Energia solar: mesmo com a “taxação do sol”, ainda vale a pena investir em energia renovável?

No primeiro sábado do ano, 07 de janeiro, entrou em vigor a nova cobrança da taxa de distribuição de energia, chamada popularmente de “taxação do sol”. Esse imposto tem como objetivo gerar recursos para cobrir os custos de utilização da rede de transmissão das distribuidoras de energia. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a energia solar atinge 22,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada no Brasil e já gerou mais de R$ 113 bilhões em novos investimentos. O CEO da Franquia Sollar Energy, que atua no ramo de soluções em energia fotovoltaica, Cleiton Gonçalves, explica que mesmo com a nova cobrança, ainda vale a pena produzir a própria energia.

“O valor da taxa será definido pela própria concessionária de energia elétrica de acordo com cada estado. Mas, apesar desse acréscimo nos custos, vale lembrar que com a economia da conta de luz que é notada já no primeiro mês, cerca de 95% na fatura de energia em comparação com rede elétrica convencional, em aproximadamente três anos e meio o cliente terá pago todos os custos da instalação, incluindo a nova taxa”, declara o executivo.

Para quem tem dúvida sobre os custos de implementação de um sistema solar, que incluem equipamentos e instalação, Cleyton conta que vale a pena instalar o sistema fotovoltaico. “A garantia de fabricação dos painéis solares é de 25 anos de geração de energia; já os inversores, equipamentos compostos por elementos que regulam a qualidade da energia, evitando perda de potência, têm durabilidade entre 7 e 12 anos. Porém, é importante lembrar que cada marca possui sua particularidade”, reforça o profissional. Para o meio ambiente, a produção de energia elétrica por meio de um recurso renovável, como a energia limpa, ajuda a reduzir a poluição e as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) ou gás carbônico. Dados da Absolar mostram que a geração da própria energia evita a emissão de mais de 31,1 milhões de toneladas de CO2 no Brasil, um dos principais responsáveis pelo aquecimento do planeta.