Flanelinhas que intimidam, querem cobrar preço fixo e as vezes nem olham seu veículo, em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA)

A insegurança na sociedade atual passou constituir um grande obstáculo ao exercício dos direitos de cidadania, principalmente nas grandes cidades brasileiras. Diante do medo do cidadão em relação à violência urbana e da sua desconfiança nas instituições do poder público encarregadas na implementação e execução das políticas de segurança, tarefas rotineiras como até estacionar o carro, acabam tornado-se árduas.
Estacionar o carro em alguns lugares de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) é complicado. Chamamos de complicado não só por falta de local, mas por causa dos flanelinhas.
Na região Central de Petrolina além de pagar a zona azul, dependendo do local o proprietário do veículo tem de pagar para o flanelinha, é como se a vaga não seja pública, porque o flanelinha marca seu território achando que sejam deles.
Já chegamos a testemunhar brigas e até morte por causa de vagas entre flanelinhas em Petrolina (PE).
Alguns flanelinhas usam cones e latas para marcarem as vagas. Quando você chega para estacionar eles logo vão dizendo: “quando voltar deixe um negócio pra nós viu“. Tipo um aviso, ao retornar pague viu?
Alguns flanelinhas apenas cobram, mas não olham os carros, de maneira que já fizemos um teste só para ver se realmente eles guardam os carros. 
Um colaborador de nossa redação estacionou o veículo no Centro de Petrolina, e logo um flanelinha chegou e colocou um papelão no para-brisa, na sequência falou: “pode deixar que fico de olho no carro”. Minutos depois o dono do carro ficou observando se realmente o flanelinha estava olhando seu veículo e outros ali estacionados, o que ele pode observar é que o flanelinha simplesmente em momento algum estava olhando, estava fazendo outro serviço, lavando um carro distante uns 100 metros. 

O nosso colaborador caminhou em direção ao seu veículo, tirou o papelão colocado sobre o para-brisa, entrou no carro, deu partida, foi embora e o flanelinha nem chegou a ver o motorista saindo.

A questão é o seguinte: paga-se o preço e muitas vezes seu carro em momento algum está sendo guardado. Muitos pagam com o medo de seu carro ser (danificado) arranhado.
Outro fato ocorrido, esse na cidade vizinha, em Juazeiro, Bahia. Uma leitora de nosso Portal de notícia, nos informou que foi para festa de aniversário da cidade, neste sábado (14) e estacionou seu veículo na rua do Paraíso, bairro Santo Antônio. A proprietária do veículo pagou R$10, para o flanelinha por volta das 22h.
Após ela curtir a festa juntamente com as amigas, ao retornar ao veículo por volta das 03h30 da madrugada, observou que não tinha mais nenhum flanelinha no local guardando os carros, e para sua decepção, prejuízo e surpresa, seu veículo estava com o vidro lateral da porta quebrado. 
No interior do veículo uma das amigas havia deixado a bolsa com seus documentos e cartões no banco traseiro,  só que a bolsa não estava mais, foi furtada.
Uma pergunta que muitos fazem é: o flanelinha pode cobrar pela vaga?
Não pode! O cidadão que estacionar o carro em local público não está obrigado a pagar a quem quer que seja, tendo portanto, o direito de aceitar ou não a atividade oferecida, pagando ao guardador se quiser.
Se o “flanelinha” se impuser a essa recusa, constrangendo ou ameaçando, utilizando-se até mesmo de violência contra o carro do proprietário, poderá responder criminalmente por isso.
Vale ressaltar que, não estamos generalizando, como já verificamos, tem flanelinhas que realmente trabalham correto, ajuda a estacionar, guarda seu carro e pede apenas uma ajuda sem intimidar.
Edição: Nelson Fontes – Divulga Petrolina