

Ainda segundo Ferreira, a interrupção das atividades nesta quinta-feira não é total. “Esta paralisação foi solicitada, ou seja, não está sendo imposta. Nós sabemos que alguns professores têm atividades agendadas há muito tempo, como, por exemplo, viagens de campo que se forem canceladas vão prejudicar o andamento das aulas. Então nem todos os docentes devem parar, mas a adesão é muito grande”, explicou.

Uma nova paralisação está prevista para o dia 29 deste mês. Na data, os docentes devem fazer uma nova assembleia e debater as demais pautas. “A paralisação do dia 29 será de maior representabilidade. Vão ser discutidas outras pautas importantes, como por exemplo, condições de trabalho e cortes no orçamento. Este último, entre outras coisas, prejudica as atividades dos docentes, impossibilita contratação de professores e atrasam os salários dos funcionários terceirizados, o que nos deixa preocupados, pois a segurança, a limpeza e a administração de uma forma geral podem ser comprometidas”, declarou.

A assembleia do dia 12 rejeitou a proposta de retomada de greve, entretanto essa pauta também deve ser discutida no próximo dia 29 e, caso seja deflagrada, a interrupção total das aulas pode prejudicar os mais de 5 mil alunos da instituição. Na sexta-feira (15), as atividades acontecerão normalmente.

Em nota, a assessoria de comunicação da Univasf afirmou que reconhece o movimento e está aberta ao diálogo com a categoria, mas ainda não foi comunicada oficialmente pelo Sindunivasf e nem recebeu a pauta de reivindicações.