Grande número de acidentes de trânsito com motos gera custo para hospital de Petrolina-PE

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O número de acidentes de trânsito envolvendo motocicletas é grande em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. De janeiro a julho deste ano, dos acidentados que deram entrada no Hospital Universitário (HU), 73% foram vítimas de acidentes de moto, foram 3.555 atendimentos, número que chega ao dobro no mesmo período do ano passado. Esse quantitativo gera um alto custo para os hospitais e causa dificuldade na recuperação das vítimas.

O trabalhador rural Edivaldo Rodrigues, de 28 anos, está há cerca de quarenta e cinco dias com o braço, a perna e o pé esquerdos quebrados em um leite de hospital de Petrolina. Ele faz ideia de quando vai voltar às atividades. “Está bem difícil, viu? Eu não tenho nem esperança de voltar pra casa. Quer dizer, esperança eu tenho, mas o médico ainda não sabe a data de voltar”, argumenta.

Edivaldo levava uma vida de um pai de família comum, trabalhando todos os dias para sustentar esposa e dois filhos. Agora ele precisa da ajuda de parentes para se manter. Tudo mudou quando ele passava com um amigo por uma estrada na Zona Rural de juazeiro, na Bahia. “Nós estávamos de moto e vinha atrás um caminhão, ele foi tentar ultrapassar e não deu tempo, o carro pegou a gente”, conta.

A maioria dos pacientes são jovens ativos no mercado de trabalho. “Essa população está na faixa teoricamente produtiva do ponto de vista laboral e que muitas vezes vão ficar por um tempo parado ou às vezes até levando a ter uma interrupção definitiva. E isso vai onerar um custo ao nosso Brasil”, relata  chefe do setor de reabilitação do Hospital Universitário, Fabrício Oliveira.

Em junho de 2016, o hospital gastou quase R$80mil reais com a aquisição de órteses e próteses, fora a compra de outros materiais, como curativos especiais, por exemplo. Números tão grandes quanto os períodos de recuperação que os acidentados precisam passar. “Depois de dois anos fui pra cadeira de rodas e depois de um ano de muleta, né, e quero abandonar a muleta. O processo é lento, mas que dá resultado.”, relata o padeiro José Afonso de Souza.

Por: G1- Petrolina

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