Jovens de 14 e 16 anos desaparecem e polícia investiga o caso em Petrolina, PE

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O desaparecimento de duas adolescentes de 14 e 16 anos, está preocupando os familiares das jovens, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Elas desapareceram na última quinta-feira (1), depois que fizeram uma prova no Colégio João Batista, no bairro São Gonçalo, Zona Oeste da cidade.  Até o momento, a Polícia Civil não está tratando o caso como crime.

De acordo com os pais da adolescente de 16 anos, a garota era tranquila e nunca tinha feito algo semelhante. A última vez que o pedreiro Expedito Batista dos Santos, pai de seis filhos, viu a filha, foi na manhã do dia 1º, antes de sair para o trabalho. Aparentemente nervoso e com a voz e as mãos trêmulas, ele disse que só soube do desaparecimento da garota depois que pediu ao filho para ir até a casa da outra adolescente.

“Mandei meu menino ir lá, perguntar por ela. Mas eles também não sabiam. Foi aí que eu peguei minha moto e comecei a procurar, me informando no bairro, perguntando a um e a outro. Na sexta (2), vinhemos na delegacia e prestamos queixa. Depois disso não parei de procurar, eu não como, não durmo, não faço mais nada. Estamos só procurando e tem muitas informações desencontradas. Dizem que estão em Juazeiro, no 25, no José e Maria, eu vou nos lugares, mas é só informação mentirosa”, disse Expedito.

O pedreiro Expedito dos Santos prestou queixa na delegacia ainda na última sexta-feira (2) (Foto: Taisa Alencar/G1)Sobre o comportamento da filha, apesar de admitir que a adolescente era educada, calma brincalhona e que sempre comunicava aos pais quando ia sair de casa, no colégio ele descobriu que a jovem não estava frequentando as aulas. “Quando foi na sexta eu fui no colégio, falei com os professores dela, eles me falaram que ela era uma aluna muito boa, mas que estava faltando muito, que tinha 15 faltas. Eu já tinha mandado meu filho seguir ela, para saber se ela ia no colégio. Ele ia, chegava no ‘Morro do Borel’ via que ela ia para a escola e então ele voltava”, explicou o pedreiro. Ainda de acordo com Expedido, ele não tem conhecimento de que a filha tinha namorado.

A agricultora Terezinha da Conceição, de 42 anos e mãe da jovem de 14 anos e de mais quatro filhos, disse que a última vez que falou com a filha foi por telefone. “Na quinta-feira eu saí cedo para trabalhar e ela ficou dormindo. Quando foi umas 12h, eu liguei para casa e ela disse que ia para escola, fez as provas e voltou com a amiga. Mas quando eu cheguei do trabalho, elas já não estavam mais”, ressaltou.

Ainda de acordo com Terezinha, a jovem saiu de casa sem levar nada. “Ela saiu sem nada, só com a roupa do corpo. Até o celular ela deixou. Só saía de casa para a escola ou para casa da amiga quando tinha trabalho para fazer. Na escola perguntei se se ela tinha namorado, me disseram que não. E em casa eu sei que não tinha, porque tudo ela me contava”, argumentou.

O delegado responsável pelo caso, Wagner Volpi, ouviu os familiares das duas adolescentes nesta quarta-feira (7) e disse que a polícia está checando todas as evidências. “Estamos pegando as informações, com familiares, amigos e de pessoas que conviviam com elas, tentando ver os pontos em comum entre essas adolescentes e os locais onde frequentavam. Até o momento, não temos nenhuma informação concreta. Soubemos que foram vistas em Juazeiro, inclusive onde há convívio de pessoas que utilizam drogas. Então, estamos investigando”, explicou.

Mesmo completando uma semana do desaparecimento das adolescentes, o caso ainda não está sendo tratado como um crime. “Nada pode ser descartado. Mas, pelo que estamos conversando com os familiares, trata-se de uma fuga de adolescentes. Até o momento não há evidência de crime, como um sequestro, assassinato, uma coisa mais voltada para isso. A princípio, pelo que a gente vem conhendo e as informações todas estão neste sentido de que fugiram de forma espontânea, o motivo não sabemos ainda. E por isso temos esperança de encontrá-las com vida e salvas”, detalhou do delegado.

A dona de casa, Maria de Fátima da Silva Lima, pede que quem souber alguma informação, que entre em contato. “Não sei o que fazer. Minha filha tem só 16 anos, tem sete dias que eu não como, não durmo, eu quero noticias, onde ela estiver, pelo amor de Deus, quem estiver com ela que entregue, eu só quero isso”, pede.

 

(via):G1

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