Neto de Lula não morreu de meningite, diz Prefeitura de Santo André

A Prefeitura de Santo André (SP) descartou, nesta segunda-feira (1º/4), meningite como a causa da morte de Arthur Araújo Lula de Silva, aos 7 anos, no mês passado. O menino é neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A doença tinha sido divulgada como razão do óbito pelo Hospital Bartira, da rede D’Or, do município, onde a criança deu entrada, em 1º de março, às 7h20, com sintomas como febre, dor no corpo e enjoo. O quadro era estável, mas rapidamente se agravou – e o menino morreu às 12h36 do mesmo dia.

Nesta segunda, a prefeitura informou que a Secretaria Municipal de Saúde encaminhou amostras coletadas no hospital, para análise e confirmação, ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Contudo, os exames deram negativo para meningite, meningite meningocócica e meningococcemia.

Em nota, a prefeitura destacou que “todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. Informações adicionais relacionadas ao caso dependem de autorização expressa da família da criança.”

Assim, o município não indicou outras possíveis causas para a morte de Arthur. A família Lula da Silva tampouco se manifestou sobre o comunicado do executivo municipal até a última atualização desta matéria.

Confira a íntegra da nota divulgada pela Prefeitura Municipal de Santo André: 

“Conforme amplamente noticiado, no dia 1°/03/2019 recebemos por volta das 14h20 a notificação de nº 5968951, informando que o paciente A.A.L.S, de 7 anos de idade, deu entrada no Hospital Bartira às 7h14 do dia 1°/3 com cefaleia, febre, mialgia, exantema, cianose, náuseas e dores abdominais. Evoluiu com confusão mental e o paciente veio a óbito por volta das 12h. O hospital informou na notificação que o motivo do óbito foi meningococcemia (meningite). Apesar da notificação, o resultado do exame de líquor realizado no mesmo dia pelo próprio Hospital Bartira, acusou bacterioscopia negativa.

Em face dessa constatação, na mesma data, a Secretaria de Saúde de Santo André, por meio do Departamento de Vigilância à Saúde, encaminhou as amostras de sangue e líquor coletadas no Hospital para análise e confirmação do Instituto Adolfo Lutz, que normalmente emite os resultados no prazo de 15 a 30 dias. Além de encaminhamento das amostras, realizamos esquema profilático dos comunicantes (pessoas com contato íntimo por mais de quatro horas diárias com o paciente nos últimos sete dias). Devido ao fato do paciente estudar em São Bernardo do Campo, a Vigilância Epidemiológica do referido município foi comunicada para que as medidas de profilaxia cabíveis fossem tomadas na escola, o que devidamente ocorreu.

As investigações foram finalizadas pela Secretaria de Saúde de Santo André, por intermédio do Departamento de Vigilância à Saúde, e segundo os resultados dos exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, foram descartadas: meningite, meningite meningocócica e meningococcemia.

Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. Informações adicionais relacionadas ao caso dependem de autorização expressa da família da criança.”

Com informações: Metropoles