A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Petrolina chega à terceira semana nesta sexta-feira (31). Apesar de a paralisação acontecer há cerca de 21 dias, muitas pessoas ainda procuram a agência da cidade.
“Isso é muito frequente. As pessoas vêm querendo ser atendidas sem saber que está em greve. Mas logo ao chegar eles são orientados a agendar pelo telefone 135”, contou o servidor da gerência executiva do INSS em Petrolina, Tiago Bezerra. Os médicos não aderiram à paralisação, por isso, apenas as perícias médicas estão sendo feitas, desde que previamente agendadas.
Os funcionários estão paralisados desde o dia 10 de julho para reivindicar a realização de concurso público, melhoria e reposição salarial de acordo com a inflação. Na tarde desta quinta-feira (30), aconteceu uma reunião com representantes do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social (Sindsprev) e do Governo Federal. “Foi uma reunião de quase cinco horas de duração em Brasília-DF e houve avanços em questões importantes, como as 30h semanais e o índice geral”, contou o coordenador geral do Sindicato, José Bonifácio do Monte.
Bonifácio explicou que há funcionários que trabalham 40 horas semanais por causa da falta de servidores em algumas agências. “É um trabalho muito estressante e em vez de cumprir as 30h, que é o ideal, muitos servidores precisam cumprir 40 para compensar a falta de pessoal”, disse. Já o índice geral faz referência ao reajuste salarial. “Nós queremos uma melhoria de 22% já para o próximo ano. O governo insiste em 21,3% em quatro anos, sendo 5,5% em 2016, o que não é vantajoso já que a inflação está próxima a 9%”, disse.
Em Petrolina, os atendimentos que eram de 400 por dia, caíram para 80. A agência local tem 56 funcionários e adesão de 80% deles. Não há previsão para o fim da greve, nem foi definida uma data para novas negociações.
(Via:G1)
