OMS batiza nova cepa africana como Variante de Preocupação Omicron

A Organização Mundial da Saúde (OMS) batizou a nova variante do SARS-CoV-2 identificada no continente africano como Omicron e classificou a cepa como uma Variante de Preocupação. De acordo com a entidade, a decisão foi tomada por conta da grande quantidade de mutações apresentada pela variante, sendo que algumas delas apresentam “características preocupantes”.

“Neste momento, há muitos estudos em andamento e muito trabalha na África do Sul e em outros países para que se possa caracterizar melhor a variante em termos de transmissibilidade, severidade e qualquer tipo de impacto em medidas de combate, como o uso de kits diagnósticos, terapias e vacinas”, informou a líder técnica de resposta à covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove.

A classificação de Variante de Preocupação, de acordo com a entidade, exige importantes ações por parte dos governos, como o compartilhamento de sequências de genoma; a comunicação de casos e mutações; e a realização de investigações de campo e de análises laboratoriais para melhor compreender os impactos, a epidemiologia, a severidade e a efetividade de medidas de saúde pública.

“Essa nova Variante de Preocupação Omicron ressalta da necessidade de acelerar a equidade vacinal e de fazer imunizar contra a covid-19 profissionais de saúde, pessoas idosas e outros em risco e que ainda não receberam a primeira e a segunda dose”, destacou e OMS, por meio de sua conta no Twitter.

Edição: Paula Laboissière – Divulga Petrolina

Média de mortes por Covid volta a ficar acima de 300, após quase 3 meses

O Brasil voltou a ter média móvel de mortes superior a 300 óbitos por dia. Nesta segunda-feira (24), a média chegou a 307 vidas perdidas por dia, aumento de 152% em relação ao dado de duas semanas atrás. A última vez em que a média esteve nesse patamar foi em 31 de outubro de 2021, quando era de 311.

Nesta segunda, foram registrados 267 mortes e 90.509 casos de Covid. Com isso, o país chegou a 623.412 vidas perdidas e a 24.134.946 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desde o início da pandemia.

A média móvel de casos, pelo 7º dia, bateu recorde. Agora, o país registra 150.236 pessoas infectadas por dia, aumento de 241% em relação ao dado de duas semanas atrás.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos de imprensa diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorreu em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (PL), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​​

Juazeiro não registra novos óbitos por Covid-19 nesta quarta-feira (16)

Juazeiro não registrou novos óbitos por complicações da Covid-19 nesta quarta-feira (16). A informação está no boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). Com isso, o município permanece com 465 mortes provocadas pela doença.

Foram confirmados 50 novos casos da doença. De acordo com o levantamento, 25.111 moradores foram infectados desde o início da pandemia na cidade, dos quais 24.152 já estão recuperados. Os casos descartados somam 37.315. Juazeiro tem 494 casos ativos do novo coronavírus.

Testes

Foram realizados desde o início da pandemia 53.468 testes rápidos pela prefeitura e 8.398 pelo Lacen, em Salvador.

Ocupação de leitos

Na rede hospitalar, o percentual de ocupação dos leitos de UTI para Juazeiro na rede PEBA (hospitais de Pernambuco e Bahia) é de 32%, com 65 leitos disponíveis. Somente em Juazeiro, 0% dos leitos de UTI para pacientes com Covid-19 estão ocupados, com 10 leitos disponíveis.

Texto: Amanda Franco – Assessora de Imprensa da Secretaria de Saúde

Covid-19: afastamento de até 10 dias do presencial não exige atestado

Illustration of coronavirus particles. Coronaviruses are a group of viruses named for their appearance under electron microscopy, where their round-tipped surface spikes make them resemble a crown. They can infect many animals and humans, causing respiratory diseases including the common cold, as well as more serious pneumonia. The 2019-2020 Covid-19 outbreak that started in Wuhan, China, is caused by the new coronavirus SARS-CoV-2 (previously 2019-nCoV). The 2003 SARS outbreak was also caused by a novel coronavirus.

O Ministério do Trabalho e Previdência informou que trabalhadores com sintomas de covid-19 ou com diagnóstico confirmado para a doença não precisam apresentar atestado médico às empresas e devem ser afastados do trabalho presencial. De acordo com a pasta, a apresentação de atestado só é necessária caso o afastamento dure mais de 10 dias.

Portaria interministerial publicada esta semana prevê que trabalhadores que tiverem contato com pessoas com diagnóstico confirmado de covid-19 também devem ser afastados do trabalho presencial sem a necessidade de apresentação de atestado médico. “Contudo, se o trabalhador precisar ficar afastado por mais tempo, o atestado se faz necessário”, destacou o ministério à Agência Brasil.

Ainda de acordo com a portaria, a empresa pode reduzir o período de afastamento das atividades presenciais para sete dias desde que o trabalhador esteja sem febre há 24 horas, sem uso de medicamento antitérmicos e com remissão de sinais e sintomas respiratórios. Deve ser considerado o primeiro dia de isolamento o dia seguinte ao início dos sintomas ou a data da coleta de teste RT-PCR ou de teste de antígeno.

O texto também destaca que a empresa deve orientar os empregados afastados a permanecerem em suas residências, além de assegurar a manutenção da remuneração durante o período de afastamento.

As medidas, segundo a pasta, foram adotadas com o objetivo de evitar um aumento ainda maior de infecções por covid-19 provocadas pela alta incidência da variante Ômicron.

Edição: Paula Laboissière – Agencia Brasil

Covid-19: Juazeiro registra dois óbitos no boletim epidemiológico desta quinta-feira

Juazeiro registrou dois óbitos por complicações da Covid-19 nesta quinta-feira (24). A informação está no boletim da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

Os óbitos foram de uma pessoa do sexo masculino, de 55 anos, e ocorreu em um hospital de Salvador. O paciente possuía histórico de comorbidades. O outro óbito, de 80 anos, sexo feminino, ocorreu em um hospital particular de Petrolina. De acordo com o boletim, a paciente não tinha histórico de comorbidades. Com isso, o município contabiliza 450 mortes em decorrência da Covid-19.

Foram confirmados 163 novos casos da doença. De acordo com o levantamento, 24.250 moradores foram infectados desde o início da pandemia na cidade, dos quais 22.018 já estão recuperados. Os casos descartados somam 37.250. Juazeiro tem 1.782 casos ativos do novo coronavírus.

Testes

Foram realizados desde o início da pandemia 52.330 testes rápidos pela prefeitura e 8.339 pelo Lacen, em Salvador.

Ocupação de leitos

Na rede hospitalar, o percentual de ocupação dos leitos de UTI para Juazeiro na rede PEBA (hospitais de Pernambuco e Bahia) é de 69%, com 31 leitos disponíveis. Em Juazeiro, 67% dos leitos de UTI para pacientes com Covid-19 estão ocupados, com 3 leitos disponíveis.

Texto: Aucilania Soares – Ascom/Sesau/PMJ

Petrolina registra em um só dia quase 800 novos casos de COVID-19

O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde de Petrolina registrou, nessa quinta-feira (03), quase 800 novos casos da doença. 791 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram realizados quase 1800 testes nos três polos montados pela secretaria, cerca de 44% do público que acessou os locais de testagem saiu com resultado positivo para a COVID-19.

A partir do elevado crescimento de novos casos, Petrolina registra agora 43.978 pessoas já infectadas pelo novo coronavírus. Desse total, 38.504 já estão recuperadas, isso significa 87,5% de cura clínica.  Há ainda o registro de um óbito. Trata-se de uma mulher, de 92 anos, com comorbidades. A morte ocorreu nessa quinta-feira (03), em um hospital público da região. Petrolina passa a ter 629 mortes em decorrência da doença. O município está agora com 4845 casos ativos da COVID-19.

O boletim ainda registra que, dos 122 leitos de UTI disponíveis para a rede PEBA, 90 estão ocupados, isso representa uma taxa de 73,8% de ocupação.

Outras informações sobre a pandemia estão disponíveis no site: petrolina.pe.gov.br/coronavirus.

Evolução da Ômicron provoca mudanças na programação de grandes eventos

O avanço da variante Ômicron mexeu com a programação de grandes eventos no início deste ano no país. Um exemplo é o festival de música Universo Spanta, na Marina da Glória, zona sul do Rio, que teve adiadas as apresentações de hoje (7) até domingo (9), e ainda não remarcou as datas. Músicos da banda de Lulu Santos, que fariam ontem show com o cantor e compositor, e hoje com a cantora Duda Beat, foram diagnosticados com covid-19.

Em mensagem publicada no Instagram, os músicos comunicaram que as outras atividades do calendário estão mantidas e que o cenário da pandemia ao longo dos próximos dias continuará sendo acompanhado junto aos órgãos de saúde.

A programação prevê apresentações em todos os fins de semana de janeiro e tem encerramento marcado para o dia 30. Os organizadores do festival disseram que esperam conseguir manter a agenda. “Temos esperança de realizar um festival lindo e de nos reencontrarmos a partir do dia 14”, afirmaram os artistas, informando que pretendem retomar o evento na próxima sexta-feira.

Até mesmo eventos que começarão apenas em março requerem cuidados e planejamento especiais. O produtor do Tim Music Verão, Rafaello Ramundo, previsto para os dias 12 e 13 e 19 e 20 de março, na Praia de Ipanema, disse que o trabalho da equipe é sempre antecipado e que o cenário atual vem sendo acompanhado. Ele adiantou que está sendo trabalhada inclusive a possibilidade de datas mais para a frente, caso seja necessário adiar as apresentações. “Por prudência, já estamos montando um plano de contingência para levar o evento um pouco mais para a frente.” Segundo o produtor, o evento inclui extensa lista de artistas e equipes e há risco de as pessoas estarem contaminadas quando o evento ocorrer.

Ramundo disse que é muito forte o impacto de não realizar um grande evento que já foi preparado, mas ressaltou que a responsabilidade vem na mesma medida e não pode ser comprometida por conta de imprudência da produção. “Se chegar a um ponto em que realmente é impossível fazer, aí, mesmo com todo o prejuízo que isso possa causar, porque eventos como o Tim Music Verão geram muito emprego – quase 3 mil entre diretos e indiretos –, se a pandemia for do tamanho que está se desenhando, a gente dá um freio”, afirmou o produtor à Agência Brasil.

Outro evento com presença de público produzido por Ramundo é o Festival Invasão Cultural, com apresentações musicais que antecedem os jogos do basquete do Flamengo, no Maracanãzinho, zona norte do Rio. Neste caso, a opção foi reduzir o número de pessoas no local com a exigência de protocolos sanitários e a transmissão dos shows pela internet. “Estamos lançando uma série de artistas no projeto Invasão Cultural, que fala para um público mínimo no Maracanãzinho, mas isso é replicado na internet para as pessoas. É a vida que estamos vivendo hoje”, enfatizou.

Planejamento

Grandes eventos precisam ser organizados com extenso planejamento antecipado. A preparação do Universo Spanta, por exemplo, envolveu centenas de pessoas durante  dois anos para definir os detalhes e a lista com mais de 100 atrações. Nesse período, veio a covid-19, e o cenário mudou.

Antes do surgimento da Ômicron, tudo parecia estar caminhando para a normalidade. As famílias se reuniram no Natal e, mesmo com restrições, se comparado a outros anos, houve a queima de fogos em vários pontos do Rio e comemorações em outras cidades do país no réveillon.

Os eventos culturais e de turismo do Brasil estão entre os segmentos mais atingidos pela pandemia. Dados da Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape) indicam que as perdas do setor no auge da pandemia chegaram a 93%. O ambiente que se mostrava mais favorável nos últimos meses de 2021, reforçado pelo avanço da vacinação e a consequente redução de casos e de óbitos da doença, animou os promotores e grandes eventos começaram a ser programados.

Agora, com a multiplicação da variante Ômicron, a realização desses eventos passou a ser motivo de preocupação. Salvador, Recife e Olinda já cancelaram a programação de carnaval. No Rio, a prefeitura cancelou os desfiles de blocos de rua e espera resposta das agremiações à proposta de apresentações em lugares onde o controle do público pode ser feito, como o Parque Madureira, na zona norte, e o Parque Olímpico, na zona oeste.

Para as escolas de samba, pelo menos até agora, os desfiles estão mantidos no Sambódromo da Sapucaí com exigências do comprovante de vacinação em dia e testagem para covid-19 antes do espetáculo.

Especialistas

Rock in Rio Music Festival in Rio de Janeiro
Para setembro, está prevista nova edição do Rock in Rio na zona oeste do Rio – Reuters/Ian Cheibub/Direitos Reservados
Para especialistas, no entanto, o avanço da Ômicron no país recomenda cautela, e o melhor seria o cancelamento total de grandes espetáculos e festejos como os de carnaval. Embora reconheça que tais eventos foram programados em outro cenário da pandemia, a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, afirmou que, diante do que já se verificou em países do Hemisfério Norte, onde a variante se espalhou em grandes proporções, o momento é de retroceder. “É preciso que a população entenda que mudou. Não podemos mais relaxar de maneira nenhuma”, disse Isabella à Agência Brasil.

A médica destacou ainda o impacto nas mais diversas atividades, quando aumenta o número de casos. “Felizmente não teremos um número de mortes como tivemos nas últimas ondas, mas teremos tantos casos que a economia ficará prejudicada por causa do absenteísmo”, afirmou Isabella, que

citou como exemplo os inúmeros voos cancelados por causa da contaminação das equipes de tripulantes.

“Não queremos parar a economia, não queremos fechar as escolas de maneira nenhuma. As escolas não podem ser fechadas, mas precisamos da ajuda da população. É preciso entender esse recado, porque, senão, não tem como controlar. Não tem autoridade que consiga controlar”, afirmou.

O primeiro-secretário da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, concorda que o momento é de restrições. “Do jeito que flexibilizamos todos, e com a nova onda chegando, a maior de todas, temos que voltar atrás, retroagir com o público no carnaval, nos estádios de futebol, nos cruzeiros. Agora é momento de restrições. Muita gente, equivocadamente, usava como critérios o número de vacinados para flexibilização. O relaxamento deve ser dado pelas taxas de transmissão.”, explicou.

Quando há muita gente em circulação, é preciso restringir mais, com poucos circulando, libera-se mais, disse o infectologista. “A conta é essa. O momento agora, é voltar para trás. Limitar a frequência”, recomendou Kfouri, reforçando que a limitação se daria até baixarem as taxas de transmissão da Ômicron.

A médica Sylvia Lemos, que é consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) em Pernambuco, teme que o quadro se agrave no carnaval, quando aumenta a circulação de pessoas nas cidades e chegam turistas de outros países. Além disso, há o caso de  pessoas já vacinadas que participaram de festas privadas no fim do ano e agora estão com a doença. Ainda assim, disse a médica, é preciso avaliar a evolução, porque como tem sido demonstrado desde o início, o comportamento da covid-19 é muito mutante. “É algo imprevisível e temos que esperar os tempos e como as tendências das curvas se comportam”, afirmou.

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse que, por enquanto, não há previsão de alterar as medidas restritivas e que a principal recomendação para eventos é a cobrança do passaporte sanitário. Soranz destacou que as pessoas precisam ter consciência de que, para ficar juntas no mesmo local, é necessário que todas estejam devidamente vacinadas. O secretário reconheceu que isso não vem ocorrendo em alguns eventos, que terminaram com muitas pessoas infectadas, como nos cruzeiros, que precisaram ser suspensos.

Para Soranz, o panorama pode mudar, se houver aumento nas internações, por causa da falta de respeito às regras sanitárias. “Se não forem cumpridas, houver aumento no número de internações e de casos graves, teremos que mudar as medidas restritivas na cidade. O que está balizando as medidas restritivas hoje é a quantidade de internados e de casos graves, que não se alterou, não teve mudança nesse momento, mas, se houver grande circulação de pessoas não vacinadas, o cenário pode se alterar rapidamente.”

Soranz reforçou que é importante os eventos culturais continuarem cumprindo as medidas sanitárias colocadas: em locais com muita gente, exigir o uso de máscara e a apresentação do passaporte sanitário.

Próximos

Formula 1 Brasil
Realização da Fórmula 1 no Brasil não teve impacto epidemiológico, diz Abrape – Florent Gooden/DPPI/LiveMedia/NurPhoto
Para este ano, há outros grandes eventos previstos, como o festival Lollapalooza, marcado para os dias 25, 26 e 27 de março, em São Paulo, e o Rock in Rio, de 2 a 11 de setembro, no Rio.

O presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior, disse que, se houver um agravamento do quadro pandêmico, as restrições não devem ser apenas para o setor. De acordo com Caramori Júnior, eventos de massa que já foram realizados pelo setor e não tiveram impactos negativos no quadro epidemiológico, como a Fórmula 1. Para ele, é preciso avaliar a evolução do quadro, incluindo o número de internações, de casos graves e de óbitos. Se forem tomadas medidas drásticas, não podem ser direcionadas só para os eventos, tem que valer para todos os setores que incentivam o convívio social. “Tem as praias cheias, parques cheios, aeroportos cheios, shopping centers cheios, supermercados, quer dizer, não tem como direcionar só para este setor. Seria uma abordagem extremamente preconceituosa”,disse Caramori à Agência Brasil.

A atenção aos grandes eventos deve ser a mesma dada a outras atividades, porque o país ainda está em ambiente de pandemia. Caramoni destacou que o segmento contribui positivamente quando exige o comprovante de vacinação, pois as pessoas têm mais um motivo para busca a imunização.

Máscaras

A médica Isabella Ballalai alertou ainda para o uso das máscaras de tecido e as cirúrgicas, que segundo ela, não são suficientes para enfrentar a variante Ômicron.

De acordo com Isabella, as melhores máscaras são as do tipo N95 ou PFF2. Quem não tiver condição de comprá-las, deve combinar o uso das de tecido com as cirúrgicas.

Além do uso correto das máscaras, a médica recomendou a vacinação. “Quem não tomou a primeira dose, pelo amor de Deus, acorda. A pandemia não acabou.”

Edição: Nádia Franco – Agência Brasil

Juazeiro divulga dados do boletim Covid-19 desta quarta-feira

Juazeiro registrou 40 novos casos da Covid-19. A informação está no boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) desta quarta-feira (03). O município registrou um óbito por complicações da doença e contabiliza 490 mortes por Covid-19.

De acordo com o levantamento, 27.824 moradores foram infectados desde o início da pandemia na cidade, dos quais 26.903 já estão recuperados. Os casos descartados somam 42.897. Juazeiro tem 431 casos ativos do novo coronavírus.

O óbito foi de uma pessoa de 76 anos, do sexo masculino, em um hospital particular de Juazeiro com histórico de comorbidade.

Testes

Foram realizados desde o início da pandemia 61.472 testes rápidos pela prefeitura e 8.880 RT-PCR pelo Lacen, em Salvador.

Ocupação de leitos

Na rede hospitalar, o percentual de ocupação dos leitos de UTI para Juazeiro na rede PEBA (hospitais de Pernambuco e Bahia) é de 36%, com 28 leitos disponíveis. Somente em Juazeiro, 50% dos leitos de UTI para pacientes com Covid-19 estão ocupados, com 5 leitos disponíveis.

Lockdown é iniciado nesta segunda-feira em Sobradinho (BA)

Prefeitura de Sobradinho, Bahia decreta Lockdown.  Iniciou hoje, segunda-feira 15 de junho e segue até dia 18.

Todas as entradas de Sobradinho estão fechadas.

Durante quatro dias fica proibida, a qualquer hora do dia, a circulação de pessoas na cidade.

https://www.instagram.com/p/CBdjEwKn4N3/?utm_source=ig_web_copy_link

Vinte municípios pernambucanos ainda não contaminados pela Covid-19 são investigados pela Fundaj

Isolamento geográfico e menor densidade populacional são fatores importantes no controle da expansão do novo coronavírus. Após mais de dois meses da pandemia em Pernambuco, pesquisadores do Centro Integrado de Estudos Georreferenciados para a Pesquisa Social (Cieg) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) mapearam e realizaram rápida pesquisa junto aos 20 municípios que ainda não apresentam casos confirmados da Covid-19. Como objetivo, eles buscaram identificar as causas desse sucesso no combate à doença no estado.

“Como mostra o Painel Analítico da Fundaj sobre a Covid-19 em Pernambuco, em 26 de maio, a pandemia está presente em 165 dos 185 municípios do estado. A partir da constatação desse rápido avanço, fizemos um mapa e analisamos os municípios que ainda não se contaminaram. Para isso, coletamos os dados junto aos sites das prefeituras desses municípios e nos Informes Epidemiológicos da Secretaria de Saúde do estado, tomando o período de 21 a 23 de maio como base da pesquisa”, afirmou o pesquisador do Cieg da Fundaj e coordenador responsável pelo painel, Neison Freire.

Analisando inicialmente o mapa desses municípios sem Covid-19, observa-se que a primeira possível causa desse atraso na contaminação pode estar relacionado ao fato de que a maioria não está conectada ou próxima a alguma rodovia federal de grande tráfego. “Existe exceção no caso de Belém do São Francisco (BR-316) e Exu (BR-122). Porém, em ambos, há pouco fluxo de veículos se comparados, por exemplo, a BR-101 ou BR-232”, pontuou Neison.

Ao considerar a população dos municípios sem contaminação, constatou-se também que a maioria é de pequeno porte. Cerca de 80% desses municípios estão abaixo de 20 mil habitantes. Nesse grupo, a cidade de Ingazeira é a menor, com 4.548 habitantes. Enquanto Iati é a maior, com 19.197 habitantes. Logo, a densidade populacional e o distanciamento geográfico são fatores determinantes na evolução da disseminação da pandemia.

A investigação levantou as possíveis causas do atraso na expansão da pandemia, a fim de ajudar na elaboração de estratégias de prevenção em uma provável segunda onda de contaminação. Além do mapeamento, os pesquisadores elaboraram um questionário com quatro perguntas a respeito das possíveis causas desse atraso. Para se ter uma contra-prova, foram investigados dois grupos: os municípios sem casos confirmados (20) e aqueles com casos confirmados (20). Esses últimos foram selecionados a partir dos que apresentaram maior variação percentual nos últimos 15 dias.

Comparando os dois grupos pesquisados, observa-se alguns resultados que diferem a maneira como as cidades reagiram à pandemia. Ao ser pesquisado se no município a prefeitura havia decretado alguma medida de isolamento social ou fechamento do comércio, 16 das 20 cidades sem Covid-19 (80%) responderam que “sim”, permanecendo há aproximadamente 65 dias nessa situação. Já o grupo dos municípios que tiveram maior crescimento na variação percentual de contaminação, 11 de 20 municípios responderam sim (55%), e com média de dias nessa condição inferior ao outro grupo: 52 dias. “Parece pouco, mas se tratando de uma pandemia com alto grau e rapidez de contágio essa diferença pode ser determinante”, destacou Neison.

Analisando o confinamento social, a pesquisa também avaliou, nos dois grupos, se o comércio não essencial estava fechado. No grupo “sem” Covid-19, 11 municípios responderam que “sim”, situação que já dura há aproximadamente 58 dias em média. Já no grupo dos “com” Covid-19, 15 dos 20 municípios estão há aproximadamente 48 dias com o comércio não essencial fechado. Outra questão analisada diz respeito ao fechamento de escolas. No grupo dos “não” contaminados, 17 responderam que as escolas estão fechadas há cerca de 64 dias. Já no dos “contaminados”, 18 responderam que estão com as escolas fechadas desde 18 de março, seguindo o decreto do governo do estado. Logo, para ambos os grupos, o fechamento de escolas foi quase que simultâneo e geral.

Por fim, a última questão levantada na pesquisa está associada à instalação de barreiras sanitárias nas entradas das cidades. No grupo dos “não contaminados”, 9 responderam que instalaram barreiras e que, em média, elas existem há cerca de 20 dias, embora exista casos com maior tempo. Um exemplo disso é Angelim (desde 30 de março – 51 dias) e Santa Filomena (desde 1º de abril – 39 dias). Nas cidades com casos confirmados e maior variação percentual de contaminação nos últimos 15 dias, 6 dos 20 municípios pesquisados instalaram barreiras sanitárias. Em média, há apenas 13 dias. Logo, as barreiras sanitárias indicam ser uma provável maneira eficaz de evitar a introdução da pandemia no núcleo urbano desses grupos, embora não seja uma medida tomada universalmente.

“Conclui-se, a princípio, que o isolamento geográfico, a menor densidade populacional e algumas medidas referentes à instalação de barreiras sanitárias são fatores importantes no controle da expansão da pandemia. Outro elemento importante é o fato de que os municípios que estão há mais tempo em isolamento social e com atividades não essenciais de comércio fechadas também apresentaram melhores taxas de sucesso no combate à pandemia”, informa a Fundaj.

Confira as 20 cidades pernambucanas sem casos da Covid-19:

Ingazeira
Calumbi
Solidão
Brejinho
Palmeirina
Ibarajuba
Brejão
Calçado
Angelim
Morelândia
Belém de Maria
Lagoa do Ouro
Santa Filomena
Mirandiba
Iati
Belém do São Francisco
Manari
Flores
Tacaratu
Exú

Fonte: Fundaj
Via: Diário de PE