Mina de nº18 da Braskem se rompe na Lagoa Mundaú, em Maceió

A Defesa Civil de Maceió informou que a mina n°18, que era operada pela mineradora Braskem, se rompeu neste domingo (10). Segundo o órgão, o rompimento ocorreu por volta das 13h15, na Lagoa Mundaú, localizada no bairro do Mutange.Técnicos do órgão estão no local neste momento em busca de novas informações. Toda a região está desocupada e não há risco para a população, segundo a Defesa Civil.

O prefeito da capital alagoana, João Henrique Caldas, JHC, divulgou o momento em que a mina se rompe, provocando um redemoinho nas águas da lagoa. Ele informou que sobrevoará a região.

O desastre na capital alagoana foi causado pela exploração de sal-gema em jazidas no subsolo, ao longo de décadas, pela Braskem. O sal-gema é um tipo de sal usado na indústria química.

Falhas graves no processo de mineração causaram instabilidade no solo. Ao menos três bairros da capital alagoana tiveram que ser completamente evacuados em 2020, por causa de tremores de terra que abalaram a estrutura dos imóveis.

Nas últimas semanas, o risco iminente de colapso tem mobilizado autoridades, com afundamento do solo acumulado de mais de 2 metros.

Braskem

Em nota, a Braskem informou que, por volta das 13h45, outro “movimento atípico” foi detectado na lagoa. A empresa também ressaltou que a área está sendo monitorada. Após o afundamento registrado nesta tarde, as autoridades locais foram comunicadas, informou a empresa.

Confina a íntegra do comunicado:

Às 13h15 deste domingo, câmeras que monitoram o entorno da cavidade 18 registraram movimento atípico de água na lagoa Mundaú, no trecho sobre esta cavidade. Toda a área, que vem sendo monitorada nos últimos dias, já estava isolada.  Movimento semelhante ocorreu por volta das 13h45. O sistema de monitoramento de solo captou a movimentação por meio de DGPS instalados na região. As autoridades foram imediatamente comunicadas, e a Braskem segue colaborando com elas.

Fonte: Agência Brasil

Petrolina é destaque nacional na área de Tecnologia e Inovação na Gestão Pública  

Terceira maior cidade de Pernambuco, cidade polo da fruticultura nacional, considerada a maior exportadora de manga e uva do País. Estes são títulos que denominam o desenvolvimento de Petrolina, a maior cidade do Sertão Pernambucano e que enche de orgulho os petrolinenses. Na última quarta-feira (6), a Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Inovação e Tecnologia (Seintec), recebeu no Rio de Janeiro, durante a premiação da ANCITI AWARDS 2023, mais um reconhecimento nacional. Desta vez, na área de Inovação e Tecnologia, ficando entre as cinco primeiras cidades inteligentes do Brasil.

A premiação, promovida pela Associação Nacional das Cidades Inteligentes, Tecnológicas e Inovadoras (Anciti), destaca Petrolina como a única cidade do Nordeste, entre as cidades na categoria até 500 mil habitantes, com as melhores inovações na temática “Estratégias Inovadoras para Alavancar as Finanças Públicas”, promovendo a implantação de ações e projetos inovadores com tecnologias que ajudam na melhoria da qualidade de vida da população. A conquista do prêmio é resultado de investimentos da gestão municipal em ferramentas tecnológicas nos últimos anos em diversos setores da administração municipal, como, educação, gestão e finanças, mobilidade, segurança e iluminação pública, dentre outras ações que tem beneficiado a população.

Com o prêmio, Petrolina se coloca no cenário nacional de governança e sustentabilidade digital, bem como no rol de cidades que investem em inclusão digital como forma de oferecer os melhores serviços a comunidade.

 

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Marco Cerqueira – Assessor de Comunicação da Secretaria de Inovação e Tecnologia (SEINTEC) 

LBV faz entrega de cestas de alimentos a famílias rurais e povos originários em Petrolina

A Legião da Boa Vontade faz entrega de 200 cestas de alimentos não perecíveis a famílias em situação de vulnerabilidade social e em risco alimentar em Comunidades rurais e de povos originários de Petrolina, por meio da tradicional campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!, que nesta edição tem como tema “A fome é diária. O nosso trabalho também!”.

A mobilização social beneficia milhares de famílias no Brasil atendidas ao longo do ano pela Instituição e também por associações e organizações parceiras que são assessoradas pela LBV, proporcionando a elas um Natal digno e sem fome.

O roteiro solidário natalino chega nesta quarta-feira 06 e 07 de dezembro com as doações das cestas de alimentos que pesam mais de 20 quilos de alimentos não perecíveis ao Assentamento José Arnaldo (11h) e às (15h) do Sítio Coelho Atikum Jurema e Paulista.
Já na quinta-feira, 7 de dezembro, a Caravana Solidária da Boa Vontade beneficiará famílias dos sítios Caieiras e Santa Fé. Toda a ação tem o apoio do Conselho de Segurança Alimentar – Consea e de voluntários da Instituição no município.

Meta
Neste ano, a campanha já iniciou as entregas de 50 mil cestas de alimentos em 200 localidades nas cinco regiões do país é a meta da iniciativa solidária natalina.

Ainda a Instituição precisa de ajudar. Para isso, basta entrar no site www.lbv.org.br ou fazer uma transferência bancária pela chave pix: e-mail pix@lbv.org.br, ou ainda, ligar para o telefone 0800 055 50 99. Acesse o perfil @LBVBrasil no Instagram ou no Facebook e acompanhe a prestação de contas diariamente das entregas no país.

Serviço
Evento: entrega das cestas de alimentos arrecadadas pela campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!, promovida pela Legião da Boa Vontade.
Data e horário: 06 e 07 de dezembro de 2023
Local: Assentamento José Arnaldo – Sítio Coelho Atikum Jurema, Paulista, Caieiras e Santa Fé.

A cada dez brasileiros, oito estão endividados, mostra pesquisa

Foto: Nelson Fontes - Divulga Petrolina

Pesquisa do Instituto Locomotiva e MFM Tecnologia aponta que oito em cada dez famílias brasileiras estão endividadas e um terço têm dívidas em atraso. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (7) no relatório Raio-x dos Brasileiros em Situação de Inadimplência. Os índices, que haviam piorado significativamente durante a pandemia da covid-19, já recuaram, mas ainda são elevados, segundo o relatório.Para averiguar como anda o cenário de inadimplência no país, a entidade realizou 983 entrevistas pela internet. O questionário foi aplicado entre 11 e 22 de setembro, entre homens e mulheres de todos os estados.

O instituto buscou compreender quais as circunstâncias ligadas à falta de pagamento em dia das contas. A intenção foi identificar a origem das dívidas contraídas, mas também capturar percepções dos brasileiros sobre a perspectiva que têm no horizonte quanto quitar os débitos e também verificar como a inadimplência afeta a vida pessoal dos brasileiros e como os círculos sociais influenciam no modo como as pessoas conduzem sua vida financeira.

O que continua abrindo mais brechas para a inadimplência é o cartão de crédito, de acordo com a pesquisa. O cartão foi a fonte de 60% dos débitos em aberto neste ano, porcentagem que superou a de 2022, de 56%.

Deixar de liquidar dívidas junto a bancos e financeiras e empréstimos e financiamentos também tem sido um desafio para grande parte dos brasileiros. Uma parcela de 43% lida com isso atualmente, proporção que subiu em relação ao ano passado, quando era de 40%.
Os brasileiros também acumulam dívidas do cheque especial (19%); de contas de serviços básicos, como luz, gás e água (17%); de impostos, como IPVA e IPTU (15%); de celular (14%); e compras feitas em lojas de departamento (12%).

Contas pendentes de assinaturas de internet e TV a cabo respondem por 10% e são seguidas na lista pelas ligadas a planos de saúde (6%); mercado (5%); mensalidades em escolas (4%); taxas de condomínio (4%); fabricantes de produtos que a pessoa revende (3%); lojas de materiais esportivos (1%); e outros (2%).

Falta de planejamento

Os principais motivos pelos quais os brasileiros ficam devendo são a falta de planejamento financeiro (36%); o desemprego (34%); ter gastos inesperados com saúde (30%); emprestar o nome de alguém para efetuar compras ou contratar serviços (16%); compras de alto valor, acima do que cabe no orçamento (11%); investimento em negócios que deram prejuízo (10%); e falta de controle nos gastos por parte do companheiro ou companheira (8%).

Outras razões a que os brasileiros atribuem a situação de contas no vermelho é a perda de renda com um divórcio (6%); problemas com vícios e jogos (3%); esquecer de pagar uma conta ou boleto (3%); e outros (3%).

Quando perguntados sobre o nível de otimismo ou pessimismo quanto a deixar em dia as contas, 39% responderam que têm certeza de que conseguirão. Em 2022, o percentual era de apenas 25%. A parcela de inadimplentes que afirmou que acha que pagará é de 23%, ante 32% da que não têm certeza, 5% da que declarou que não terá condições e 2% da que têm certeza de que não existe essa possibilidade.

Dentro do grupo dos que reconhecem não ter como quitar as dívidas, 9% são mulheres e 9% têm ensino fundamental como nível de escolaridade. Já na parcela que mantém mais otimismo, com 39%, 78% pertencem às classes A e B e 76% correspondem à proporção que pretende pagar os débitos com o programa Desenrola Brasil.

Estratégias

A principal estratégia que os inadimplentes têm em mente para conseguir colocar tudo em dia é economizar dinheiro (60%). A renegociação de dívidas é outra solução mencionada por 38%, percentual maior do que o de 2022, quando era de 31%.

A pesquisa destaca, ainda, que aumentou a parcela de pessoas que teve sucesso em se estabilizar financeiramente, variando de 20%, em 2022, para 24%, neste ano. Porém, o percentual de brasileiros que avaliam que uma melhora na economia do país é o que permite a da sua situação financeira e a quitação de dívidas caiu, passando de 29% para 20%.

A maioria dos brasileiros endividados (59%) acredita que tornar o crédito mais barato e acessível impactaria muito sua vida financeira. Além disso, 56% deles pensam que ter orientações de qualidade sobre como organizar o próprio orçamento também ajudaria.

Um dado importante diz respeito a políticas públicas. Ao todo, 41% dos participantes da pesquisa consideram que ter acesso a serviços públicos gratuitos, como creches em horário estendido e/ou mais próximas de casa ou do trabalho é um fator que também contribuiria para deixar de contrair dívidas.

No que concerne a agentes que influenciam nas decisões, o que o estudo mostra é que as redes sociais representam um problema para muitos brasileiros. São elas que incentivam 23% a ter comportamentos que complicam as contas e os pagamentos. Cônjuges são apontados por 10%.

Desenrola Brasil

O instituto também coletou impressões sobre o programa Desenrola Brasil. O que se soube por meio das respostas dadas pelos entrevistados é que oito em cada dez endividados consideram a iniciativa importante para ajudar na vida financeira dos brasileiros.

A maioria dos inadimplentes (76%) diz conhecer o programa, mas o que se nota é que somente 17% afirmam conhecer bem e 58% “só de ouvir falar”, o que pode sugerir uma melhor divulgação sobre a ação. Uma das dúvidas, por exemplo, para 57%, é se suas dívidas são ou não contempladas pelo programa.

Para um quinto dos endividados (20%), seus débitos foram ou podem ser negociados no âmbito do programa. A proporção chega a 28% entre inadimplentes.

Um quinto (20%) dos endividados já negociaram dívidas com o Desenrola Brasil. Entre os inadimplentes, são 11%. Outro dado fornecido pelo Instituto Locomotiva é o de que 46% dos inadimplentes que têm certeza de que conseguirão pagar suas dívidas pretendem negociá-las no programa.

Edição: Fernando Fraga/Agência Brasil

Simão Durando recebe prêmio nacional de inovação ANCITI AWARDS 2023

Maior cidade do interior de Pernambuco, Petrolina também é referência no setor de tecnologia e inovação. A capital do Sertão conquistou mais um destaque nacional, sendo a campeã do Nordeste e ficando entre as cinco primeiras cidades inteligentes do Brasil através do prêmio ANCITI AWARDS 2023. A premiação reconhece o trabalho de transformação digital para facilitar o acesso aos serviços públicos municipais. O troféu foi recebido pelo prefeito Simão Durando em uma solenidade realizada no Rio de Janeiro.

Neste ano, a honraria foi concedida às cidades com as melhores inovações vinculadas ao tema “Estratégias inovadoras para alavancar as Finanças Públicas”. Os critérios avaliados levaram em consideração: Inovação, Inclusão Digital, Qualidade de Vida, Infraestrutura de Cidades Inteligentes, Governança e Sustentabilidade, por meio de metodologia da BrightCities.

Petrolina foi premiada na categoria das cidades com até 500 mil habitantes. O único município do Nordeste a receber o reconhecimento nessa faixa populacional. A “Terra dos Impossíveis” repete, portanto, o feito de ser referência na região, já que no ano passado, Petrolina foi a única nordestina, na categoria até 500 mil habitantes, a receber os prêmios ‘Cidades inovadoras 2022’ e o ‘Prefeito Inovador 2022’.

As ações implementadas pela gestão do prefeito Simão Durando conquistaram a premiação através do conjunto de ferramentas implantadas para digitalização e redução da burocracia, extinguindo o uso de papel nos processos internos. O reconhecimento nacional também é fruto de ações nas áreas de segurança e mobilidade, através de tecnologias pioneiras na gestão pública, como os semáforos inteligentes, iluminação pública inteligente, câmeras de alta definição e softwares de inteligência artificial para reconhecimento facial e de placas de veículos. Outra medida adotada foi a criação de um Centro de Comando e Controle de Operações (CCO) para gestão de todas as tecnologias.

De acordo com o prefeito, esse reconhecimento vem reafirmar que Petrolina é uma grande vitrine de demonstração e avaliação de soluções tecnológicas para “cidades inteligentes” no país. “Petrolina é ousada. No passado, usamos a tecnologia para superar a barreira do clima seco e adotamos a irrigação para transformar essa região numa potência agrícola. Agora, vivemos um novo ciclo de desenvolvimento e inovação com várias iniciativas que facilitam e melhoram a vida da população. Energia solar, redução da burocracia, iluminação em LED, monitoramento com câmeras, tecnologias no trânsito, Wi-Fi livre nas feiras e praças. Enfim, são incontáveis ações para setores como segurança, educação e mobilidade. A tecnologia sempre foi uma aliada de Petrolina e seguiremos inovando para melhorar a vida dos petrolinenses, fazendo esse cidade continuar como um milagre no semiárido”, pontuou o prefeito Simão, que esteve acompanhado pelo secretário de Inovação, Cleriston Ramos.

Maceió está em alerta máximo devido ao risco de afundamento de solo

A Defesa Civil de Maceió (AL) informou que continua em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso em uma mina de exploração de sal-gema da Braskem na região do antigo campo do CSA, no Mutange. Segundo nota divulgada no final da manhã desta sexta-feira (1), o deslocamento vertical acumulado da mina é de 1,42 metros e a velocidade vertical é de 2,6 centímetros por hora.“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, disse a Defesa Civil. “A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas”.

A mina 18 é formada por cavernas abertas pela Braskem para extração de sal-gema e que estavam sendo fechadas desde que o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmou que a atividade havia provocado o afundamento do solo na na região. O sal-gema é uma matéria-prima usada na indústria para obtenção de produtos como cloro, ácido clorídrico, soda cáustica e bicarbonato de sódio.

Situação de emergência

Ontem (30), a prefeitura de Maceió decretou situação de emergência por 180 dias por causa do iminente colapso da mina, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros. A área já está desocupada e a circulação de embarcações da população está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, na capital.

Nove escolas foram estruturadas com carros-pipa, colchões, alimentação, equipes de saúde, equipes da Guarda Municipal e de assistência social para receber até 5 mil pessoas vindas das regiões afetadas.

Os ministros do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e dos Transportes, Renan Filho, também visitaram Maceió com uma equipe de técnicos para monitorar a situação.

Em uma rede social, Renan Filho disse que a empresa precisa ser responsabilizada pela situação. “Não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve. A Braskem precisa ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime ambiental cometido em Maceió, garantindo a reparação aos danos materiais e ambientais causados aos maceioenses”, disse.

Dias também se manifestou sobre a gravidade da situação. “O cenário é grave, estamos falando de abalos sísmicos, bairros afundando, consequências de um possível crime socioambiental. O MDS está atento para acompanhar de perto a situação e prestarmos a assistência necessária para ajudar no que for preciso”, escreveu.

Braskem

Em nota, a Braskem diz que continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18, tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências e que a área está isolada desde terça-feira (28). A empresa ressalta ainda que a região está desabitada desde 2020.

“Referido monitoramento, com equipamentos de ultima geração, foi implementado para garantir a detecção de qualquer movimentação no solo da região e viabilizar o acompanhamento pelas autoridades e a adoção de medidas preventivas como as que estão sendo adotadas no presente momento”, disse a empresa.

Edição: Aline Leal/Agêcia/Brasil

Anvisa discute nesta sexta-feira regulamentação de cigarro eletrônico

Nesta sexta-feira (1º), a diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia se coloca em consulta pública a regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil.Desde 2009, resolução da entidade proíbe a fabricação, a comercialização, a importação e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como vape.

Com a publicação da pauta da reunião, na última quarta-feira (22), a Anvisa informou ter recebido diversos pedidos de manifestação oral e de acesso às dependências da agência por representantes do setor regulado, de entidades civis e pela população em geral para acompanhar a deliberação.

Estão previstas ainda manifestações públicas em frente à sede da Anvisa, em Brasília, por entidades interessadas na matéria. “A diretoria colegiada decidiu que a citada reunião pública será conduzida sem a presença de representantes do setor regulado, de entidades civis e da população em geral, com o objetivo de resguardar a normalidade da sua realização.”

O debate será transmitido por meio do canal oficial da Anvisa no YouTube. Interessados podem enviar manifestações orais para conhecimento dos diretores conforme instruções disponíveis. O material será publicado no site da agência e reproduzidos durante a reunião.

Relatório

No ano passado, a diretoria Colegiada da Anvisa aprovou, por unanimidade, relatório técnico que indicava a necessidade de se manter a proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar e a adoção de medidas adicionais para coibir o comércio irregular desse tipo de produto, como o aumento das ações de fiscalização e a realização de campanhas educativas.

O documento configura uma espécie de etapa de diagnóstico e estudo, com informações e dados sobre os prováveis efeitos de uma regulação, servindo para verificar impacto, propor cenários para atuação e subsidiar a tomada de decisão. O relatório, portanto, consolida todas as evidências coletadas pela equipe técnica da Anvisa.

Entenda

Os dispositivos eletrônicos para fumar são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pode-cigarettee-ciggye-pipee-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Embora a comercialização no Brasil seja proibida, os dispositivos podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.

Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças: produtos descartáveis ou de uso único; produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém, em sua maioria, propileno glicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; produtos de tabaco aquecido, que possuem dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; sistema pods, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, dentre outros.

“A comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa nº 46, de 28 de agosto de 2009. Essa decisão se baseou no princípio da precaução, devido à inexistência de dados científicos que comprovassem as alegações atribuídas a esses produtos.”

Perigo à saúde

Com aroma e sabor agradáveis, os cigarros eletrônicos chegaram ao mercado com a promessa de serem menos agressivos que o cigarro comum. Entretanto, a Associação Médica Brasileira (AMB) alerta que a maioria absoluta dos vapes contém nicotina – droga psicoativa responsável pela dependência e que, ao ser inalada, chega ao cérebro entre sete e 19 segundos, liberando substâncias químicas que trazem sensação imediata de prazer.

De acordo com a entidade, nos cigarros eletrônicos, a nicotina se apresenta sob a forma líquida, com forte poder aditivo, ao lado de solventes (propilenoglicol ou glicerol), água, flavorizantes (cerca de 16 mil tipos), aromatizantes e substâncias destinadas a produzir um vapor mais suave, para facilitar a tragada e a absorção pelo trato respiratório. “Foram identificadas, centenas de substâncias nos aerossóis, sendo muitas delas tóxicas e cancerígenas.”

“O cigarro eletrônico em forma de pen drive e com USB entrega nicotina na forma de ‘sal de nicotina’, algo que se assemelha à estrutura natural da nicotina encontrada nas folhas de tabaco, facilitando sua inalação por períodos maiores, sem ocasionar desconforto ao usuário”, destacou a AMB.

“Cada pod do cigarro eletrônico no formato de pen drive contêm 0,7 mililitro (ml) de e-líquido com nicotina, possibilitando 200 tragadas, similar, portanto, ao número de tragadas de um fumante de 20 cigarros convencionais. Ou seja, pode-se afirmar que vaporizar um pen drive equivale a fumar 20 cigarros (um maço).”

Ainda de acordo com a entidade, o uso de cigarro eletrônico foi associado como fator independente para asma, aumenta a rigidez arterial em voluntários saudáveis, sendo um risco para infarto agudo do miocárdio, da mesma forma que os cigarros tradicionais. Em estudos de laboratório, o cigarro eletrônico se mostrou carcinógeno para pulmão e bexiga.

Surto de doença pulmonar

Entre agosto de 2019 e fevereiro de 2020, foi registrado um surto de doença pulmonar em usuários de cigarros eletrônicos. Apenas nos Estados Unidos, foram notificados quase 3 mil casos e 68 mortes confirmadas.

Congresso Nacional

Além do debate no âmbito da Anvisa, tramita no Senado Federal o Projeto de Lei (PL) 5008/2023, de autoria da senadora Soraya Thronicke, que permite a produção, importação, exportação e o consumo dos cigarros eletrônicos no Brasil.

Jovens

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 22,6% dos estudantes de 13 a 17 anos no país disseram já ter experimentado cigarro pelo menos uma vez na vida, enquanto 26,9% já experimentaram narguilé e 16,8%, o cigarro eletrônico.

O estudo ouviu adolescentes de 13 a 17 anos que frequentavam do 7º ano do ensino fundamental até a 3ª série do ensino médio das redes pública e privada.

Controle do tabaco

O Brasil é reconhecido internacionalmente por sua política de controle do tabaco. Em julho de 2019, tornou-se o segundo país a implementar integralmente todas as medidas previstas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no intuito de reduzir o consumo do tabaco e proteger as pessoas das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs).

Edição: Maria Claudia/Agência Brasil

Compesa e Ministério Público de Pernambuco assinam Termo de Cooperação Técnica

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) celebrou, nesta quinta-feira (30), um Termo de Cooperação Técnica e Administrativa com o Ministério Público de Pernambuco, por meio da Procuradoria Geral de Justiça. O documento tem o objetivo de estreitar o relacionamento entre a Compesa e o MP, manter o diálogo e o suporte técnico para esclarecimentos sobre a realidade do saneamento em Pernambuco, além de promover soluções para as demandas da sociedade por meio da criação de uma Câmara Técnica de Autocomposição. Deste modo, poderá ser solicitada a abertura de Procedimento Autocompositivo para procedimentos administrativos que tramitem no Núcleo de Negociação, Conciliação e Mediação da Procuradoria de Justiça Cível e/ou em ações judiciais em curso, que tratem da falta de oferta adequada e suficiente de saneamento básico.Pela Compesa, assinou o presidente da estatal, Alex Campos, e pela Procuradoria Geral de Justiça, o procurador Marcos Carvalho. A intenção das duas entidades é aprofundar o diálogo e propor soluções para que sejam reduzidos os casos judiciais envolvendo a Compesa. Também participaram do encontro o diretor Regional do Interior da Compesa, Igor Galindo, o chefe de Gabinete, José Virginio Nogueira, e a Secretária Jurídica, Marise Paiva; além dos promotores Marcos Aurélio Farias, Francisco Sales e o chefe de Gabinete do MP, José Paulo Cavalcanti.O presidente da Compesa, Alex Campos, destacou os reflexos do acordo para a população. “O termo de cooperação trará resultados positivos para a estatal, mas principalmente para a população, que terá dois órgãos em sintonia para dar mais celeridade às suas necessidades. O diálogo e o conhecimento técnico certamente ajudarão o trabalho do MP”, apontou o presidente. O procurador Geral de Justiça, Marcos Carvalho, destacou a importância do acordo firmado com a Companhia, uma parceria que resultará na resolutividade e agilidade às demandas da população que recorre ao MP em busca de apoio.Além da assinatura do documento, o presidente da Compesa, que está há três meses à frente da Companhia, aproveitou para fazer um balanço da atuação da estatal, as dificuldades hídricas e operacionais e as perspectivas para o próximo ano. O dirigente explicou que 60% da população pernambucana é abastecida por regime de rodízio e que o estado tem o pior balanço hídrico do país. Aliado a isso, a Compesa tem enfrentado elevado índice de roubos e furtos de água em adutoras e de equipamentos, ações criminosas que impactam diretamente no fornecimento de água, prejudicando muita gente.O gestor também explicou as condições de geológicas e geográficas  de Pernambuco não são favoráveis para os recursos hídricos e destacou que, para reverter este quadro de adversidades e atender ao Novo Marco do Setor de Saneamento, a Compesa tem um planejamento de obras e de captação de recursos para mudar a realidade hídrica do estado. Ele citou a obra da Adutora do Agreste, empreendimento em execução há dez anos e que está em fase de testes para atender cidades do Agreste, entre elas, Caruaru. Também destacou a obra da Adutora de Serro Azul e a Adutora do Alto Capibaribe. A Companhia conta, inclusive, com o empréstimo de R$ 1,1 bilhão que será celebrado com O Banco Multilateral de Desenvolvimento (NDB – New Development Bank), instituição dos BRICS, que está em fase final para liberação dos recursos, e R$ 120 milhões captados junto ao Banco do Nordeste (BNB).Outro tema ressaltado por Alex Campos foi questão do estudo que está sendo realizado pelo BNDES para definição de um modelo de concessão para a Compesa. Ele reafirmou que a Companhia não será privatizada, mas ressaltou que é preciso envolver o setor privado para ampliar os índices de cobertura de água e esgoto em Pernambuco

Docente da Univasf realiza visita técnica e treinamento em comunidades agrícolas de Angola

Pesquisas sobre tecnologia de pós-colheita em sementes, grãos e hortaliças desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação em Dinâmicas de Desenvolvimento do Semiárido (PPGDiDeS), da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), despertaram o interesse da Associação Desafio Integral e Associados (DIA), sediada em Luanda, na Angola, em estabelecer parceria com a Universidade. Esta aproximação com a Univasf resultou na realização de uma visita técnica do professor do PPGDiDeS Acácio Figueiredo no país. Entre os dias 20 e 24 de novembro, o docente realizou reuniões com os produtores agrícolas locais e um treinamento com agricultores de uma comunidade da Província do Bengo, que fica a 30 quilômetros de Luanda.

O convite para a visita técnica aconteceu em setembro deste ano, com o objetivo inicial de aproximar a Associação DIA a uma instituição brasileira, que estivesse inserida no semiárido, para discutir futuras parcerias de treinamento nas comunidades agrícolas de Angola. “A ideia era ter uma reunião com estes produtores e saber quais as nossas pesquisas e resultados publicados que poderiam ser adaptados para a região destas comunidades”, conta o docente. Foram identificadas afinidades com os temas de secagem solar, produção sustentável para hortaliças e estudo do caminho dos alimentos.

O treinamento realizado por Figueiredo teve a participação de 12 agricultores da Província do Bengo e tratou sobre hortas periurbanas, uma agricultura sustentável com o cultivo de plantas perto das cidades, ou seja, próximo do centro de consumo. “Os produtores gostaram muito, fizeram muitas perguntas e ficaram interessados por algumas práticas agrícolas”, relata o professor.

Figueiredo ressalta a relevância da realização de ações desse tipo, que visem ao compartilhamento de informações com populações de outros países. “É de extrema importância, pois mostra que a pesquisa desenvolvida na Univasf não fica apenas no papel, mas é utilizada para melhorar a vida das pessoas”, afirma. A visita também resultou na prospecção de demandas das comunidades da região de Luanda, com a possibilidade de realização de outras ações a serem desenvolvidas futuramente.

O docente, que também integra o quadro do Colegiado de Engenharia Agrícola e Ambiental (Cenamb), destaca que esta parceria, além de possibilitar o compartilhamento de conhecimentos na área de gestão da qualidade em produtos agrícolas, fortalece o processo de internacionalização da Univasf. “A parceria fortalece uma das atividades fins da universidade que é a divulgação do conhecimento, além de consolidar e colocar na prática o papel da internacionalização em nossa instituição”, ressalta.

Estudantes da UNIVASF de Juazeiro, norte da Bahia, protestaram contra as condições que se encontram os ônibus de transporte de alunos

Nesta manhã de terça-feira (28), recebemos vídeos de um grupo de estudantes da Univasf- Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Juazeiro, onde mostra a situação precária que se encontra os ônibus que levam os estudantes até a cidade vizinha, o Campus de Ciências Agrárias de Petrolina, Sertão PE.

Os alunos fizeram protestos com cartazes e som de apitos na reitoria da instituição onde se formou uma corrente humana para bloquear a saída dos ônibus.

Tem ônibus que sai totalmente lotado, acima da capacidade em um trajeto diariamente de mais de 80 km entre ida e volta de Juazeiro/Petrolina.