Polícia Civil esclarece assassinato de idosa em Petrolina, teve a participação de dois adultos e dois adolescentes

Uma coletiva de imprensa, para esclarecer o assassinato brutal de Abenigna Lúcia do Bonfim, foi realizada na tarde desta segunda-feira (10) em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. De acordo com a Polícia Civil (PC), os autores do crime foram uma vizinha da vítima, de 42 anos, Alessandra de Castro Silva e seus dois filhos adolescentes, uma menina de 17 anos e um menino de 14. Além de um amigo da família, um jovem de 20 anos, Leandro dos Santos Ferreira. Os adultos já foram presos e encaminhados para a Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes e os menores foram encaminhados para internação na Funase-Case.

Participam da coletiva no auditório do Ministério Público (MP), os delegados envolvidos no caso, Marceone Ferreira, Sara Machado e Magno Neves, além de um representante do Ministério Público, o promotor de justiça, Lauriney Lopes.

Segundo a delegada de Homicídios, Sara Machado, muitas diligências foram realizadas até chegar na prisão dos dois envolvidos no último sábado (8) e a identificação dos dois adolescentes. “Pelas condições do corpo, tomamos conhecimento que o crime tinha acontecido cerca de 3 a 4 dias, e que o local que o corpo foi encontrado não havia indicativo de arrombamento ou alguma situação que desse a entender que uma pessoa estranha tivesse praticado o crime. Foram feitas investigações iniciais e se tomou conhecimento dos vizinhos que pela última vez foram vistos na companhia da vítima, sentados na porta de casa à noite, entre elas, a acusada e a filha adolescente de 17 anos. Com a ouvida dessas pessoas, a gente percebeu que se entravam em várias contradições”, explicou.

A partir de uma denúncia anônima, a polícia reafirmou o envolvimento da vizinha no assassinato da idosa. “Até então a vizinha negava a participação no crime e a proximidade com a vítima, mas a energia da casa da acusada estava cortada e os filhos dela assistiam televisão na casa da vítima e pegavam água gelada lá. Foi aí que se levantou a situação financeira da vítima e os pertences da casa que poderiam ser roubados”, esclareceu. O crime foi praticado com ajuda de um comparsa, um morador do bairro João de Deus, amigo da família. Com ele, foi encontrado um notebook e um aparelho celular que eram de Abenigna. 

A motivação do crime foi por fins patrimoniais. “A acusada sabia informar o valor de R$20 mil que a vítima tinha na poupança, a data do dia 4 de abril que receberia o salário, documentos de uma possível indenização que a vítima teria para receber. Foi um crime que houve premeditação”, disse a delegada.


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Segundo a polícia, o crime foi premeditado. “A vizinha conhecia o jovem através do filho de 14 anos e o tratava como irmão. Os adolescentes participaram do momento do planejamento do crime e ficaram responsáveis por ficarem olhando a rua e a movimentação de pessoas que avisassem para mãe e para o jovem. A vítima foi atingida por um murro no rosto dado pela vizinha e em seguida o jovem amarrou os pés e as mãos da vítima com roupas da vítima e ele disse que não viu o momento em que a vítima foi asfixiada. Essa versão é contestada pela vizinha que diz que a morte por asfixia de Abenigna foi executada pelo jovem com sacolas plásticas e fita adesiva”, relata Machado.
Por: Juliane Peixinho, G1 Petrolina