01O Dia da Mentira, mais conhecido como 1º de abril, é comemorado em vários países ocidentais e possui diferentes origens. Quem gosta de participar da data prega peças, inventa boatos e faz brincadeiras sobre os mais diversos assuntos, seja na roda de amigos, entre a família ou no ambiente de trabalho. O importante é garantir a diversão sem deixar de manter o respeito. Entretanto, mentiras não são espalhadas somente no nesse dia, tampouco com o tom lúdico proposto por ele. No cotidiano, muitas pessoas propagam histórias inverídicas sobre diferentes assuntos, às vezes por falta de informações a respeito, ou porque ouviram de alguém e decidiram repassá-las adiante.
É assim que mitos e crenças a respeito das mais diversas temáticas se perpetuam por anos. E uma das áreas mais populares para a disseminação deles é a da saúde. Pensando nisso, a fisioterapeuta Anny Leal, da Clínica-Escola da UNINASSAU Petrolina, separou cinco pensamentos e afirmações estigmatizadas muito comuns sobre a área da Fisioterapia, para desmitificá-las e mostrar como a área é vasta e oferece inúmeros benefícios.
1. “Fisioterapeuta só faz massagem”
Anny: A Fisioterapia abrange diversas áreas de atuação, como a Cardiovascular, Neurofuncional, Respiratória, Reumatológica, Traumato-ortopédica, entre outras, além daquela que oferece massagens, que é a Dermatofuncional.
Além disso, as massagens que são realizadas na Fisioterapia visam, em sua grande maioria, a reabilitação do paciente, estimulando a musculatura corporal e o fluxo sanguíneo no local de uma determinada lesão. Ou seja, elas não têm o objetivo de proporcionar ou ser uma atividade de lazer, mas sim de servir como tratamento profissional que, em algumas modalidades, exige esforço também de quem está sendo assistido.
2. “Fisioterapia é só receber “choquinho”
Anny: Muitas pessoas acreditam que a Fisioterapia se resume aos “choquinhos”, tratamento utilizado na Eletroterapia, modalidade que estimula músculos e tecidos, por meio de impulsos elétricos provocados por aparelhos, a produzirem endorfina e prejudicar a transmissão dos sinais de dor para o cérebro. Mas a verdade é que a área vai muito além disso.
A Fisioterapia atua diretamente na prevenção e tratamento de doenças e lesões, das mais leves as mais graves, com o objetivo de restaurar o equilíbrio do corpo e, para isso, ela utiliza uma diversidade de técnicas para potencializar os resultados do tratamento, que podem ser tanto manuais quanto personalizadas, e são selecionadas de acordo com as necessidades do caso do paciente.
3. “É impossível alterações psicológicas causarem dores motoras”
Anny: Pelo contrário. Nos dias atuais, o estresse está muito presente no cotidiano das pessoas, por diversos fatores como trabalho, família, desemprego, estudos, rotinas pesadas etc. Tudo isso tende a gerar nervosismo, ansiedade e preocupação, agentes que podem impactar diretamente na saúde corporal e com grande predisposição a tensionar músculos e desenvolver quadros dolorosos, como o conhecido Torcicolo, e até mesmo doenças mais graves, como a Fibromialgia, necessitando de acompanhamento com exercícios fisioterápicos.
4. “Fisioterapia é apenas para quem está lesionado”
Anny: A Fisioterapia trabalha tanto com o tratamento de doenças, quanto com a prevenção. Esta última atua com o objetivo evitar possíveis lesões, por meio de exercícios voltados ao fortalecimento da musculatura corporal e na melhora da postura. O Pilates e a Reeducação de Postura Global (RPG) são dois grandes exemplos: muitas pessoas optam por praticar essas modalidades, a primeira em especial, para buscarem mais controle, equilíbrio e domínio do próprio corpo, além de melhorar a respiração e corrigir a postura antes de desenvolver doenças relacionadas a ela.
5. “Bebês não podem fazer Fisioterapia”
Anny: Não só podem, como devem, em muitos casos. Existem diversos fatores externos ou genéticos que podem fazer com que um bebê necessite de cuidados fisioterápicos
Por exemplo, o processo de desenvolvimento da criança é naturalmente demorado, e as articulações não estão totalmente formadas. Isso pode acarretar problemas motores no futuro, derivados de alterações e distúrbios na marcha – caminhar irregular, diferente do padrão de andar considerado normal – e o fisioterapeuta é capaz de auxiliar com exercícios de estimulação motora. Já em outra ocasião, a Fisioterapia pode realizar atendimentos para cuidar das necessidades neurológicas de pacientes atípicos, através de atividades voltadas ao estímulo sensorial.
A Fisioterapia em bebês realiza movimentos suaves que contribuem para o desenvolvimento do sistema musculoesquelético e proporcionam uma melhor qualidade de vida e bem-estar aos pequenos, prevenindo contra possíveis alterações motoras e sensoriais que podem se desenvolver ao longo do processo do crescimento.
