Profissionais do Sexo são Cadastradas em Petrolina, PE

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*Arte de Douglas Candido/ Artista Plástico

Com objetivo de aproximar as profissionais do sexo com as políticas públicas municipais a partir da promoção da saúde, a Secretaria de Cidadania, através da Secretaria Executiva da Mulher, está realizando visitas em diversos pontos de prostituição para cadastrar as profissionais do sexo na cidade.

Vale pontuar que foi realizada uma pesquisa para mapear e quantificar o número de estabelecimentos que serão atendidos e descobriu-se que hoje Petrolina tem, em média, 15 casas de prostituição e 10 pontos fixos a céu aberto, segundo informações da Polícia Militar de Pernambuco. O cadastramento segue até até o dia 08 de dezembro/2015.

Está marcado para o dia 09 de dezembro das 14 às 17 horas, no Centro de Referencia e Apoio à Mulher (CRAM), um encontro com esse público, para uma tarde de informação, palestras, amostras de videos e tratamentos com a saúde, como testes rápidos para HIV/AIDS e Hepatites. Será também uma tarde com aulas temáticas e praticas de empreendedorismo.

Roseane Farias, secretária executiva da mulher, destaca a necessidade de atenção e cuidados com as profissionais. “Vemos que há uma necessidade de uma atenção diferenciada a este público devido ao estigma e preconceito direcionado a esta população, o que pode dificultar seu acesso aos serviços de saúde, principalmente saúde básica. Atualmente, para falar em cidadania, deve-se também incluir os direitos econômicos e sociais, assegurados para toda a população, indistintamente. No caso das profissionais do sexo, resta assegurar a garantia de tais direitos, uma vez que a maioria desconhece a existência dos serviços”

A vulnerabilidade social vivida pelas profissionais do sexo, em recorrentes casos de violência de gênero, moral, física, psicológica, e outras diversas, faz da ação desse projeto um passo importante na intenção de aproximar o pública de profissionais (travestis, mulheres trans ou cis) que atuam nesse serviço, com as políticas que contemplem essa população para se repensar os direitos de cada trabalhadora, pensando nas possibilidades de segurança, estabilidade e exploração vivida diariamente por elas.

O preconceito e a discriminação social com as profissionais do sexo ainda são bastante elevados, fazendo dessa trabalhadora uma marginalizada. Sair com vários homens e mulheres, não escolher o parceiro ou a parceira, cobrar pelos serviços, entre outros fatores, fazem da imagem dessa profissional uma realidade suja, imoral para as condutas socialmente aplicadas. Elas trabalham por conta própria, em ambientes a céu aberto, em bares, boates, rodovias, casas etc.

As DST’s são as principais preocupações encontradas para esse público, devido a constante relação do serviço com o sexo, dessa maneira é importante auxiliar essas profissionais para que todas  estejam saudáveis para continuar seus serviços.

Assessoria de Cidadania/ASCOM

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