IF Sertão-PE divulga datas de matrícula para aprovados no SISU 2021.1

Os aprovados no Sistema de Seleção Unificada (SISU) para cursos superiores no Instituto Federal do Sertão Pernambucano – IF Sertão-PE já podem consultar as datas e orientações para matrícula on-line. O Ministério da Educação publicou nesta sexta-feira (16) os resultados do Sisu 2021.1 e, no IF Sertão-PE, os selecionados poderão fazer a matrícula a partir da próxima segunda-feira (19) até a sexta-feira (23).

Em função da pandemia de Covid-19, todo o procedimento de matrícula será realizado pela internet. Os candidatos devem acessar o formulário de matrícula do campus do IF Sertão-PE para o qual foi selecionados, preenchê-lo e enviá-lo.

Para acessar os resultados e os formulário de matrícula, clique aqui.

Prazo para aditamento do Fies é prorrogado

O prazo para aditamento de renovação dos contratos do Novo Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) foi prorrogado para dia 28 de dezembro de 2018. Até o momento, cerca de 70% dos estudantes já concluíram ou iniciaram o processo de aditamento. Os procedimentos devem ser feitos por meio da página eletrônica do financiamento.

O estudante que precisar alterar informações no contrato, como a troca de fiador, deve comparecer a uma agência da Caixa. Nesse caso específico, o aluno deverá comparecer com o novo fiador e apresentar os novos documentos comprobatórios.

Novo Fies

O Fies concede financiamento em instituições privadas de ensino superior. O novo Fies, lançado no ano passado, tem modalidades de acordo com a renda familiar.

A modalidade Fies tem juro zero para os candidatos com renda mensal familiar per capita de até três salários mínimos. Nesse caso, o financiamento mínimo é de 50% do curso, enquanto o limite máximo semestral é de R$ 42 mil.

A modalidade chamada de P-Fies é para candidatos com renda familiar per capita entre 3 e 5 salários mínimos. Nesse caso, o financiamento é feito por condições definidas pelo agente financeiro operador de crédito que pode ser um banco privado ou fundos constitucionais e de desenvolvimento.

Escolas buscam soluções para regular o uso de celular pelos alunos

Caixas para guardar celulares e perda de pontos em avaliações são algumas das estratégias usadas para que estudantes não se distraiam nas salas de aula com os celulares pela Escola Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira, em Fortaleza. A escola recebeu nesta quinta-feira (31) a visita dos ministros da Educação que participaram dos encontros do G20 nesta semana.Apesar de alguns estados e municípios já restringirem o uso dos aparelhos nas escolas, o Brasil busca uma norma nacional para regular o uso de smartphones e outros aparelhos eletrônicos.

Para a estudante Débora de Paula, do 1º ano do ensino médio da escola, a restrição é bem-vinda. “O celular para fins educativos pode ser muito bem utilizado, mas a gente tem que ter certos cuidados para que a gente não distorça um pouco o uso dele. Até porque a gente tem que estar atento ao que o professor está falando. A gente quer prestar atenção ao conteúdo que está sendo dado, que é aquilo que a gente vai usar para a nossa vida”.

Débora cursa na escola produção audiovisual. Ela conta que no curso a estratégia é tirar nota de quem usa o aparelho indevidamente. “Tem essa outra nota, que é a nota de perfil, que a gente começa com 10 pontos e, dependendo de alguns pontos a gente vai perdendo. Um deles é o uso indevido do celular. Então aqui a gente tem esse incentivo de não usar o celular durante a sala de aula, a não ser quando o professor está pedindo”.

Isso ajuda a própria estudante a controlar o uso também fora da escola. Na casa dela, ela instituiu até para os pais a regra de usar o celular só até as 22h.

Fortaleza (CE), 31/10/2024 - Ministro da Educação Camilo Santana durante visita à Escola Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira. Foto: Ângelo Miguel/MEC
Fortaleza (CE), 31/10/2024 – Ministro da Educação Camilo Santana durante visita à Escola Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira. Foto: Ângelo Miguel/MEC

A estudante Lua Clara também está no 1º ano de produção audiovisual e, da mesma forma, tenta controlar o uso do aparelho. “Justamente para não sugar a sua energia. Porque às vezes uma adolescente fala ‘nossa, eu estou tão cansado, com dor de cabeça’. Porque foi dormir às 2h da manhã e estava jogando um jogo. Então, é controlar, mas se adaptar também”, defende.

Já no curso profissional de eletromecânica, a estratégia é guardar os aparelhos dos estudantes, conta Allan Sousa, estudante do 2º ano do ensino médio.

“Eu uso o celular quando o professor permite, inclusive na minha sala de aula”, diz. “O nosso diretor de turma, ele conversou com os pais e eles aceitaram fazer uma caixinha onde a gente coloca os nossos celulares. E a gente só pega se o professor permitir, quando a gente for usar para poder fazer atividade mesmo”.

Ele também apoia a restrição do aparelho. “O celular é um dos principais motivos para distrair o aluno em sala de aula. Imagina, o aluno está tendo uma aula sobre alguma coisa, aí aparece uma notificação do celular que, às vezes, pode ser mais interessante do que a aula que ele está tendo em si”, diz o estudante.

O diretor da escola, Kamillo Silva, diz que a instituição busca um equilíbrio. “A ideia é usar as tecnologias com sabedoria”, diz. “Se há uma competição muito grande com a questão relacionada à atenção, que o celular seja diminuído. Se a gente pode utilizar como recurso para a resolução de problemas, como é o caso da educação profissional e do ensino médio, que ele seja mais liberado. Então, talvez o desafio seja encontrar esse equilíbrio. Para nós, para o ensino híbrido, é mais um espaço, é mais uma ferramenta para a resolução do problema, para a aprendizagem, para a devolutiva das atividades também”.

Tecnologia no mundo

O uso da tecnologia nas escolas é tema de debate nos encontros internacionais que ocorrem essa semana em Fortaleza. Foi discutido tanto nos encontros de educação do G20, que terminaram nessa quarta-feira (30), quanto na Reunião Global de Educação (GEM, na sigla em inglês), organizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que começou nesta quinta-feira (31).

O relatório de Monitoramento Global da Educação (GEM) 2024, aponta que o uso da tecnologia é muito desigual entre os países. Em países de alta renda, oito em cada 10 adultos conseguem enviar um e-mail com um anexo, mas em países de renda média, como é o caso do Brasil, apenas 3 em cada 10 adultos são capazes de fazer isso.

Segundo o diretor do relatório GEM, Manos Antoninis, uma das mensagens mais impactantes do relatório é a queda na aprendizagem dos estudantes em todo o mundo. De acordo com ele, essa queda começou a ser observada em 2010, antes mesmo da pandemia. Entre as razões para que isso ocorra, sobretudo em países de renda alta e média, como o Brasil, está o uso de tecnologia nas escolas.

“É irônico porque todos esses que vendem a tecnologia, prometem que a tecnologia melhora a aprendizagem. A realidade é que quando há um melhoramento é só para muito poucos. Para a maioria dos alunos há um efeito negativo”, disse.

Regras nacionais

Nesta quarta-feira (30), a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 104/2015, que proíbe o uso de celular e de outros aparelhos eletrônicos portáteis nas salas de aula de escolas públicas e particulares, inclusive no recreio e nos intervalos entre as aulas.O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça.

Pelo PL, o celular pode ser usado apenas para atividades pedagógicas, ou seja, orientadas pelos professores, nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano e no ensino médio. Já nos anos anteriores, na educação infantil e nos anos iniciais do fundamental, do 1º ao 5º ano, o uso fica proibido. O texto, no entanto, permite ainda o uso do aparelho para fins de acessibilidade, inclusão e condições médicas.

Edição: Sabrina Craide/Agência Brasil

Inep disponibiliza nesta terça-feira cartão para candidatos do Enem

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibiliza, nesta terça-feira (24), na Página do Participante, o Cartão de Confirmação de Inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. Dele consta o número de inscrição do candidato, além de data, hora e local das provas.O cartão informa também sobre eventuais necessidades de atendimento especializado. Apesar de o cartão não ser obrigatório, o Inep recomenda levá-lo nos dias do exame (5 e 12 de novembro).

O acesso deve ser feito por meio do login único da plataforma gov.br. “Caso o participante não lembre a senha da conta cadastrada, é possível recuperá-la. Para isso, basta acessar a página acesso.gov.br, digitar o CPF e clicar em ‘Avançar’. Em seguida, selecione a opção ‘Esqueci minha senha’”, informou em nota o Inep.

Provas

O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. As notas obtidas nas provas podem ser usadas para o estudante concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e a recursos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Também podem ser usadas para concorrer a vagas em instituições estrangeiras que têm convênio com o Inep.

Para ajudar os estudantes a se preparar para a prova de redação, o Inep disponibiliza a Cartilha do Participante com informações sobre a Matriz de Referência da prova de redação. Além disso, a cartilha traz amostras comentadas de redações que receberam pontuação máxima, mil pontos, no Enem 2022.

Edição: Nádia Franco/Agência Brasil

A Presidente da ASSIESPE e da ABCDE, Ana Gleide Leal, marca presença no Colóquio Internacional de Educação Superior e Educação Básica

A Presidente da ASSIESPE e da ABCDE, Ana Gleide Leal, o Presidente da AEDA, George Modesto, e a Diretora da AEDAI, Fátima Oliveira, marcaram presença no ‘Colóquio Internacional de Educação Superior e Educação Básica: uma relação a reinventar’, promovido pelo Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB). O evento ocorreu nesta sexta-feira, 26 de janeiro, no auditório G1 da UNICAP.

O Reitor da UNICAP, Pe. Pedro Rubens, que também é presidente do CRUB, mediou o encontro que reuniu, na mesa de honra, um representante de cada segmento educacional – IES públicas federal, estadual, municipal, comunitárias e privadas. Estiveram presentes ainda a Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, Luciana Santos, e o Ministro da Cultura e Educação do Vaticano, o Cardeal Dom Tolentino de Mendonça. Embora estivesse prevista a participação do Ministro da Educação, Camilo Santana, e do Presidente do Conselho Nacional de Educação – CNE, Luiz Curi, eles não conseguiram comparecer devido a conflitos de agenda.

Representando as IES Municipais na CRUB, em sua fala, o Reitor da UniRV, Alberto Barella, cumprimentou a presidente da ASSIESPE e destacou com orgulho o papel essencial das instituições municipais na presença da Ministra do MCTI, enquanto o Ministro da Educação participava remotamente. Fez também um apelo aos prefeitos para que apoiem suas fundações e instituições municipais, registrando a importância desse suporte para o avanço da educação nos municípios.

Para a presidente Ana Gleide, “o evento foi um momento importante para o ensino superior, sobretudo para as IES municipais, pelo destaque e visibilidade que nos foi dado nas reflexões sobre futuro do ensino superior no Brasil”.

Vamos juntos fortalecer os rumos da educação!

Petrolina bate recorde de construção de creches e amplia acesso à Educação Infantil

A Prefeitura de Petrolina, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, alcançou em 2024 um marco histórico na Educação Infantil, construindo um número recorde de creches nos últimos quatro anos e chegando a mais de 20 mil alunos matriculados. Com um plano robusto de expansão, a gestão municipal busca não apenas eliminar a lista de espera, mas também assegurar que todas as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade desde a Primeira Infância. Enquanto a administração anterior, encerrada em 2016, entregou apenas seis creches, a gestão atual ampliou e modernizou significativamente as unidades escolares.
Atualmente, dez novas creches estão em construção em bairros e comunidades rurais, e outras seis já foram entregues, proporcionando um aumento expressivo no acesso à educação infantil. Cada unidade é projetada para oferecer ambientes seguros e adequados ao desenvolvimento das crianças, com salas amplas, áreas de lazer, e materiais pedagógicos que incentivam o aprendizado integral. As novas creches em construção atenderão bairros como Vila Vitória, Fernando Idalino, Jardim Imperial, Terras do Sul, Monsenhor Bernardino, Centro, Colinas do Rio, e os Núcleos 1, 8 e 10 do Perímetro Irrigado Senador Nilo Coelho. Já as unidades entregues estão localizadas na Vila Marcela, Padre Cícero, Antônio Cassimiro, Vila Eulália, Nova Petrolina e Jardim Petrópolis, garantindo um ambiente seguro e propício ao aprendizado infantil.
A expansão das creches em Petrolina vai além de aumentar o número de vagas; representa uma verdadeira transformação na vida das famílias, que agora dispõem de espaços de qualidade para seus filhos. De acordo com a Secretaria de Educação, essa ampliação reflete o compromisso da gestão municipal com o futuro das crianças e o bem-estar dos pais, oferecendo ambientes seguros e adequados para o desenvolvimento infantil. Além de facilitar a conciliação entre trabalho e cuidado dos filhos, a rede de creches desempenha um papel social essencial, atendendo às necessidades de diversas comunidades.
As novas unidades têm um impacto significativo na inclusão social, pois oferecem instalações modernas e bem equipadas, permitindo que mais crianças tenham acesso a um ambiente de aprendizado de qualidade. A Prefeitura tem se empenhado em levar a educação infantil para localidades que, em gestões anteriores, não contavam com infraestrutura adequada, promovendo a igualdade de oportunidades desde a Primeira Infância. Além disso, a administração municipal continua priorizando a criação de novas vagas nas áreas com maior concentração populacional, garantindo que o acesso à educação infantil seja ampliado ano após ano.

Prefeitura de Petrolina prorroga prazo para renovação de matrícula na rede de ensino

A Prefeitura de Petrolina, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, anunciou a extensão do prazo para renovação das matrículas dos alunos da rede municipal. A medida oferece mais tempo para que pais e responsáveis possam concluir o processo, assegurando a vaga dos estudantes no ano letivo de 2025. Para quem preferir realizar o procedimento presencialmente, o prazo se estende até sexta-feira, dia 1º de novembro. Já aqueles que optarem pela renovação pela internet terão até domingo (3) para concluir o processo, que pode ser realizado de maneira simples e rápida, pelo site oficial educacao.petrolina.pe.gov.br.

É importante destacar que a renovação online está disponível apenas para aqueles que estão com o cadastro escolar em dia. Portanto, é importante que o responsável verifique na unidade de ensino sua situação cadastral para garantir a continuidade dos estudos de seu filho na rede municipal.

A Secretaria de Educação destaca que a rede de ensino de Petrolina se mantém como a melhor Educação do estado de Pernambuco, comprometida com a excelência e a inclusão no ensino público. Por meio dessa iniciativa, a Secretaria não apenas facilita o acesso à educação, mas também garante que todas as crianças tenham a oportunidade de desfrutar de um aprendizado contínuo e de alta qualidade, preparando os estudantes para um futuro promissor.

Estudantes de Petrolina devem fazer o cadastro para ter direito a meia passagem estudantil

A Prefeitura de Petrolina, através da Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina (AMMPLA), informa aos estudantes do município que é necessário realizar o cadastro anual obrigatório para garantir o direito a meia passagem estudantil no transporte coletivo municipal.
Para realizar o cadastro, os estudantes devem ir até o Serviço Integrado de Mobilidade (SIM), localizado na sede da AMMPLA, que funciona na Rua Félix Pinto, S/N°, Centro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. É necessário apresentar: RG, CPF, comprovante de residência, declaração escolar do ano letivo de 2025 assinada e carimbada com o CNPJ da instituição de ensino.
Para os estudantes que já possuem cartão do ano anterior, é necessário fazer o recadastramento. Além de apresentar a mesma documentação citada acima, é obrigatório apresentar o cartão.

Câmara dos Deputados aprova PEC do novo Fundeb em 2º turno e amplia verba federal na educação básica

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/15, que torna permanente o Fundo de Desenvolvimento e Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) e eleva a participação da União no financiamento da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio.

O texto-base da proposta foi aprovado em segundo turno por 492 votos a 6, além de 1 abstenção. Pouco antes, no primeiro turno, o placar da votação foi de 499 votos a 7. A PEC seguirá para o Senado.

“Milhares de jovens estão fora da escola, não têm trabalho e não acreditam que essa escola pode melhorar a sua vida”, lamentou a relatora, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO). O novo texto, segundo ela, busca reduzir essa desigualdade. “Não tem sentido uma criança ter R$ 19 mil de custo por ano e outra que não chega a R$ 2 mil em vários municípios brasileiros. Não é esse o País que nós queremos.”

Ela ressaltou ainda que a aprovação do parecer só foi possível graças ao diálogo e ao empenho dos deputados e vai assegurar, “de maneira especial, num País que tem hoje 6,5 milhões crianças fora na escola, que a educação infantil, pela primeira vez, terá prioridade, e prioridade se faz com financiamento, com recursos, com investimentos.”

Aumento gradativo
Segundo o parecer de Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), a contribuição da União para o Fundeb crescerá de forma gradativa de 2021 a 2026, de forma a substituir o modelo cuja vigência acaba em dezembro.

Nos próximos seis anos, a parcela da União deverá passar dos atuais 10% para 23% do total do Fundeb, por meio de acréscimos anuais. Assim, em 2021 começará com 12%; passando para 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; e 23% em 2026.

Os valores colocados pelo governo federal continuarão a ser distribuídos para os entes federativos que não alcançarem o valor anual mínimo aplicado por aluno na educação. Da mesma forma, o fundo continuará recebendo o equivalente a 20% dos impostos municipais e estaduais e das transferências constitucionais de parte dos tributos federais.

Em 2019, o Fundeb distribuiu R$ 156,3 bilhões para a rede pública. Atualmente, o fundo garante dois terços dos recursos que os municípios investem em educação. Os repasses da União, que representam 10% do fundo, não entram no teto de gastos (Emenda Constitucional 95/16).

Desigualdades regionais
Dos 13 pontos percentuais a mais que a União deverá colocar no Fundeb, 10,5 pontos deverão complementar cada rede de ensino municipal, distrital ou estadual sempre que o valor anual total por aluno (VAAT) não atingir o mínimo definido nacionalmente. A intenção é diminuir desigualdades regionais no recebimento do apoio.

Após acordo com o governo, pelo menos metade do dinheiro deverá ser destinado à educação básica ‒ se for o caso, inclusive para escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas. Segundo a relatora, a medida terá grande impacto, já que a educação infantil concentra a maior demanda não atendida pela rede pública no País.

Além do montante colocado por estados e municípios no Fundeb, o cálculo do VAAT deverá levar em conta os outros recursos direcionados à educação, as cotas estaduais e municipais de arrecadação do salário-educação e o complemento da União segundo os critérios atuais (valor anual por aluno).

Lei futura deverá definir vários detalhes sobre o Fundeb, inclusive o cálculo do VAAT, para o qual a PEC já define parâmetros. Outra regra determina que, no mínimo, 70% dos recursos extras poderão pagar salários dos profissionais da educação ‒ hoje, esse piso é de 60% e só beneficia professores ‒, e pelo menos 15% terão de custear investimentos nas escolas.

Ainda em relação aos professores, uma lei específica definirá o piso salarial nacional para a educação básica pública. A partir da vigência da futura emenda constitucional, fica explícito que o dinheiro do Fundeb não poderá ser usado para pagar aposentadorias e pensões.

Gestão e qualidade
Os outros 2,5 pontos percentuais que a União deverá colocar a mais no Fundeb serão distribuídos às redes públicas que cumprirem requisitos de melhoria na gestão previstos em lei e atingirem indicadores de aprendizagem com redução das desigualdades, nos termos do sistema nacional de avaliação da educação básica.

Entretanto, conforme o texto aprovado, essa parte do repasse extra da União começará apenas em 2023 (no equivalente a 0,75 ponto), será ampliada ano a ano e atingirá a integralidade dos 2,5 pontos a partir de 2026.

Os entes federativos deverão usar os recursos do Fundeb exclusivamente em sua atuação prioritária definida na Constituição: os municípios cuidam da educação infantil e do ensino fundamental; e os estados, do ensino fundamental e médio. Assim, o dinheiro não poderá ser aplicado, por exemplo, em universidades.

Para cumprirem o montante mínimo de 25% dos impostos investidos anualmente em educação, também conforme a Constituição, estados e municípios poderão contar somente com 30% do total repassado pela União. Nenhum ente federativo poderá reter os repasses vinculados ao Fundeb, sob pena de crime de responsabilidade.

Em relação aos tributos de estados e municípios que compõem as fontes do Fundeb, foi aprovado destaque, apresentado por nove partidos, que alterou o parecer da deputada Professora Dorinha. Assim, continuam de fora os recursos oriundos da compensação da União pela desoneração das exportações prevista na Lei Kandir (Lei Complementar 87/96).

Regulamentação
A lei que regulamentará o novo Fundeb deverá levar em conta as metas do plano nacional de educação; o valor anual por aluno investido em cada etapa e modalidade; a transparência e o controle social dos fundos; e o conteúdo e a periodicidade da avaliação dos indicadores de qualidade.

Esse regulamento definirá ponderações relativas ao nível socioeconômico dos estudantes e à disponibilidade de recursos vinculados à educação e o potencial de arrecadação de cada ente federativo.

Quanto ao padrão mínimo de qualidade do ensino, a referência será o custo aluno qualidade, constante no Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/14), com o objetivo de encontrar o financiamento necessário por estudante para a melhoria da qualidade da educação no Brasil.

Dados centralizados
O substitutivo da deputada Professora Dorinha determina a centralização dos dados contábeis, orçamentários e fiscais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. O objetivo é garantir a rastreabilidade e a comparação dos dados para divulgá-los ao público.

No caso de uma reforma tributária, o texto prevê que deve ser garantida, em cada exercício financeiro, a aplicação dos montantes mínimos em educação por estados, municípios e União equivalentes à média aritmética dos últimos três anos, independentemente da extinção ou substituição de tributos.

Uma lei deverá regulamentar a fiscalização, a avaliação e o controle das despesas com educação nas esferas estadual, distrital e municipal.

A partir da publicação da futura emenda constitucional, os estados terão dois anos para vincular parte dos repasses do ICMS para os municípios a indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade.

Atualmente, os estados repassam parte do ICMS arrecadado (25%) às cidades. A PEC diminui o total repassado proporcionalmente às operações realizadas no território de cada município e aumenta o mesmo tanto no repasse que nova lei estadual deverá vincular às melhorias na educação.

Princípios
No artigo da Constituição que define os princípios do ensino, a PEC inclui a garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida.​

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Inscrições para lista de espera do Sisu terminam na próxima terça

Os candidatos que não foram selecionados na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre de 2023 têm até terça-feira (4) para manifestar interesse em participar da lista de espera. O prazo para a inscrição começou na última terça-feira (27) e deve ser feita pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

Os candidatos que estiverem na lista de espera para a matrícula serão convocados pelas próprias instituições a partir do dia 10 de julho, portanto o estudante interessado deve se informar junto à instituição para a qual está inscrito.

“As convocações são gerenciadas e realizadas por cada instituição, de acordo com seu planejamento. As informações, conforme portaria, devem estar em edital da instituição de educação superior e no site da instituição”, diz o Ministério da Educação (MEC).

O dia 4 de julho também é a data final para que os estudantes se matriculem nas instituições de ensino para as quais foram selecionados. O prazo começou na quinta-feira, 29 de junho. Os candidatos devem verificar os dias, horários e locais de atendimento definidos por cada instituição em edital próprio.

O MEC divulgou o resultado da chamada única do Sisu no dia 27 de junho, no  portal do Sisu. Ao todo, a segunda edição de 2023 do programa teve 305.797 inscritos.