Anvisa publica resolução que proíbe cigarro eletrônico no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta quarta-feira (24) resolução que proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar, popularmente conhecidos como cigarro eletrônico.

O texto define os dispositivos eletrônicos para fumar como “produto fumígeno cuja geração de emissões é feita com auxílio de um sistema alimentado por eletricidade, bateria ou outra fonte não combustível, que mimetiza o ato de fumar”. Estão incluídos na categoria e, portanto, proibidos:

– produtos descartáveis ou reutilizáveis;

– produtos que utilizem matriz sólida, líquida ou outras, dependendo de sua construção e design;

– produtos compostos por unidade que aquece uma ou mais matrizes: líquida (com ou sem nicotina); sólida (usualmente composta por extrato ou folhas de tabaco – trituradas, migadas, moídas, cortadas ou inteiras, ou outras plantas); composta por substâncias sintéticas que reproduzam componentes do tabaco, de extratos de outras plantas; por óleos essenciais; por complexos vitamínicos, ou outras substâncias;

– produtos conhecidos como e-cigs, electronic nicotine delivery systems (ENDS), electronic non-nicotine delivery systems (ENNDS), e-pod, pen-drive, pod, vapes, produto de tabaco aquecido, heated tobacco product (HTP), heat not burn e vaporizadores, entre outros.

A publicação proíbe ainda o ingresso no país de produto trazido por viajantes por qualquer forma de importação, incluindo a modalidade de bagagem acompanhada ou bagagem de mão. “O não cumprimento desta resolução constitui infração sanitária”, destacou a Anvisa no texto.

Entenda

Na última sexta-feira (19), a diretoria colegiada da Anvisa decidiu por manter a proibição de cigarros eletrônicos no Brasil. Os cinco diretores da agência votaram para que a vedação, em vigor desde 2009, continue no país. Com a decisão, qualquer modalidade de importação desses produtos fica proibida, inclusive para uso próprio.

Em seu voto, o diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, além de posicionamentos dos ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda. Ele citou ainda consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano sobre o tema.

Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia e em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele lembrou que, esta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos, comprarem cigarros.

A representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, apontou que o país é reconhecido internacionalmente por sua política interna de controle do tabaco desde o século passado. “Essa medida protege, salva vidas, promove efetivamente a saúde pública e é um passo crucial para um ambiente mais saudável e seguro para todas as pessoas”.

Também foram apresentados argumentos pedindo a regulamentação do consumo e da venda dos produtos pela Anvisa, apontando a redução de danos aos fumantes de cigarro comum e o combate à venda ilegal de produtos irregulares, sem controle toxicológico e de origem desconhecida.

O diretor da British American Tobacco no Brasil, Lauro Anhezini Júnior, afirmou que consumidores estão sendo tratados como cidadãos de segunda classe. O representante da indústria de cigarros pediu que as decisões sejam tomadas com base na ciência. “Não é a ciência apenas da indústria, é a ciência independente desse país que também comprova que se tratam de produtos de redução de riscos. Cigarros eletrônicos são menos arriscados à saúde do que continuar fumando cigarro comum”.

O diretor de Comunicação da multinacional Philip Morris Brasil, Fabio Sabba, defendeu que a atual proibição tem se mostrado ineficaz frente ao crescente mercado ilícito e de contrabando no país. “Ao decidir pela manutenção da simples proibição no momento que o mercado está crescendo descontroladamente, a Anvisa deixa de cumprir o seu papel de assegurar que esses 4 milhões de brasileiros ou mais consumam um produto enquadrado em critérios regulatórios definidos. É ignorar que o próprio mercado está pedindo regras de qualidade de consumo”.

Os dispositivos

Os dispositivos eletrônicos para fumar são também conhecidos como cigarros eletrônicos, vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Embora a comercialização no Brasil seja proibida, eles podem ser encontrados em diversos estabelecimentos comerciais e o consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.
Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças: produtos descartáveis ou de uso único; produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém, em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes), em sistema aberto ou fechado; produtos de tabaco aquecido, que possuem dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; sistema pods, que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham a pen drives, entre outros.

A maioria dos cigarros eletrônicos usa bateria recarregável com refis. Esses equipamentos geram o aquecimento de um líquido para criar aerossóis (popularmente chamados de vapor) e o usuário inala o vapor.

Os líquidos (e-liquids ou juice) podem conter ou não nicotina em diferentes concentrações, além de aditivos, sabores e produtos químicos tóxicos à saúde – em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes.

No site da Anvisa, é possível ter mais informações sobre os cigarros eletrônicos.

Pernambuco abre seleção simplificada para 42 médicos

O Governo de Pernambuco, através da Secretaria de Administração, abriu uma seleção simplificada para contratar 42 médicos. O edital foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira (23.04). Todos os profissionais irão atuar nas agências regionais do Instituto de Atenção à Saúde e Bem-estar dos Servidores do Estado de Pernambuco (Iassepe), órgão que gerencia o sistema de saúde do servidor – Sassepe.

As inscrições do certame terão início no dia 26 de abril e irão até o dia 10 de maio. Todo processo será realizado através do site www.iassepe.pe.go.br/concursos-e-selecoes. Os salários são de R$6.050,33 e os médicos irão trabalhar com regime diarista, com carga horária de 20 (vinte) horas semanais.

Para o presidente do Iassepe, Douglas Rodrigues, esse é um dos passos para a reestruturação do Sassepe. “Iremos oferecer atendimento de qualidade em nossas agências. A especialidade e os números de vagas oferecido, para cada regional, foi disponibilizado de acordo com um levantamento que fizemos em cada município”. A unidade que tem mais vagas disponíveis é a de Caruaru, que somam 10 oportunidades, das quais duas são para pessoas com deficiência (PCD).

O processo seletivo será realizado em única etapa eliminatória e classificatória, denominada de avaliação curricular. A contratação temporária terá duração de até 12 (doze) meses, renováveis, até o prazo máximo de seis (06) anos.

 

ESPECIALIDADE

MUNICÍPIO

VAGAS

Cardiologista

Afogados da Ingazeira

1

Cardiologista, Clínico Geral, Ginecologista e Pediatra

Arcoverde

4

Ginecologista e Psiquiatra

Carpina

2

Clínico Geral, Pediatra, Ginecologista, Endocrinologista, Psiquiatra, Dermatologista, Geriatra e Urologista

Caruaru

10 (2 PCD 1 Ginecologista e Pediatra))

Cardiologista, Clínico Geral, Ginecologista, Pediatra e Ortopedista

Garanhuns

5

Clínico Geral e Ginecologista

Goiana

2

Cardiologista, Clínico Geral, Pediatra e Ginecologista

Ouricuri

4

Clínico Geral e Ginecologista

Palmares

2

Clínico Geral, Dermatologista, Pediatra e Endocrinologista

Petrolina

4

Cardiologista, Clínico Geral e Ginecologista

Salgueiro

3

Cardiologista, Clínico Geral e Ginecologista

Serra Talhada

3

Clínico Geral e Ginecologista

Surubim

2

SERVIÇO

Seleção Simplificada para Médicos do Iassepe

Inscrições: 26 de abril e irão até o dia 10 de maio

Vagas – 42 vagas distribuídas em 12 agências do Interior

Informações: www.iassepe.pe.go.br/concursos-e-selecoes

Equoterapia: benefícios comprovados para pessoas de todas as idades

Através da equoterapia, o centro oferece benefícios comprovados para pessoas de todas as idades, promovendo o bem-estar biopsicossocial de indivíduos com deficiências físicas ou motoras, sejam elas permanentes ou temporárias, além de distúrbios psíquicos e problemas de relacionamento pessoal.

A abordagem do centro é predominantemente interdisciplinar, integrando as áreas de saúde, educação e equitação para oferecer uma experiência terapêutica completa e personalizada. Os cavalos, já inseridos na rotina diária do centro, desempenham um papel fundamental no tratamento, auxiliando os pacientes a alcançarem melhor qualidade de vida e superarem desafios físicos e emocionais.

O trabalho realizado pelo centro de Equoterapia HBA representa um avanço significativo no campo da terapia assistida por animais e continua a contribuir para a melhoria da saúde e do bem-estar de seus pacientes.

Setor de Marketing da HBA

Especialistas reforçam importância da leitura para a memória e saúde mental

O hábito de leitura é uma prática que possibilidade inúmeros benefícios à mente das crianças, adultos e idosos. Os estímulos que são direcionados ao cérebro auxiliam a amenizar o estresse, mantém o bom funcionamento da cognição, assim como proporcionam uma melhor saúde mental. No Brasil, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), 1,7 milhão de pessoas com 60 anos ou mais têm algum tipo de demência.  Importante mencionar, dessa forma, que outros estudos apontam que a leitura pode proteger a mente de doenças neurodegenerativas, a exemplo do Alzheimer.

Embora o hábito pareça simples, a leitura treina o cérebro para garantir mais resistência a danos cerebrais. Mais do que a transmissão ou retenção de informações, a mente trabalha de maneira coordenada para permitir bons desenvolvimentos cognitivos. O neurocirurgião do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Frederico Prado, ressalta que ler contribui para a saúde cerebral. Sem dúvida, o hábito da “leitura auxilia nas conexões cerebrais e cria novos vínculos neuronais”, explica. O médico acrescenta, ainda, que a prática pode desenvolver melhor a parte da mentalização, raciocínio, assim como a memória das pessoas.

O gosto pelo hábito da leitura é algo que pode ser estimulado gradativamente e nunca é tarde para ser iniciado. Isso porque, segundo Frederico, a prática possibilita maior proteção ao cérebro à medida que envelhecemos. O especialista reitera que, quanto antes começar, mais chances de vivenciar uma velhice confortável nos aspectos físicos e cognitivos. “Reforço que o estímulo que a leitura gera às pessoas também é imprescindível para bons cuidados com a memória e com o nosso cérebro”, expressa.

Para a professora de Psicologia da Wyden, Kalina Galvão, além de proporcionar um momento de saúde mental, no sentido de parar as atividades do dia a dia e gerenciar o estresse, o hábito da leitura ajuda na ansiedade. Ela endossa que a prática “vai estar aliada à estimulação da memória desde a criança até o adulto”, frisa. Dessa forma, “auxilia na imaginação, na criatividade, aquisição de conhecimentos e plasticidade (a capacidade da criança, por exemplo, se reorganizar e estruturar emocional e cognitivamente)”, afirma.

Sem contar que, ao longo da vida, a leitura traz consequentemente inúmeras prevenções de doenças que envolvem a cognição. Em complementação, “abre possibilidades para aumentar processo de comunicação, suscitando vários benefícios para a saúde mental. Além do processo de conhecimento, há melhor compreensão de mentalização, aprendizagem e organização para realizar exercícios mentais”, finaliza Kalina.

Atendimentos oftalmológicos e odontológicos serão retomados via Projeto de Extensão do HU-Univasf

Os atendimentos oftalmológicos e odontológicos, prestados anteriormente por meio do Projeto Consultórios Itinerantes, serão retomados via projeto extensão proposto pelo Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Consultas iniciais foram realizadas na última sexta-feira, 19 de abril, junto a colaboradores da instituição.
“Esta é mais uma ação do Hospital Universitário da Univasf para a região, para a sociedade, da transformação de uma iniciativa, que em outro momento foi chamada de Projeto Consultórios itinerantes, para um projeto de extensão a ser desenvolvido com os nossos colaboradores, validada pelo nosso Colegiado Executivo. Neste sentido, a gente retoma atendimentos oftalmológicos, num contexto ainda piloto e experimental, para que a gente possa ampliar, envolvendo estudantes da graduação da pós-graduação, fazendo valer o papel do Hospital Universitário em atender bem as pessoas e formar profissionais com qualidade para o SUS”, destacou Ricardo Lima, gerente de Ensino e Pesquisa do HU-Univasf.
Durante os atendimentos experimentais, foram realizados exames de acuidade visual, pressão intraocular e fundo de olho (fundoscopia), com suporte do oftalmologista Francisco Ferraz e do técnico em ótica Ilson Luna, pertencentes ao quadro de pessoal do HU-Univasf/Ebserh.
Laércio Siqueira atua na equipe de vigilância patrimonial do HU e foi um dos beneficiados com a abordagem experimental de retorno do projeto: “Para mim é extremamente importante, tanto pra minha saúde quanto para o meu trabalho, por conta da gratuidade e tecnologias envolvidas no atendimento, algo que favorecerá toda a sociedade, principalmente a população de Petrolina e de toda a região”, reconheceu Siqueira.
Acompanharam também os preparativos de retomada o superintendente Julianeli Tolentino e o gerente de Atenção à Saúde do HU-Univasf, Aristóteles Cardona: “A perspectiva de retomada de atendimentos em oftalmologia e odontologia, a partir desse antigo projeto aqui do nosso HU, muito nos anima porque são áreas essenciais para assistência à população e farão parte de uma plano de expansão da nossa capacidade de fornecer acesso a estes serviços”, comemorou Cardona.
Histórico
Criado no ano de 2013, o Projeto Consultórios Itinerantes (PCI) nasceu da parceria entre os Ministérios da Educação e da Saúde, que forneceu 71 contêiners com consultórios para universidades federais de todo o país.
O PCI ofereceu atendimento aos estudantes que participam dos programas de educação Brasil Alfabetizado e Mais Educação, com o objetivo de identificar precocemente problemas na visão e garantir a saúde bucal de crianças e adolescentes. O HU-Univasf recebeu oito consultórios e atuou com uma equipe formada por: odontólogo, médico oftalmologista, técnico em saúde bucal, técnico de ótica e assistente administrativo. Além das consultas, o projeto ainda distribuiu óculos gratuitamente.

Anvisa mantém proibição ao cigarro eletrônico no país

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com isso, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento e propaganda desses produtos. Os cinco diretores votaram para que a vedação, em vigor desde 2009, continue no país.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados também de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido).

Com a decisão, a Anvisa informa que qualquer modalidade de importação desses produtos fica proibida, inclusive para uso próprio ou na bagagem de mão do viajante.

De acordo com a agência, a norma não trata do uso individual, porém veda o uso dos dispositivos em ambiente coletivo fechado. O não cumprimento é considerado infração sanitária e levará à aplicação de penalidade, como advertência, interdição, recolhimento e multa.

Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

Relator

O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e citou a consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências ratificadas pela diretoria em 2022.

Presidente da ANVISA, Antonio Barra Torres, fala sobre cigarros eletrônicos na 6ª Reunião Ordinária Pública da Dicol 2024. Frame: Youtube/ANVISA
Presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, vota pela manutenção de proibição de cigarros eletrônicos. Foto: Youtube/Anvisa
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil.

Manifestações pela proibição

Durante a reunião da diretoria da Anvisa, foram ouvidas diversas manifestações a favor e contra a manutenção da proibição do consumo de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. Foram exibidos 80 vídeos de pessoas físicas e jurídicas de diversas nacionalidades.

A maior parte dos argumentos favoráveis à manutenção da proibição foram relativos aos danos à saúde pública. A secretária da Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e seus Protocolos (Coniq) da Organização Mundial da Saúde (OMS), Adriana Blanco, manifestou preocupação com a saúde pública dos países que liberaram o consumo destes produtos e com o marketing estratégico da indústria do tabaco, especialmente com o aumento do consumo por jovens.

“Ainda não temos uma resposta clara sobre os impactos do longo prazo de utilização dos DEFs ou da exposição a seus aerossóis, mas as evidências já nos mostram que não são isentos de riscos e que são prejudiciais à saúde humana, especialmente para crianças, jovens e grupos vulneráveis.”

A representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), no Brasil, Socorro Gross, apontou que o Brasil é reconhecido internacionalmente pela política interna de controle do tabaco desde o século passado. “Essa medida protege, salva vidas, promove efetivamente a saúde pública e é um passo crucial para um ambiente mais saudável e seguro para todas as pessoas”.

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Hisham Mohamad, fez comparações sobre a piora da situação epidemiológica e o incremento do contrabando em alguns dos mais de 100 países onde a comercialização do produto foi liberada. “Constatamos um grande número de dependência especialmente das novas formas de nicotina que a indústria tem empregado. E em localidades onde foram liberados, como nos Estados Unidos, a maior parte vendida no comércio é de produtos ilegais”.

O ex-diretor da Anvisa e ex-ministro da Saúde (2006-2007) José Agenor Álvares da Silva, relembrou o contexto em que o Brasil conseguiu banir a adição de flavorizantes que favorecem a adesão da população jovem ao fumo e inviabilizou a propaganda dos produtos fumígenos nos pontos de venda. “A Anvisa, que tanto deu exemplo na condução da discussão sobre as vacinas contra a Covid, tem agora uma oportunidade clara de mostrar para o Brasil e para o mundo o seu compromisso com a saúde pública do povo brasileiro”, fez o apelo à diretoria da agência.

A diretora de análise epidemiológica e vigilância de doenças não transmissíveis do Ministério da Saúde, Letícia de Oliveira Cardoso, apontou que não existem estudos científicos que comprovem que os cigarros eletrônicos protegem, substituem ou amenizam os efeitos nocivos dos cigarros normais “Tanto os cigarros eletrônicos como os cigarros convencionais de tabaco apresentam riscos à saúde e não devem ser consumidos pela população. Esta precisa ser informada sobre os riscos de dispositivos eletrônicos de fumar”.

O ex-fumante Alexandre Carlos Vicentini deu seu depoimento sobre como ficou viciado no produto. “Além das várias cores e sabores, o pior de tudo é o teor de nicotina que tem dentro desses aparelhinhos. O que é simplesmente um fator de dependência terrível para mim.”

Contra a proibição

Também foram apresentados argumentos pedindo a regulamentação do consumo pela Anvisa e pela venda dos produtos, apontando a redução de danos aos fumantes de cigarro comum, combate à venda de ilegal de produtos irregulares, sem controle toxicológico e de origem desconhecida. A gestora nas áreas de assuntos regulatórios, qualidade e logística Alessandra Bastos Soares defendeu a regulamentação adequada ao consumo de cigarros eletrônicos para que os consumidores que decidiram pelo uso possam fazê-lo em segurança. “Desejo que, no futuro, nenhum cidadão levante o seu dedo em riste acusando a Anvisa de omissão por não ter uma regra adequada para cuidar de um tema que já é tratado como pandemia do Vape”, alertou.

Já o diretor da British American Tobacco (BAT) – Brasil, anteriormente conhecida como Souza Cruz, Lauro Anhezini Júnior, afirmou que consumidores estão sendo tratados como cidadãos de segunda classe. O representante da indústria de cigarros brasileira pediu que as decisões sejam tomadas com base na ciência. “Não é a ciência apenas da indústria, é a ciência independente desse país que também comprova que se tratam de produtos de redução de riscos. Cigarros eletrônicos são menos arriscados à saúde do que continuar fumando cigarro comum”.

O diretor de Comunicação da multinacional Philip Morris Brasil (PMB), Fabio Sabba, defendeu que a atual proibição dos DEFs tem se mostrado ineficaz frente ao crescente mercado ilícito e de contrabando no país. “Ao decidir pela manutenção da simples proibição no momento que o mercado está crescendo descontroladamente, a Anvisa deixa de cumprir o seu papel de assegurar que esses 4 milhões de brasileiros ou mais consumam um produto enquadrado em critérios regulatórios definidos. É ignorar que o próprio mercado está pedindo regras de qualidade de consumo”.

Além de representantes da indústria de tabaco, houve manifestações de proprietários de casas noturnas,  bares e restaurantes e de usuários dos cigarros eletrônicos. O representante da Livres, uma associação civil sem fins lucrativos delicada à promoção da liberdade individual, Mano Ferreira, condenou a proibição anterior que não conseguiu erradicar o consumo desses produtos e, ao contrário, impulsionou o mercado ilegal e informal, especialmente entre os jovens. “Uma regulamentação eficaz permitiria não apenas uma fiscalização mais vigorosa, excluindo os produtos mais perigosos do mercado, mas também facilitaria a transição de fumantes tradicionais para alternativas menos nocivas”.

O usuário de vapes Preslei Aaron Bernardo Ribeiro, de 36 anos, garante perceber melhora em seu quadro geral de saúde. “Por 20 anos, fui fumante e utilizei métodos tradicionais, mas não consegui cessar o meu tabagismo. Mas, com o uso do cigarro eletrônico, consegui parar de fumar o cigarro tradicional de uma forma muito eficiente, rápida e fácil”.

A preocupação do presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas, Fábio Bento Aguayo, foi a dominação do comércio desse produto pelo crime organizado, facções criminosas e milícias. “O estado brasileiro deixa de ganhar, deixa de arrecadar recurso [com tributos] para combater essas atividades ilegais. Brigamos pela regulamentação para defender a sociedade para ter um produto que tem a garantia sobre a procedência dele”.

Histórico

Desde 2009, uma resolução da Anvisa proíbe a comercialização dos dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. Porém, produtos ilegais podem ser adquiridos pela internet, em estabelecimentos comerciais regularizados e pelas mãos de ambulantes mesmo com a proibição de venda. O consumo, sobretudo entre os jovens, tem aumentado.

Em fevereiro deste ano, a Anvisa encerrou a consulta pública para que a sociedade pudesse contribuir para o texto sobre a situação de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. A proposta de resolução colocada em discussão pela agência foi a de manutenção da proibição já existente. Durante a consulta pública, foram enviadas 13.930 manifestações, sendo 13.614 de pessoas físicas e 316 de pessoas jurídicas. Deste total, contribuições de fato, com conteúdo, aos dispositivos propostos pelo texto da consulta pública, foram 850.

Em 2022, a Anvisa aprovou, por unanimidade, relatório técnico que recomendou a manutenção das proibições dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF) no Brasil e a adoção de medidas para melhorar a fiscalização para coibir o comércio irregular, bem como a conscientização da população sobre os riscos destes dispositivos.

O que são

Desde 2003, quando foram criados, os equipamentos passaram por diversas mudanças. Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) envolvem diferentes equipamentos, tecnologias e formatos, tais como cigarros eletrônicos com sistema aberto (onde a pessoa manipula os líquidos a serem utilizados), com sistema fechado (refis padronizados e fechados), com tabaco aquecido (dispositivo eletrônico utilizado com refil de folhas de tabaco), com sistema fechado tipo pod (semelhantes a pen drives), e vaporizadores de ervas, dentre outros.

A maioria dos cigarros eletrônicos usa bateria recarregável com refis. Estes equipamentos geram o aquecimento de um líquido para criar aerossóis (popularmente chamados de vapor) e o usuário inala o vapor.

Os líquidos (e-liquids ou juice) podem conter ou não nicotina em diferentes concentrações, além de aditivos, sabores e produtos químicos tóxicos à saúde, como que contém, em sua maioria, propilenoglicol, glicerina, nicotina e flavorizantes.

No site da Anvisa, é possível ter mais informações sobre os cigarros eletrônicos.

Fonte: Agência Brasil

Hospital Dom Malan começa neste sábado mutirão de consultas para cirurgias

Este sábado (20/04), será de plantão no ambulatório do Hospital Dom Malan, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, no mutirão de consultas pediátricas e ginecológicas para pacientes da área da VIII Gerência Regional de Saúde, que envolve as populações de Petrolina, Afrânio,Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista. A ação é resultante do Programa Cuida PE, que tem por finalidade ofertar procedimentos e tratamento cirúrgico oportuno à população visando à redução do tempo de espera por cirurgias eletivas.

No primeiro dia, vão ser realizadas 40 consultas pré-cirúrgicas pediátricas e 23 ginecológicas. No sábado, dia 27, haverá um outro mutirão que vai ofertar o mesmo número de consultas. A previsão é que os procedimentos cirúrgicos iniciem no dia 04 de maio e sigam sendo executados a cada final de semana, até o dia 25 de maio.

“Nossa missão aqui no Estado tem começo, meio, mas não tem fim. O Cuida PE, programa criado pelo Governo de Raquel Lyra para diminuir as filas de cirurgias eletivas, exames e consultas, é um eixo importante da gestão da Secretaria de Saúde de Pernambuco. Além de reduzir filas históricas de procedimentos, nosso objetivo é fazer com que os pernambucanos possam ser atendidos próximos de casa, por isso, este sábado, estamos com mais uma ação do Cuida PE em Petrolina”, afirma a secretária de saúde, Zilda Cavalcanti.

“Serão dois mutirões de consultas pré-cirúrgicas, que acontecerão neste e no próximo sábado, dia 27 de abril, como parte da programação de atendimento às mulheres e crianças que estão na fila de cirurgias eletivas da VIII Geres. A iniciativa desse mutirão de consultas é do Governo do Estado, por meio do Programa Cuida PE, que além de cirurgias ginecológicas, oferece consultas e exames. As cirurgias já começarão em maio” explicou a diretora geral do HDM Ismep, Daniele Moreno.

Hospital Dom Malan registra mais de 60% de aumento no número de atendimento no pronto socorro infantil no mês de março

O Hospital Dom Malan em Petrolina registrou aumento de 64% no número de atendimentos no Pronto Socorro Infantil no mês de março, comparando com o mês de fevereiro. Esse crescimento se deu principalmente pelas síndromes respiratórias entre crianças, que vem lotando o PSI desde o mês de fevereiro, com picos aos finais de semana quando as unidades básicas de saúde ficam fechadas. Foram 3.852 crianças que passaram pela triagem da urgência e emergência do HDM Ismep nesse período, de acordo com os dados da classificação de risco. Desse número 3.597 pacientes foram atendidos no hospital.

Outro aumento registrado de forma significativa foram os exames laboratoriais. Foram 24.410 somente no mês de março. Em fevereiro esse número era de 20.041. O balanço de atendimento de exames calculou 4.396 a mais em relação ao mês anterior.

Neste mesmo período, aumentou também o número de pacientes atendidas na urgência obstétrica. Durante todo o mês foram 1.876 mulheres. Em fevereiro, o número era de 1.689. Foram realizados 576 partos no HDM Ismep, número maior que no mês anterior, quando foram feitos 523 partos.

O Hospital Dom Malan também registrou aumento no número de cirurgias eletivas e de urgência. Foram realizadas mais 62 cirurgias de urgência, somando um total de 535 no mês. As eletivas foram 13 a mais, chegando a 82 cirurgias no mês de março.

A unidade também realizou mais exames de imagens para auxílio no diagnóstico de pacientes. Foram 2.186 exames no mês, o que representa 248 exames a mais do que no mês de fevereiro.

Em Petrolina, Secretária de Saúde do Estado ouve demandas do Hospital Dom Malan

Nesta quarta-feira (18) em Petrolina, a secretária de saúde de Pernambuco, Dra. Zilda Cavalcanti, se reuniu com gestores de saúde na VIII Gerência Regional de Saúde. Em pauta, as estratégias da regional para o atendimento às populações de Petrolina, Afrânio, Cabrobó, Dormentes, Lagoa Grande, Orocó e Santa Maria da Boa Vista, somando mais de 475.700 habitantes.

O Hospital Dom Malan Ismep, unidade de referência do atendimento a mulheres e crianças, foi representado no encontro pela diretora geral, Daniele Moreno. “Doutora Zilda veio à Petrolina para ouvir nossas necessidades. A gente percebe que esse é um diferencial do governo, que se preocupa com o território, quando vem ouvir as demandas, buscar trazer novos serviços, para fortalecer a região, isso é muito importante para quem faz gestão de saúde pública,” destacou Daniele.

O Hospital Dom Malan Ismep ressaltou as estratégias desenvolvidas recentemente para garantir o atendimento às crianças que chegam à unidade com síndromes respiratórias. “ Nós trouxemos para a discussão esse período em que o HDM Ismep está com alto número de pacientes com essas síndromes para ver o que podemos fazer para melhorar o atendimento e colocamos outras demandas onde o Estado precisa investir mais, com a ampliação de serviços. Essa escuta feita por Dra. Zilda é uma aproximação importante do governo com o Sertão e faz toda a diferença, ” frisou Daniele.

HDM

O Hospital Dom Malan é referência em partos de alta complexidade. São realizados em média 550 partos por mês. O HDM atende pacientes dos 53 municípios que compõem a Rede PEBA (hospitais conveniados ao SUS nos estados de Pernambuco e Bahia)

Assessoria de Comunicação do HDM / ISMEP

Gestão Suzana Ramos garante mais assistência à saúde infantil com reforço na equipe da Unidade Pediátrica e cirurgião 24 horas

A Prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), reforçou a equipe médica para os atendimentos na Unidade Pediátrica (Uped) devido a este período do ano, quando há um aumento de infecções respiratórias agudas, situação em que cresce a demanda de atendimento nas urgências.

“Estamos, constantemente, investindo na melhoria do atendimento na UPED por entendermos que o serviço de saúde tem que ser otimizado sempre. A unidade recebeu reforço na escala de pediatras, com a contratação de mais um profissional e o cirurgião 24 horas, que já está no atendimento desde 2023, além do suporte com a equipe de assistência formada por médicos pediatras, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos especializados em pediatria, assistente social, técnicos e auxiliares de enfermagem”, descreveu a prefeita, Suzana Ramos.

A secretária de Saúde, Ana Lúcia Araújo, enfatiza que, mesmo com as dificuldades, os serviços têm melhor assistido à população. “Estamos sempre buscando mais investimentos, inserção no serviço em programas do governo federal e estadual, buscado apoio e a prova é a aquisição do profissional cirurgião pediátrico em escala de sobreaviso 24 horas por dia, manhã, tarde e noite. Mesmo sendo um serviço de média complexidade, a gestão da prefeita Suzana Ramos tem tido o cuidado de melhorar, mais ainda, a qualidade dos atendimentos”, destacou. O cirurgião plantonista poderá realizar pequenos procedimentos e/ou avaliação.

Unidade Pediátrica

A Uped atende crianças e adolescentes de 0 a 14 anos de idade em situação de urgência e emergência, acolhendo pacientes da rede PEBA que integra, além de Juazeiro, pacientes de municípios da Bahia e de Pernambuco. São realizados, em média 170, atendimentos por dia, e funciona 24 horas.Criada em abril de 2020, a unidade tem 12 leitos, incluindo os de isolamento e sala vermelha e conta com 71 servidores, entre médicos, enfermeiros, técnicos e corpo administrativo. É um hospital de média complexidade. A Uped fica localizada no bairro Jardim Flórida, na Rua Paula Bispo de Carvalho, número 210.

Os atendimentos de rotina devem ser feitos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Inverno e Doenças respiratórias

No período que compreende os meses de maio, junho e julho, as temperaturas caem e favorecem a disseminação dos vírus causadores de Síndromes Respiratórias como gripe, resfriado e, até mesmo, a Covid-19, que continua circulando. Além das infecções, neste período desencadeiam doenças como sinusite, rinite e crises de asma e bronquite, em especial nos festejos juninos, quando a população acende as fogueiras.

A Sesau alerta para que as pessoas evitem aglomerações, mantenha os locais ventilados e o cartão de vacina em dia contra a gripe e a Covid-19.