Em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, ainda não foi solucionado o crime da menina Beatriz Angélica, de 7 anos, que morreu assassinada no dia 10 de dezembro a facadas durante a festa de formatura em um colégio particular da cidade. A morte teve grande repercussão na região e, com isso, surgiram várias suposições quanto ao suspeito. O problema é que inocentes estão sendo prejudicados com informações compartilhadas pela internet.
Um jovem, de 18 anos, que preferiu não se identificar, teve sua imagem divulgada nas redes sociais e em um aplicativo de mensagens instantâneas. Ele foi acusado pelo crime na última semana em Petrolina. “Eu fiquei bastante assustado, porque divulgaram em cima do caso e as pessoas começaram a me acusar, mas nem a polícia sabia quem era o indivíduo e me acusaram por causa de uma foto que enviaram por engano e brincadeira de alguém. Eu saia direto com os amigos, agora estou com medo de sair de casa”, explica.
O delegado de Polícia Civil (PC) Marceone Ferreira, alerta que quem repassa boatos pode ser penalizado e cumprir até dois anos de prisão. “Essas pessoas que se aventuram em divulgar e compartilhar determinados boatos que surgem nas redes sociais podem estar correndo o risco de serem responsabilizadas criminalmente por isso”, ressalta.
Ainda de acordo com Ferreira, os boatos atrapalham o trabalho policial. “As pessoas passam a procurar a polícia, ligar para a delegacia atrás de informações. E isso atrapalha as investigações em andamento”, esclarece.
(Fonte):G1-Petrolina
//pagead2.googlesyndication.com/pagead/js/adsbygoogle.js
//
//