Servidores em greve fecham os portões da Univasf em Petrolina, PE

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No Sertão de Pernambuco, os portões do campus Petrolina da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) amanheceram fechados nesta quarta-feira (23). Os técnicos administrativos e os professores que estão em greve bloquearam o acesso à instituição. As categorias estão realizando também durante todo o dia, em frente à universidade, um ato em alusão ao Dia de Mobilizações dos Servidores Federais Contra o Pacote de Cortes do Governo Federal.

Os técnicos da Univasf estão em greve há 43 dias, desde o dia 10 de agosto. Segundo o técnico administrativo da instituição, Luciano Silva, desde às 6h30 os servidores estão na porta da universidade. “O governo não está cedendo em nada e não está tentando negociar. A nível nacional a greve já dura 120 dias e aproximadamente 90% das universidades pararam. A proposta de reajuste é 10,8% dividido em dois anos, sendo 5,5% em agosto de 2016 e 5% em 2017.  Mas nos pedimos, 9,5% em 2016 e 5% em 2017”.  Uma assembleia da categoria está agendada para esta quinta-feira (24), às 9h, no campus Petrolina para decidir a continuidade ou não do movimento grevista.

Portões foram fechados pelos servidores da Univasf em Petrolina, PE (Foto: Luciano Silva/ Arquivo pessoal)Já os docentes da Univasf completaram 60 dias de paralisação. De acordo com o presidente da Seção Sindical dos Docentes da Univasf (Sindunivasf), Clébio Ferreira,  esta é primeira vez que os portões da universidade são fechados. “Este é um ato simbolólico para mostrar que nós não queremos nunca ver essas portas fechadas. E também demostrar insatisfação. Há 2 meses em greve, e isso não nos agrada, queremos voltar a lecionar, mas o governo insiste em não retroceder aos cortes nas universidades federais”, explica.

O Sindunivasf revela ainda que o governo está realizando o envio de correspôndencias  para que seja cortado o ponto dos grevistas. “As universiaddes estão recebendo cartas que solicitam o nome dos grevistas. Eles querem cortar os pontos dos grevistas, mas não querem rever os cortes. E enquanto as negociações não avançam, todas as aulas serão garantidas e repostas. Mas se o corte dos pontos acontecer, a reposição não estará mais assegurada”, argumenta Ferreira.

Os professores da Univasf cobram além do reajuste, a reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras e a permanência das atividades extracurriculares. No caso da categoria, o Sindunivasf informou que o comando nacional de greve decidiu flexibilizar e pedir menos de 19% de reajuste, parcelado em duas vezes.

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(Fonte):G1