Na quarta paralisação do ano da Polícia Civil de Pernambuco programada para esta quinta-feira (2) há um diferencial: nenhuma delegacia, nem mesmo o plantão, irá funcionar. Serviços de flagrantes e medidas protetivas urgentes à mulher, por exemplo, que aconteciam nas outras mobilizações da categoria estão suspensos. Isso porque desta vez há participação dos delegados, que entregaram o Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES), em que trabalhavam durante a folga.
Em Petrolina existem quatro delegacias, incluindo a 1ª, conhecida como Delegacia do Ouro Preto, onde acontecem os registros dos plantões. De acordo com o diretor de planejamento do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Roseno Neto, os delegados trabalham no plantão voluntariamente durante o dia. “O plantão não tem delegado titular. Hoje o funcionamento da delegacia do bairro Ouro Preto está indefinida. Se tiver delegado vai ter atendimento e se não tiver vai ficar esperando”, afirmou Roseno.
Atualmente para atender todo o município, a Polícia Civil tem 86 profissionais entre delegados, agentes, comissários e escrivães. A reivindicação da categoria é pela isonomia da gratificação de risco de vida, que é de 225%, revisão do Plano de Cargo, Carreiras e Vencimentos (PCCV), reposição inflacionária e elevação dos peritos papiloscopistas ao quadro técnico de polícia.
Segundo Roseno Neto, não há avanço com o governo. “Não ofereceu nada para a gente. Conversamos e disseram apenas que não havia condições de dar aumento”, contou. A última paralisação da categoria foi dia 18 de junho. Nesta quinta-feira os policiais estarão nas delegacias entregando uma carta aberta com as reivindicações à população.
(Fonte): G1
