Sábado é Dia D de vacinação contra pólio para menores de 5 anos

Crianças menores de 5 anos devem comparecer aos postos de saúde de todo o país neste sábado (8) para o Dia D de vacinação contra a poliomielite, popularmente conhecida como paralisia infantil. A campanha, organizada pelo Ministério da Saúde com o apoio de secretarias estaduais e municipais de saúde, começou no último dia 27 e segue até o dia 14 de junho.

A pasta reforça que a vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite e que todas as crianças menores de 5 anos devem ser imunizadas conforme esquema de vacinação de rotina e também nas campanhas nacionais anuais, como a que está em andamento.

Desde 2016, o esquema vacinal contra a doença passou a ser composto por três doses da vacina injetável (VIP) aos 2, 4 e 6 meses de vida, além de duas doses de reforço com a vacina oral bivalente (VOP), conhecida popularmente como gotinha. A mudança segue orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a erradicação mundial da pólio.

Doença

O ministério classifica a poliomielite como uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas doentes. Em casos graves, quando acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

Falta de saneamento, más condições habitacionais e higiene pessoal precária são fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, causador da pólio. As sequelas estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente são de ordem motora e não têm cura.

Atualmente, a doença permanece endêmica em dois países: Afeganistão e Paquistão, com registro de pelo menos cinco casos em 2021. O Brasil não tem circulação do poliovírus selvagem desde 1990. A cobertura vacinal contra a doença, entretanto, apresenta resultados abaixo da meta de 95% desde 2016.

Edição: Aline Leal/Agência Brasil

Prefeitura de Juazeiro inicia programação do ‘Junho do Orgulho LGBT’ com palestra no bairro Tabuleiro

A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes), realizou, nesta terça-feira (04), a palestra ‘Enfrentamento à Homotransfobia’, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), do bairro Tabuleiro. A atividade inicia a programação do ‘Junho do Orgulho LGBT’ no município e integra uma série de ações que irão ser realizadas ao logo de todo o mês.

A atividade, voltada para as pessoas atendidas pelo CRAS, foi ministrada pela equipe da Diretoria de Diversidade da Sedes. “Nesse encontro, nós explicamos o significado da sigla LGBTQIAPN+, abordamos os processos psicossociais vividos por pessoas homossexuais, travestis, transexuais e outros representantes da comunidade LGBT, conflitos familiares e religiosos, além as diversas formas de violência sofridas por essa comunidade”, relatou o palestrante, Andrey Antony.

A dona de casa, Fabiana da Conceição Silva, revelou o que aprendeu durante a atividade. “Eu aprendi muito nessa palestra, mas acho que o mais importante é que cada um vive do jeito que quer. Ninguém deve se intrometer na vida dos outros, o que a gente precisa fazer é respeitar”.

A programação do ‘Junho do Orgulho LGBT’ faz alusão ao Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, celebrado em 28 de junho. A data marca o enfrentamento à LGBTfobia.

Programação:

04/06 – 10h – Palestra de enfrentamento à homotransfobia no CRAS tabuleiro;

05/06 – 13h – Palestra de enfrentamento à homotransfobia no CRAS João Paulo II;

06/06 – 9h – Palestra de enfrentamento à homotransfobia no CRAS Malhada da areia;

17 a 21/06 – Curso de Corte e Costura para o público transgênero;

18/06 – 8h – Atendimentos itinerantes de saúde para a população LGBTQIAPN+ – Praça Imaculada Conceição;

29/06 – II Edição do concurso Beleza Trans.

Caravana das Juventudes garante documentação de quase 700 pessoas no Sertão de PE

Em três dias de atividades pelo Sertão de Pernambuco, a Caravana das Juventudes, uma iniciativa das Secretarias da Criança e Juventude (SCJ) e de Defesa Social (SDS) levou cidadania e garantia de direitos para as cidades de Salgueiro e Orocó. Na ação foram emitidos quase 700 documentos, entre primeiras vias de RGs, certidões de nascimento e casamento e CPF, com foco nos jovens com idade de 15 a 29 anos, pertencentes aos povos tradicionais da região.

Para o secretário da SCJ-PE, Ismênio Bezerra, “a interiorização das políticas públicas em todas as áreas e eixos de atuação do Governo de Pernambuco é uma determinação e uma cobrança permanente da governadora Raquel Lyra”. Ainda de acordo com o gestor, a Caravana das Juventudes já passou por cidades da Zona da Mata e, agora, contemplou o Sertão. “Seguiremos avançando e ofertando à população esses serviços tão necessários para o pleno exercício da cidadania”, finalizou Ismênio.

Nas comunidades indígenas Atikum e Conceição das Crioulas, em Salgueiro, a representante da Associação local, Aparecida Mendes, comemorou a passagem da Caravana das Juventudes pela região. “Esse é o reconhecimento de algo que já é um direito nosso e, com certeza, fortalece ainda mais as nossas lutas” disse. A ação foi finalizada na cidade de Orocó, com a emissão de documentos e orientação de cadastramento no ID Jovem ao público participante.

Somando-se as ações desenvolvidas no último mês de abril, nas cidades de Paudalho, Lagoa do Carro e Feira Nova, a Caravana das Juventudes, executada pela Superintendência das Juventudes da SCJ-PE, já ultrapassa o número de 1200 pessoas beneficiadas com as atividades.
Fotos: Luana Guedes/SCJ-PE

Saúde lança campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram nessa quarta-feira (29) campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), novos produtos, como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria do tabaco são uma ameaça, levando a uma iniciação ao tabagismo cada vez mais precoce”, destacou a pasta em nota.

Dados apresentados pelo ministério indicam que crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde na vida. O mote da campanha é o Dia Mundial Sem Tabaco 2024, lembrado nesta sexta-feira (31) e que, este ano, tem como tema Proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco.

“Por meio de linguagem jovem, a campanha visa a promover uma mudança de comportamento, além de proteger as novas gerações dos perigos do uso do tabaco, alertando sobre as táticas da indústria para atrair crianças e adolescentes, com interesse em garantir e ampliar seu mercado consumidor.”

Números

Dados da última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) revelam que, em 2019, 16,8% dos estudantes no Brasil com idade entre 13 e 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico, sendo 13,6% com idade de 13 a 15 anos e 22,7% com 16 e 17 anos. Quanto ao sexo, a experimentação é maior entre os homens (18,1%) do que entre as mulheres (14,6%).

A variação regional foi significativa, com maior experimentação do cigarro eletrônico nas regiões Centro-Oeste (23,7%), Sul (21,0%) e Sudeste (18,4%), ficando menor do que a média nacional o Nordeste (10,8%) e o Norte (12,3%).

Houve ainda aumento dos estudantes de 13 a 17 anos que declararam consumo de cigarros nos 30 dias anteriores à data da pesquisa, com o percentual passando de 5,6% em 2013 para 6,8% em 2019.

Prejuízos

O ministério destaca que os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), que englobam os cigarros eletrônicos e outros produtos de tabaco aquecido, têm quantidades variáveis de nicotina e outras substâncias tóxicas, o que faz com que suas emissões sejam prejudiciais tanto para quem faz o uso direto quanto para quem é exposto aos aerossóis.

“Mesmo alguns produtos que alegam não conter nicotina podem apresentar a substância em sua composição e suas emissões são nocivas”, ressaltou a pasta. “A nicotina causa dependência e pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, impactando no aprendizado e na saúde mental.”

Ainda de acordo com o ministério, o consumo de tabaco é considerado importante fator de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias e para mais de 20 tipos ou subtipos diferentes de câncer, além de outras condições de saúde classificadas como “debilitantes”.

“Alguns estudos recentes sugerem que o uso de DEFs pode aumentar o risco de doenças cardíacas e distúrbios pulmonares. Além disso, a exposição à nicotina em mulheres grávidas pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral do feto. Já a exposição acidental de crianças aos líquidos dos cigarros eletrônicos representa sérios riscos, pois os dispositivos podem vazar ou as crianças podem engolir o líquido ou as cápsulas.”

Anvisa

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou resolução proibindo a comercialização, a fabricação e a publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil. Recentemente, em abril, a diretoria colegiada da agência revisou a legislação e proibiu a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar.

Edição: Graça Adjuto/Agência Brasil

Com programação lúdica, Prefeitura de Juazeiro chama a atenção para importância do combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes

A Prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc), realizou nesta terça-feira (21), na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Profª Adelaide Moreira Bispo uma ação lúdica e recreativa com a comunidade escolar, pais e responsáveis dos estudantes da unidade de ensino, abordando a temática ‘Ensinando para proteger’. A programação faz parte das atividades desenvolvidas durante o ‘Maio Laranja’, mês que marca a campanha ‘Faça Bonito’, que visa o enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
A ação foi coordenada pela equipe do Espaço Humanizar, junto ao Núcleo de Apoio Psicossocial e Inclusivo (Napsi). “Esse momento marca a culminância das ações desenvolvidas durante o período de programações alusivas à campanha ‘Maio Laranja’, que cumpriu o objetivo de dar visibilidade e levar para o espaço escolar, reflexões e ensinamentos sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes” explicou a assistente social da instituição articuladora do evento, Sandra Mara Damásio.
Prestigiando a programação, Francisca Eliane da Silva, mãe da estudante Emily Sophia, de 4 anos, destacou como a ação tem contribuído para o aprendizado da filha. “Eu acho esse momento muito importante, pois reúne a família, os filhos e toda a escola para falar de um assunto tão sério e que juntos podemos combater e informar outras pessoas também. Emily aprendeu bastante e sempre tem comentado onde pode ou não tocar no corpinho dela. Como mãe, eu me sinto acolhida e auxiliada na educação de filha”, compartilhou Francisca.
Campanha ‘Faça Bonito’
A Campanha ‘Faça Bonito’ é uma mobilização alusiva ao 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Esse dia foi escolhido, porque em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), um crime bárbaro vitimou uma criança de 8 anos e chocou todo o país. O crime ficou conhecido como o “Caso Araceli”.

Com o tema “Mulher, Você Não Está Sozinha”, Prefeitura de Juazeiro celebra 1º aniversário da Patrulha Maria da Penha

A Prefeitura de Juazeiro celebra o 1º aniversário da Patrulha Maria da Penha, da Guarda Civil Municipal (GCM) que ocorrerá na nesta quarta-feira (22). O evento será na Praça Barão do Rio Branco, ao lado do Paço Municipal, a partir das 8h. O evento, com o tema “Mulher, Você Não Está Sozinha”, é aberto ao público e tem o objetivo de destacar os serviços prestados pela Patrulha ao município, bem como reforçar a importância da denúncia de casos de violência contra a mulher.

Criada em sua gestão, a prefeita Suzana Ramos destaca a importância da Patrulha Maria da Penha como uma política pública para as mulheres. “É fundamental que todas as mulheres saibam que não estão sozinhas. A Patrulha Maria da Penha é um recurso essencial que oferece proteção e apoio. Esta comemoração é uma oportunidade para sensibilizarmos a sociedade sobre a importância de denunciar a violência e apoiar a rede de proteção às mulheres”, disse.

Segundo a coordenadora da Patrulha Maria da Penha, a inspetora Jeane Marques, a celebração reforça a importância de denunciar casos de violência contra a mulher. “A ação divulga os serviços de amparo oferecidos pela Guarda Municipal, orienta e sensibiliza a sociedade para o tema. Agradeço ao secretário Cícero Dirceu, ao inspetor chefe Gilson Santos e ao inspetor Reginaldo Marçal por contribuírem com o fortalecimento da Patrulha Maria da Penha”, ressalta Jeane Marques.

Programação

– Exposição fotográfica das ações da Patrulha
– Espaço de informações e direcionamentos
– Apresentação musical
– Entrega de panfletos com orientações de combate à violência doméstica

Além da celebração do primeiro aniversário da Patrulha Maria da Penha, a Prefeitura de Juazeiro vem realizando uma série de entregas de obras e serviços pela quarta semana consecutiva na sede e o interior do município. A agenda inclui a entrega da escola, pavimentações, casas adaptadas pelo Programa Transformar, entre outros. Nesta terça-feira (21) haverá a entrega da construção da Escola Municipal de Educação Infantil Profª Maria de Lourdes do Vale Almeida em Itamotinga. Na quinta-feira (23) haverá a entrega de casa do Programa Transformar em João Paulo II e no sábado (25) a gestão municipal realiza a Feira de Serviços Raízes da Gente no distrito de Abóbora.

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Texto: Matheus Oliveira – Ascom/PMJ

Disque 100 recebe duas denúncias por hora de estupro de vulneráveis

Foto - Rovena Rosa

Estatísticas nacionais mostram que a violência sexual contra crianças e adolescentes permanece alta no Brasil. O serviço Disque Direitos Humanos (Disque 100) registrou entre 1º de janeiro e 13 de maio deste ano 7.887 denúncias de estupro de vulnerável. A média de denúncias em 134 dias é de cerca de 60 casos por dia ou de dois registros por hora.

Este sábado (18) é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data, instituída pelo Congresso Nacional em 2000, marca a passagem do assassinato da menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, há 51 anos em Vitória (ES). Depois de seis dias de desaparecimento, o corpo da criança foi encontrado com marcas de violência, desfigurado por ácido e com evidências de estupro. O crime, conhecido como “Caso Araceli”, permanece impune.

Passadas cinco décadas do crime hediondo, dados disponíveis na página do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) revelam números altos, confirmados por indicadores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que levanta informações nas secretarias estaduais de Segurança Pública. Conforme relatório da entidade, foram notificados 58.820 casos de estupro de meninas e meninos nas delegacias de todo o país em 2022 – alta de 7% em relação ao ano anterior.

Em 2022, de cada quatro estupros três foram cometidos contra pessoas “incapazes de consentir, fosse pela idade (menores de 14 anos), ou por qualquer outro motivo (deficiência, enfermidade etc.)”, descreve o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado em 2023 pelo FBSP.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que apenas 8,5% dos estupros no Brasil são relatados à polícia. A projeção do instituto é que, de fato, ocorram 822 mil casos anuais. Mantida a proporção de três quartos dos casos registrados nas delegacias, o Brasil teria mais de 616 mil casos de vulneráveis por ano.

Mudança cultural

De acordo com a psicóloga Juliana Martins, coordenadora institucional do FBSP, esses crimes são “o tipo de violência mais subnotificada” por ocorrer dentro de casa e com envolvimento de familiares. Em sua opinião, o enfrentamento do problema “demanda de todos uma mudança cultural enorme”. Ela avalia que a ação do poder público não é suficiente. “É um enorme desafio para o Estado, obviamente, enfrentar essas violências que acontecem no contexto doméstico.”

Em 2022, segundo o FBSP, seis de cada dez estupros de vulneráveis tiveram como vítimas crianças e adolescentes de 0 a 13 anos. Em 64,4% desses casos, o autor era familiar (como pai, padrasto, avô, tio) e 21,6% eram conhecidos da vítima (como vizinhos e amigos) mas sem parentesco com ela. Em mais de 70% dos casos, o crime aconteceu em casa; em 65% das ocorrências, ao longo do dia (das 6h da manhã às 18h).

Para Sérgio Luiz Ribeiro de Souza, juiz titular da 4ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso no Rio de Janeiro, entre as dificuldades de atuação do Estado está o fato de que os crimes “em regra, ocorrem sem testemunhas” e de que alguns abusos não deixam marcas físicas e não podem ser identificados no exame de corpo de delito. “Aí esse tipo de prova material fica difícil”.

Véu do silêncio

“Esses crimes são envoltos de preconceito e tabu. São encobertos pelo chamado véu do silêncio, onde as partes envolvidas compactuam em prol de uma aparente harmonia familiar. Esse é um dos motivos pelos quais sequer são denunciados e uma das dificuldades para identificar o número exato de casos”, acrescenta a promotora de Justiça Camila Costa Britto, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Ela alerta que é comum “as crianças serem vistas como propriedade, não como seres humanos, pelos agressores”. Lembra que as crianças nunca foram propriedade de ninguém, são seres em desenvolvimento, pessoas em formação, detentoras de direitos, principalmente à vida, à dignidade, ao lazer, à moradia e saúde.”

A assistente social Gezyka Silveira, especialista em proteção e desenvolvimento infantil da organização não governamental (ONG) Plan International Brasil, pondera que crimes de abuso sexual podem ocorrer com crianças e adolescentes de diferentes estratos sociais, mas há situações que tornam essas pessoas mais suscetíveis.

“São diversas as causas dessa violência, mas a gente pode citar entre as mais recorrentes as situações de vulnerabilidade socioeconômica, desigualdade social, discriminações em decorrência dos próprios marcadores sociais, como raça, gênero, etnia e outros, tanto que as meninas e as meninas negras são as que mais sofrem violência”, afirma Gezyka.

O anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública contabiliza que, em 2022, 56,8% das vítimas de estupro (adultos e vulneráveis) eram pretas ou pardas; 42,3% das vítimas eram brancas; 0,5% indígenas; e 0,4% amarelas.

Edição: Graça Adjuto/Agência Brasil

Caminhada Faça Bonito: Prefeitura de Juazeiro chama a atenção da comunidade para a importância de proteger crianças e adolescentes do abuso e exploração sexual

A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes) e da Secretaria de Educação e Juventude (Seduc), uniu os juazeirenses, nesta sexta-feira (17), na 4ª caminhada da Campanha Faça Bonito. A ação faz parte da programação do município no mês de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Músicas infantis, flores amarelas, fanfarras e personagens do universo infanto-juvenil tomaram conta das ruas de Juazeiro, da Praça Dedé Caxias até a Orla II, para marcar o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, 18 de maio. “Hoje é um dia muito importante, que já faz parte do calendário municipal de eventos, instituído através da Lei n° 3.155/2023. Nós entendemos que criança tem é que brincar e não ser abusada. Essa caminhada é para chamar mais e mais a atenção da nossa sociedade. Garantir um desenvolvimento saudável e seguro para as crianças é um dever de todos”, frisou a prefeita, Suzana Ramos.

Durante todo o percurso da caminhada, além de levar faixas, cartazes e tocar vinhetas da campanha, os participantes entregaram material informativo de combate a este tipo de crime contra crianças e adolescentes. “Essa é uma ação muito importante, porque a gente sabe que há muito abuso e exploração sexual infantil e isso dói na alma da gente. É importante essa mobilização para alertar e conscientizar as pessoas, as escolas e os pais, para conversarem com as crianças desde cedo, pois muitas crianças e adolescente estão passando por isso e a gente não tem a menor ideia”, disse a vendedora Jaqueline de Souza Lima, enquanto observava a passagem do bloco amarelo e laranja na Rua da 28 de Setembro.

Estudante da Escola Municipal Professora Leopoldina Leal, Luíza Bárbara da Silva Lemos, 10 anos, estava radiante por participar da mobilização. “Eu adorei essa caminhada, principalmente porque é uma oportunidade de dizer para as pessoas que elas precisam proteger as crianças e adolescentes dos abusos. Foi muito bom participar”.

Parceiros

A Caminhada Faça Bonito é uma ação estratégica para o ‘Selo Unicef’ e contou com a parceria do Conselho Tutelar, do Conselho Municipal de Direitos das Crianças e  Adolescentes (CMDCA), Guarda Civil Municipal (GCM) e Agência Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT). Na rua estiveram presentes secretários municipais, representantes do Rotary Club, do Centro de Equoterapia do Vale do São Francisco (Cevasf) e Espaço Lilás.

Texto: Eneida Trindade- Ascom Sedes PMJ

Fotos: Ayrton Latapiat/ PMJ

Prefeitura de Juazeiro encerra ‘Semana do Bebê’ com programação na sede e interior do município

A Prefeitura de Juazeiro encerrou nesta sexta-feira (17) a programação da 14ª Semana do Bebê, um evento realizado pelas Secretarias de Educação e Juventude (Seduc), Desenvolvimento Social, Mulher e Diversidade (Sedes) e de Saúde (Sesau). A programação de culminância contou com atividades diversas nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis), reunindo comunidade escolar, pais, responsáveis e munícipes das localidades onde as unidades de ensino ficam localizadas.
Com ações marcadas por muita informação sobre a primeira infância, incluindo as orientações sobre cuidados, atenção e direitos das crianças de 0 a 6 anos, a Emei Caic, localizada na sede do município, no bairro Malhada da Areia, foi umas das unidades de ensino infantil a encerrar a programação da Semana do Bebê. No local foi realizada palestra, abordando o tema da iniciativa deste ano, ‘Bebê, um ser de direito: o papel da família, rede de apoio e sociedade no cuidado e proteção da criança’.
No interior do município, na comunidade de Maniçoba, a Emei Manuel Alves da Mota e a Escola Municipal Santa Inês, realizaram uma caminhada que marcou a conclusão das ações da Semana do Bebê e reforçou as iniciativas alusivas à campanha ‘Faça Bonito’, informando à população sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes e convidando a comunidade local a se unir no momento de mobilização e conscientização sobre a temática abordada.
“Hoje estamos realizando as ações de culminância da Semana do Bebê juntamente com a campanha do ‘Faça Bonito’, em Maniçoba. Conseguimos reunir mais de 120 alunos da Emei Manuel e cerca de 200 estudantes da Escola Santa Inês, todos participando da ação de conscientização, considerado um momento muito importante, tanto para chamar atenção para o cuidado com as nossas crianças, como também, para alertar sobre o abuso e a exploração de crianças e adolescentes”, explicou a diretora da Educação Infantil do município, Michele Viana.
Acompanhando a programação, Raissa Kauane Barbosa Santos, que é mãe de Eloá dos Santos Ferreira, de 3 anos, estudante da Emei Manuel Alves da Mota, avaliou a iniciativa. “Eu acho muito válido a escola abordar esses assuntos, porque além de conscientizar as crianças, as pessoas da comunidade também têm a chance de aprender e fazer a sua parte. Conscientizar as crianças no ambiente da escola ajuda bastante elas terem melhor entendimento sobre as situações, porque as professoras ensinam de forma mais pedagógica. Quero parabenizar os profissionais da escola, a Secretaria da Educação e todos os demais que realizaram essa ação linda e magnífica”, compartilhou Raissa.
Texto: Camila Santana – Ascom Seduc/ PMJ
Fotos: Edinazio Dias – Ascom/ PMJ

Petrolina promove ações contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes

A Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, promoverá ao longo deste mês, uma série de ações dedicadas à campanha de conscientização e combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.

De caráter nacional, a campanha ocorre anualmente durante o mês de maio, e esse ano tem como slogan “Quebre o ciclo da violência”. A ação busca reforçar o compromisso de proteger as crianças e adolescentes contra abusos físicos, emocionais e sexuais.

A programação conta com palestras nas escolas e rodas de conversa com famílias vinculadas ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos nos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e famílias acompanhadas pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), além de uma caminhada de mobilização com toda a rede de proteção no Centro da cidade.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é lembrado no dia 18 maio e foi instituído pela Lei Federal 9.970/00. Ele marca um crime bárbaro ocorrido no Espírito Santo, em 18 de maio de 1973, contra Araceli Crespo, que foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada aos 8 anos.

Programação:

  • Quarta-feira (15): Palestra na Escola Municipal Neli Maria Santana (PSNC N3)
  • Quinta-feira (16): Palestra na Escola Municipal Thassio Rangel Pereira Lima (Cohab Massangano)
  • Sexta-feira (17): Caminhada de mobilização