Dez adolescentes egressos ou em cumprimento de medida socioeducativa na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) iniciaram nesta segunda-feira (5) como jovens aprendizes no Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Os adolescentes são das cidades do Recife, Paulista, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. A inserção no programa Adolescente Aprendiz é fruto de um acordo de cooperação firmado entre o MPPE, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Criança e da Juventude (SCJ), e o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE).
Um dos adolescentes iniciantes teve a progressão da medida deferida pelo Judiciário para o meio aberto em função da aprovação na seleção do programa. O objetivo é oportunizar a profissionalização e inserção no mercado de trabalho dos adolescentes que passaram ou estão passando pelo sistema socioeducativo, seja do meio fechado ou aberto. Durante as atividades, eles têm contato com outras possíveis realidades de atuação como profissionais, respeitando as peculiaridades do desenvolvimento de cada um. A seleção foi feita pela SCJ-PE e Funase, enquanto a formação foi oferecida pelo CIEE, com apoio da Escola Superior do MPPE. O contrato tem duração de um ano, renovável pelo mesmo período.
Os jovens selecionados precisam estar matriculados e frequentando uma instituição de ensino formal, cursando entre o 5º ano fundamental e o último ano do ensino médio. Além do aprendizado e das novas vivências, os jovens também são remunerados pelo desempenho das suas novas funções. “Esse é mais um passo importante na política de socioeducação em Pernambuco. O Governo do Estado tem tido um olhar sensível a essa pauta e, principalmente, tem contado com a parceria de outros atores, como o MPPE e o CIEE, que acreditam verdadeiramente na ressocialização e abrem as portas das instituições”, frisa a secretária da Criança e da Juventude, Yanne Teles.
Na recepção aos jovens, o Procurador-Geral de Justiça (PGJ), José Paulo Xavier, ressaltou a importância do momento vivenciado por eles, traduzido como uma oportunidade de aprendizado, de fazer novas descobertas e adquirir experiências para o mundo do trabalho. “O Ministério Público é parceiro de vocês nesse processo de formação técnica e prática, na construção de novos conhecimentos e possibilidades para transformação de suas vidas”, afirmou o PGJ.