Recife é a capital pioneira em compartilhamentos de carros elétricos

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Recife é a primeira cidade brasileira a implantar o sistema de compartilhamento de carros elétricos. Quem for utilizar o carro elétrico pela primeira vez terá que fazer o cadastro pessoalmente no escritório do Porto Digital e assinar um termo de responsabilidade para eventuais cobranças por danos ou multas. Em seguida, será necessário baixar o aplicativo Porto Leve, dispositivo que vai permitir a retirada do veículo nas estações de compartilhamento.

Para usar o carro elétrico, será necessário fazer um plano mensal no valor de R$ 30, a ser debitado no cartão de crédito. Além desse valor, o usuário paga uma taxa extra da corrida, que será cobrada da seguinte forma: R$ 20, para quem preferir trafegar sozinho; R$ 10, se optar por oferecer carona; caso o motorista arrume um caroneiro, cada um paga R$ 5. O usuário tem 30 minutos para retirar o carro e entregar, na mesma estação ou em outra. Cada minuto adicional, além dos 30, custará R$ 0,75.

O Carro Leve é um modelo ZD, da empresa chinesa Zhidou, tem capacidade para duas pessoas, é automático e roda até 100 km com a bateria. Para utilizar o carro, é preciso ter idade superior a 18 anos e possuir carteira de habilitação válida, além de cartão de crédito.

Carro leve depende de mais parceiros

O sistema de compartilhamento de carros elétricos do Porto Digital, o Carro Leve, aguarda agora interessados, da iniciativa pública ou privada, para expandir o projeto, tal como aconteceu com as bicicletas compartilhadas do Porto Leve, expandidas através do projeto BikePE, uma parceria entre a Serttel/Samba e o banco Itaú. Desde o dia 8 de setembro, o Car Sharing foi aberto para cadastro e utilização pela população. Até agora, o sistema registrou 43 usuários, o que, para o Porto Digital, é um bom número de interessados, já que se trata de um projeto piloto.

“Qualquer pessoa pode usar o sistema. Mas como o carro é um modal que tem um risco maior que a bicicleta, tem que ter mais cautela. Ao cadastrar os documentos necessários, o usuário precisa agendar um teste drive. Um técnico irá acompanhá-lo para ensinar as funcionalidades do carro, que é elétrico e automático, e fazer o teste de direção nas ruas”, conta a gerente de projetos do Porto Digital, Cidinha Gouveia.
Segundo ela, nesses 45 dias, algumas pessoas fizeram o cadastro mas não agendaram o teste drive ou até realizaram o teste drive, mas ainda não utilizaram o sistema.

A próxima etapa do projeto será a implantação dos totens de carregamento das baterias dos carros nas próprias estações. Atualmente, os carros são recolhidos para o Porto Digital, para que as baterias sejam recarregadas durante a noite. “Não haverá aumento da frota e das estações pelo Porto Digital. Nós colocamos no mercado a tecnologia para testar a usabilidade pela população. Empresas públicas ou privadas é que deverão expandir o Carro Leve”, explicou Cidinha. Não há, contudo, prazo para a conclusão do projeto piloto.

O sistema de compartilhamento de carros elétricos começou a funcionar em fase de testes desde 15 de dezembro do ano passado. Até então, apenas funcionários da Serttel e pessoas selecionadas pelo Porto Digital. A medida foi necessária para que a empresa pudesse avaliar o aplicativo utilizado para a retirada dos carros, a funcionalidade do sistema e o desempenho dos veículos. Agora, está sendo avaliado o sistema de cadastro e a usabilidade do serviço para a população.

Na opinião do advogado Wayne Xavier, 27 anos, o Carro Leve está aprovado. “Eu já vinha acompanhando a implantação do projeto. Sabia que o carro elétrico compartilhado existia em outros países e queria testá-lo aqui no Recife, porque reconheço a importância de projetos de sustentabilidade. Então me cadastrei assim que abriu para a população e fiz o teste drive. Depois disso, usei uma vez e achei o sistema fácil e o aplicativo funciona muito bem. O carro é pequeno, fácil de estacionar e é bem disposto, tem autonomia”, avalia Xavier. Ele aguarda a expansão do projeto para que consiga usar mais. “Se tiver mais estações, como as bicicletas, vamos poder utilizar em outros locais e aumentar o uso”, disse o advogado, que trabalha no bairro do Pina.

 

(Via): Diário de PE

 

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