Profissionais do Hospital Materno Infantil de Juazeiro passam por curso de atualização para pós-parto

Os profissionais que trabalham no Hospital Materno Infantil de Juazeiro passaram, nesta terça-feira (10), por um curso de atualização sobre o melhor manejo em caso de hemorragias ocorridas em mulheres no período do pós-parto. O curso, promovido pela Maternidade, foi voltado para técnicos de enfermagem e enfermeiros da unidade.

A atualização foi ministrada pela enfermeira obstetra da unidade e instrutora regional da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)/MS, Paula Lins. “O treinamento estimula a prevenção, o diagnóstico e os cuidados no caso de hemorragias pós-parto e este tipo de atualização é importante para a equipe”, disse Paula Lins.

Durante o treinamento foi abordada a importância das intervenções de forma imediata em possíveis hemorragias. “Cada vez que salvamos uma mulher também salvamos uma família e uma comunidade”, destacou a enfermeira obstetra do Hospital Materno Infantil de Juazeiro.

Texto: Amanda Franco – Assessora de Comunicação Sesau PMJ

Mãe relata atendimento de excelência na Maternidade de Juazeiro

“Fui muito bem atendida por todos. Aqui na Maternidade o atendimento é de excelência”, relata Itiara Greiciane Rodrigues Medrado, de 38 anos, que chegou à Maternidade de Juazeiro para ganhar a sua segunda princesa, a pequena Isadora. Com um sorriso largo que dava para notar pelos olhos, a mãe relatou como foi o seu parto na unidade e toda a assistência que ela e sua bebê receberam.

A mãe disse que entrou em trabalho de parto em casa, por volta das 6h da manhã e foi para a Maternidade de Juazeiro. “Quando cheguei já estava com 4 centímetros de dilatação. Mas Isadora fez cocô na barriga e me encaminharam para uma cesariana de urgência”, contou Itiara. Rapidamente, a equipe a preparou para a cirurgia. Pronta, ela sentiu uma dor forte e Isadora nascia. “Eu já estava com todos os aparelhos e já ia tomar a anestesia. Foi rápido! Isadora nasceu de parto normal”, contou, emocionada, a mãe.

A recém-nascida ficou em observação e a mãe levada para o quarto. Após avaliação, a princesa foi para os braços da mãe Itiara. “Vim para o quarto e depois me trouxeram ela. Fomos muito bem assistidas, desde a recepção, a equipe médica, de enfermeiros, toda a equipe é muito humana”, destacou.

Isadora e a mãe estavam prestes a receberem alta para casa. A princesinha de Itiara já iria sair da Maternidade de Juazeiro com algumas preocupações a menos, já que na unidade a bebê já tinha realizado os testes da orelhinha, do olhinho e do coraçãozinho. “A equipe é muito boa, muito humana. A recepção é de excelência. A gente percebe o cuidado com a gente, a equipe é maravilhosa”, declarou a mãe de Isadora.

Atendimento digno

A diretora da Maternidade de Juazeiro, Érica Goes falou sobre o trabalho de excelência realizado na unidade. “O nosso objetivo, desde o início da gestão, é que todas as mulheres que chegam à Maternidade de Juazeiro tenham um acolhimento e um atendimento digno. Buscamos sempre realizar, junto às nossas equipes, treinamentos de humanização para atender as pacientes da melhor forma”, declarou a diretora.

Na Maternidade de Juazeiro são realizados partos normais e cesarianos, em casos que necessitem do procedimento cirúrgico. As equipes que dão assistência às mães e bebês são compostas por enfermeiros obstetras, médicos obstetras e neonatologistas, anestesiologistas e técnico de enfermagem. Na unidade já são realizados os testes da orelhinha, do coraçãozinho e do olhinho, que fazem parte da triagem neonatal. O bebê também já recebe na Maternidade as primeiras vacinas: BCG e Hepatite B.

Texto: Amanda Franco – Ascom Sesau PMJ

O vírus sincicial respiratório (VSR) gera aumento expressivo da incidência e mortalidade de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças

A crescente circulação do vírus sincicial respiratório (VSR) gerou aumento expressivo da incidência e mortalidade de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de até dois anos de idade, ultrapassando as mortes associadas à covid-19 nessa faixa etária nas últimas oito semanas epidemiológicas.

O VSR responde por 57,8% do total de casos recentes de SRAG com identificação de vírus respiratório. Outros vírus respiratórios que merecem destaque nas crianças pequenas são o rinovírus e o Sars-Cov-2.

Os dados foram divulgados no Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, nessa quinta-feira (25).

Entre a totalidade de óbitos, o crescimento da influenza A faz com que o percentual associado a esse vírus comece a se aproximar do observado para a covid-19 nas últimas quatro semanas. Apesar disso, a covid-19 ainda tem amplo predomínio na mortalidade de idosos, que também é a faixa etária que mais se destaca em relação a mortes por SRAG.

Prevalência

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (23%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (57,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (10,7%).

Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (53,9%).

Pesquisador do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes destaca a importância da vacinação, que está com campanha para influenza A, o vírus da gripe, e do uso de máscaras adequadas (N95, KN95, PFF2) a qualquer pessoa que for a uma unidade de saúde e a quem estiver com sintomas de infecção respiratória.

“A atualização do Infogripe continua apontando para o aumento no número de novas internações por infecções respiratórias em praticamente todo o país. E isso se dá, nesse momento, fundamentalmente por conta do vírus VSR, que interna especialmente crianças pequenas. E, além disso, o próprio vírus da gripe, o vírus influenza A, a gente vê aí também em clara ascensão em todo o país”, disse o pesquisador.

Edição: Agência Brasil

Prefeitura de Petrolina adota esquema de vacinação em dose única contra o HPV

O Ministério da Saúde divulgou nessa segunda-feira (1), uma nova orientação sobre a aplicação da vacina do HPV, que protege contra quatro tipos da doença e abrange os dois principais vírus responsáveis pelo câncer de colo de útero.  A imunização agora será com dose única, substituindo o antigo esquema de duas doses.

O principal objetivo é aumentar a adesão à vacina e ampliar a cobertura vacinal, intensificando a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus. A determinação foi tomada com base em estudos científicos que embasaram as recomendações da Organização Mundial da Saúde e Organização Pan-americana de Saúde, que apontou a proteção com apenas uma dose do imunizante como método mais eficaz.

O público-alvo continua sendo meninas e meninos de 9 a 14 anos, visando protegê-los da exposição ao vírus. O grupo prioritário também inclui pessoas com imunocomprometimento, vítimas de violência sexual e outras condições específicas, podendo receber a vacina até os 45 anos.

Também foi incluído um novo grupo, são os jovens de até 19 anos que não receberam a vacina no período recomendado. Para se vacinar, basta procurar uma Unidade Básica de Saúde, na zona urbana ou rural, e levar documento de identificação com foto, cartão do SUS ou CPF.

Sábado será Dia D de vacinação contra a pólio e o sarampo

Postos de saúde em Petrolina e em todo o país abrem as portas amanhã (18), sábado, para o chamado Dia D de Mobilização Nacional contra o sarampo e a poliomielite.
Todas as crianças com idade entre um ano e menores de 5 anos devem receber as doses, independentemente de sua situação vacinal. A campanha segue até 31 de agosto.
A meta do governo federal é imunizar 11,2 milhões de crianças e atingir o marco de 95% de cobertura vacinal nessa faixa etária, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Até a última terça-feira (14), no entanto, 84% das crianças que integram o público-alvo ainda não haviam recebido as doses.
Este ano, a vacinação será feita de forma indiscriminada, o que significa que mesmo as crianças que já estão com esquema vacinal completo devem ser levadas aos postos de saúde para receber mais um reforço.
No caso da pólio, as que não tomaram nenhuma dose ao longo da vida vão receber a vacina injetável e as que já tomaram uma ou mais doses devem receber a oral. 
Para o sarampo, todas as crianças com idade entre um ano e menores de 5 anos vão receber uma dose da Tríplice Viral, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.


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Saiba quais alimentos vencidos que podem ser consumidos sem risco

Datas de validade

1 de 16 Fotos na Galeria:  Estas indicações para a possibilidade de consumo de alimentos, com data de validade ultrapassada, são baseadas em alimentos de fabricação responsável e de qualidade . São apenas esclarecimentos baseados em pesquisas feitas e, de qualquer maneira, é sempre melhor e mais saudável o consumo de alimentos frescos. Para os alimentos de marcas desconhecidas ou duvidosas, aconselhamos: não utilizá-los e não nos responsabilizamos por seu consumo posterior à data de validade. 

Estas indicações para a possibilidade de consumo de alimentos, com data de validade ultrapassada, são baseadas em alimentos de fabricação responsável e de qualidade . São apenas esclarecimentos baseados em pesquisas feitas e, de qualquer maneira, é sempre melhor e mais saudável o consumo de alimentos frescos.

Para os alimentos de marcas desconhecidas ou duvidosas, aconselhamos: não utilizá-los e não nos responsabilizamos por seu consumo posterior à data de validade. 

Os ovos

2 de 16 Fotos na Galeria: Os ovos frescos inteiros se conservam na geladeira até 21 dias. Depois desta data os ovos podem ser consumidos cozidos, enquanto que para seu uso cru (por exemplo, maioneses, mousses, tiramisu...) é preferível utilizá-los bem frescos. Para saber se um ovo se encontra em bom estado para o consumo, existe uma prova infalível que consiste em colocar o ovo em um recipiente cheio de água: se ele fica no fundo está fresco, mas se ele flutua não está bom para ser consumido. Os ovos cozidos se conservam na geladeira por uma semana.

Para saber se um ovo se encontra em bom estado para o consumo, existe uma prova infalível que consiste em colocar o ovo em um recipiente cheio de água: se ele fica no fundo está fresco, mas se ele flutua não está bom para ser consumido. Os ovos cozidos se conservam na geladeira por uma semana.

O leite de longa duração ou pasteurizado

3 de 16 Fotos na Galeria: Este tipo de leite pode se conservar em bom estado até um mês depois de sua data de validade. Falamos sempre do leite em recipiente lacrado. Uma vez aberta a embalagem, o leite se conserva na geladeira de 2 a 4 dias, dependendo do tipo de leite (pasteurizado, esterilizado, UHT...).

Salsichas de Frankfurt

4 de 16 Fotos na Galeria: As salsichas, sempre que forem corretamente armazenadas, se conservam até 10 dias depois de seu vencimento. Devem, contudo serem fervidas por, no mínimo, dez minutos e se não apresentarem nenhum odor forte ou outro sinal de deterioração, para evitar qualquer tipo de intoxicação.

Sopas e cremes ou purês em caixas

5 de 16 Fotos na Galeria: Os cremes, sopas, purês em brick se conservam por uns dois meses depois de sua data de validade. Não haverá nenhum problema em consumi-los, desde que sejam fervidos por, no mínimo, dez minutos. Falamos sempre de embalagens completamente lacradas.

As massas frescas, embaladas a vácuo ou em atmosfera modificada

6 de 16 Fotos na Galeria: As massa frescas, como raviolis e outros produtos embalados em atmosfera modificada (MAP) ou a vácuo, se conservam perfeitamente e podem ser consumidas até 15 dias depois de sua data de validade.

Os produtos congelados

7 de 16 Fotos na Galeria: Os alimentos congelados podem ser consumidos uns meses depois da data de validade indicada na embalagem. Se for você mesmo quem  congelou o que acabou de cozinhar, indique com um rotulador uma data que não ultrapasse os dois meses de seu congelamento.

O iogurte

8 de 16 Fotos na Galeria: Os iogurtes naturais ou com sabores podem ser consumidos até uma semana depois da data de validade, sempre que corretamente conservados na geladeira. Obviamente, depois de abertos verifique se o produto não apresenta nenhuma mancha de mofo ou outro tipo que indique mal estado. O iogurte vencido em boas condições de conservação só terá menos fermentos, porém estará apto a ser consumido sem nenhum problema.

O iogurte vencido em boas condições de conservação só terá menos fermentos, porém estará apto a ser consumido sem nenhum problema.

As especiarias

9 de 16 Fotos na Galeria: As especiarias, principalmente o curry e páprica podem ser consumidos até 6 meses depois de sua data de validade se tiverem sido comprados esterilizados e pasteurizados para acabar com os ácaros. Estes bichinhos microscópicos vivem nos alimentos secos e não são visíveis a olho nu, o único sinal de sua presença é a aparição de manchinhas nos alimentos. Neste caso, descarte o alimento imediatamente.

Enlatados

10 de 16 Fotos na Galeria: Grãos de bico, atum, ervilhas, milho ou outro tipo de produto que compramos enlatado, pode ser consumido até 1 ano depois de sua data de validade, conservados em lugar fresco.  As latas devem estar em perfeitas condições, não devem apresentar nem manchas de ferrugem, nem estufadas, nem amassadas, o que significa que entrou ar e provavelmente bactérias que oxidaram e estragara o alimento.

As latas devem estar em perfeitas condições, não devem apresentar nem manchas de ferrugem, nem estufadas, nem amassadas, o que significa que entrou ar e provavelmente bactérias que oxidaram e estragara o alimento.

A farinha

11 de 16 Fotos na Galeria: A farinha, em geral, pode ser consumida até seis meses depois de sua data de validade. Para uma ótima conservação, guarde-a em recipientes hermeticamente fechados.

O café

12 de 16 Fotos na Galeria: O café pode ser consumido até um ano depois de sua data de validade sempre e quando a embalagem estiver hermeticamente lacrada. Depois de aberta é melhor não ultrapassar a data de validade.

Os biscoitos

13 de 16 Fotos na Galeria: Os biscoitos também podem ser consumidos sem problemas depois da data de validade, sempre e quando forem conservados em sua sua embalagem hermeticamente lacrada. Para que um pacote de biscoitos se conserve o maior tempo possível sem ficarem moles, coloque, no recipiente que for guardá-los, uma folha de papel absorvente, para que ele absorva toda a umidade. Mas, se ainda assim, eles ficarem amolecidos, utilize-os para fazer um crumble.

Para que um pacote de biscoitos se conserve o maior tempo possível sem ficarem moles, coloque, no recipiente que for guardá-los, uma folha de papel absorvente, para que ele absorva toda a umidade.

Mas, se ainda assim, eles ficarem amolecidos, utilize-os para fazer um crumble.

Tabletes de chocolate

14 de 16 Fotos na Galeria: Se você come chocolate frequentemente, não vai ter nenhum problema de conservação, mas, se ao contrário, você compra para consumir de vez em quando ou para tê-lo à mão para uma possível receita, considere que ele pode se conservar por até 2 anos. É claro que não será como um tablete novo, o sabor será menos intenso, mas você poderá utilizá-lo em sobremesas e outras receitas.

O arroz e o macarrão

15 de 16 Fotos na Galeria: O arroz e o macarrão se conservam até um ano depois da data de vencimento. O importante é conservá-los em sua embalagem original ou guardá-los em recipientes de vidro hermeticamente fechados.

O queijo

16 de 16 Fotos na Galeria: O tempo de conservação do queijo pode ser mais ou menos longo, dependendo das características do produto. O queijo de massa dura,  se conserva uns 10 meses. Os de massa branda, 10 dias. Antes de consumir o queijo assegure-se que não tenha um aspecto amarelado, mofo, etc. Com relação aos queijos frescos como a mussarela ou ricota, se acabaram de alcançar sua data de validade, você pode consumi-los em receitas cozidas como, por exemplo, numa pizza, lasanha, etc.

O queijo de massa dura,  se conserva uns 10 meses. Os de massa branda, 10 dias.

Antes de consumir o queijo assegure-se que não tenha um aspecto amarelado, mofo, etc.

Com relação aos queijos frescos como a mussarela ou ricota, se acabaram de alcançar sua data de validade, você pode consumi-los em receitas cozidas como, por exemplo, numa pizza, lasanha, etc.

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Fonte: Receitas sem Fronteiras

Anvisa alerta sobre problemas cardíacos com vacina da Pfizer, mas recomenda uso

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou nesta sexta-feira, (9), para o risco de inflamação cardíaca após a vacinação contra Covid-19 com o imunizante da Pfizer depois do registro de casos nos Estados Unidos, mas ressaltou que mantém a recomendação de continuidade da imunização com a vacina, uma vez que, até o momento, os benefícios superam os riscos.

Segundo a Anvisa, até o momento não há relato de casos dessas complicações pós-vacinação no Brasil, onde o imunizante da Pfizer é responsável por 9,2% de todas as vacinas aplicadas, com 9,6 milhões de doses.

“A agência esclarece que o risco de ocorrência desses eventos adversos é baixo, mas recomenda aos profissionais de saúde que fiquem atentos e perguntem às pessoas que apresentarem sintomas se elas foram vacinadas, especialmente com a vacina da Pfizer”, disse a Anvisa em comunicado.

A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) informou na quarta-feira que vai adicionar um alerta sobre casos raros de inflamação cardíaca em adolescentes e adultos jovens às fichas técnicas das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna contra a Covid-19.

Grupos de aconselhamento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Estados Unidos (CDC), reunidos para discutir relatos de casos sobre problemas no coração após a vacinação, apontaram que casos raros de miocardite em adolescentes e jovens adultos provavelmente estão ligados a inoculações com as duas vacinas, que usam a tecnologia de RNA mensageiro.

CNN – Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro, da Reuters

Mais da metade dos médicos se diz esgotado após dois anos de pandemia

Mais da metade dos médicos (57%) se queixam de deficiências que dificultam o tratamento dispensado aos pacientes com covid-19, colocando em risco a própria integridade dos entrevistados. O resultado faz parte de uma pesquisa feita pelas associações Médica Brasileira (AMB) e Paulista de Medicina (APM) com médicos de todo o país.

Entre os entrevistados, 45% responderam que faltam profissionais de saúde para atender aos pacientes com covid-19 nas unidades onde trabalham. O resultado é superior aos 32,5% registrados em fevereiro do ano passado. Também houve quem se queixasse da falta de máscaras, luvas, aventais, medicamentos e até de leitos de internação em unidades regulares ou em unidades de terapia intensiva (UTIs).

Mais metade dos médicos (51%) disse que estão esgotados ou apreensivos frente ao aumento do número de casos, decorrentes da disseminação da variante Ômicron – cujas subvariantes são mais infecciosas, segundo os especialistas.

Falando não só de si, mas também de colegas, a maioria dos entrevistados disse haver, em seu ambiente de trabalho, profissionais com claros sintomas de estarem sobrecarregados (64%) e/ou estressados (62%); ansiosos (57%); próximos à exaustão física ou emocional (56%) ou com algum distúrbio relacionado ao sono, como dificuldades para dormir (39%).

O levantamento, cujos resultados foram divulgados hoje (3), ouviu 3517 médicos que trabalham tanto em estabelecimentos particulares como em unidades públicas de saúde, entre os dias 21 e 31 de janeiro.

Aumento de casos

Entre os profissionais de saúde ouvidos, 96% afirmaram que o número de casos da doença tinha aumentado em comparação ao último trimestre de 2021, mas seis em cada dez (59,5%) deles disseram não observar uma tendência de alta no número de mortes.

Há pelo menos seis semanas que o número de mortes pela doença vem aumentando no país. Ontem (2), o Ministério da Saúde contabilizou 893 óbitos em 24 horas, elevando para 628.960 o número de pessoas que já perderam a vida para a doença. A pasta também confirmou mais 172.903 novos casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

O avanço da nova onda da covid-19 por todo o país pode ser constatado na própria pesquisa das entidades médicas: 87% dos entrevistados relataram que eles mesmos, ou colegas de trabalho próximos, receberam diagnóstico positivo para a doença nos últimos dois meses. Ainda assim, 81% deles dizem que a ocupação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) ainda era menor que nos momentos mais críticos de 2021.

Reprovação

A ampla maioria (75%) dos entrevistados destacou como positiva a forma como vem sendo executado o Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a covid-19.

Até ontem à noite, ao menos 164 milhões de brasileiros já tinham recebido pelo menos uma dose do imunizante contra a doença. Já os brasileiros que receberam duas doses (ou a dose única, no caso da vacina Janssen) totalizam 151,2 milhões. A dose de reforço já foi aplicada em 37 milhões de brasileiros.

Apesar disso, 72% dos médicos ouvidos disseram reprovar a atuação do Ministério da Saúde: 34,4% deles consideram que a gestão ministerial da crise é péssima; 16,6% a consideram ruim e 21%, regular. Todavia, há 18,9% de profissionais que a julgam boa e 6,3% que a avaliam como ótima.

A avaliação da postura das secretarias estaduais de Saúde é um pouco melhor: no geral, 52,6% dos médicos entrevistados aprovam a gestão dos seus estados.

“Do ponto de vista da estratégia, de informações, o ministério deixa muito a desejar. E, certamente, onde a falha é maior, é nas recomendações”, declarou o presidente da Associação Paulista de Medicina, José Luiz Gomes de Amaral.

Segundo ele, enquanto 65% dos entrevistados disseram buscar referências para o tratamento de pacientes junto às associações e sociedades médicas, apenas 14,6% responderam consultar os documentos produzidos pelo Ministério da Saúde. “Passados dois anos do início da pandemia, o ministério ainda não é capaz de nos oferecer recomendações consistentes. Há um desencontro de informações”.

Para o presidente da Associação Médica Brasileira, César Eduardo Fernandes, o ministério envia sinais conflitantes à população, chegando mesmo a colocar em dúvida a segurança das vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e distribuídas pela pasta.

Assim como Fernandes, 68,7% dos médicos que responderam à pesquisa reprovaram o trabalho de orientação à população sobre a importância da vacinação.

“Parece-me uma dubiedade. Fala uma coisa em um momento, e outra em outro momento. Um exemplo foi a vacinação infantil, postergada através de uma consulta pública desnecessária para, no fim, o próprio ministro comemorar a chegada dos imunizantes”, disse Fernandes.

Agência Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde para que comentasse os resultados da pesquisa, mas não recebeu nenhuma manifestação até a publicação da reportagem.

Adesão

Para as entidades médicas, apesar de a polarização política ter contaminado o debate em torno das estratégias de enfrentamento à covid-19, a população vem demonstrando ser amplamente favorável à vacinação.

Entre os médicos entrevistados, 81% disseram que a maioria dos pacientes atendidos nas unidades em que trabalham já tomou ao menos duas doses dos imunizantes. Apenas 0,2% dos 3.072 profissionais que responderam a esta pergunta afirmaram ter contato com pessoas que se negam a ser vacinados.

Além disso, 71% disseram acreditar que a maioria dos pais ou responsáveis levará as crianças sob sua responsabilidade para tomar a vacina. Contra 12% que acreditam que os adultos não farão isso por diversas razões – quase o mesmo percentual (13,7%) de entrevistados que disseram não crer que a divulgação de fake news e/ou de informações sem comprovação científica afete o enfrentamento à pandemia.

Sequelas

A pesquisa mostra ainda que sete em cada dez médicos, ou quase 71% dos entrevistados, confirmaram que tem atendido pacientes com sequelas pós-covid, tais como dor de cabeça incessante, fadiga ou dores no corpo (50%); perda do olfato ou do paladar (39%); problemas cardíacos e trombose (23%), entre outras.

Além disso, metade dos profissionais disse conhecer quem deixou de buscar atendimento para outras doenças devido ao medo de serem infectados pelo novo coronavírus e, com isso, tiveram seus quadros clínicos agravados. Especialmente pacientes com câncer, diabetes, doenças cardíacas e hipertensão.

Edição: Lílian Beraldo – Agência Brasil

Dia do Coração: saiba as diferenças entre sintomas de infarto em mulheres e homens

As doenças do coração vêm afetando cada vez mais as mulheres, que são mais suscetíveis aos casos de infarto com dor torácica atípica. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as cardiopatias respondem por um terço das mortes de mulheres no mundo, totalizando 8,5 milhões de óbitos por ano. No dia 29 de setembro é celebrado o Dia do Coração, que tem o objetivo de alertar sobre a importância dos hábitos saudáveis para preservar a saúde cardiovascular, inclusive da população feminina.
Segundo o cardiologista e docente do IDOMED, Pablo Oliveira, há diferenças relacionadas aos sintomas de infarto. Em homens, o principal sinal do problema de saúde é a dor torácica, que é uma sensação de aperto, irradiando para o membro superior esquerdo ou pescoço. Já as mulheres apresentam dor torácica, que é considerada atípica, pois não é uma dor com as características clássicas (dor em aperto, irradia para membro superior esquerdo, outras), podendo ter sensação de náusea, dor no estômago, além de cansaço e arritmia.
“Ressalto que essa diferenciação da dor torácica entre homens e mulheres está vinculada principalmente à anatomia cardíaca feminina, pois as artérias são mais finas e tortuosas, além do mecanismo relacionado ao processo de trombose. Neste caso, o infarto em homens está associado ao rompimento da placa de gordura que leva a uma obstrução abrupta do fluxo sanguíneo nos vasos coronarianos, enquanto nas mulheres, além da obstrução, pode também ocorrer um processo erosivo arterial”, explicou o especialista.
O médico também ressalta a importância de a população feminina sempre buscar ajuda médica ao observar qualquer sintoma relacionado à cardiopatia. “Neste dia do coração, ressalto que é importante que as mulheres consultem com o médico cardiologista ao perceberem sintomas, como dor no peito, cansaço, para evitar doenças com desfechos graves, como o infarto agudo no miocárdio”, destacou.
O cardiologista ainda reforça que é fundamental buscar mudanças no estilo de vida para que as mulheres preservem a saúde cardiovascular. Entre as medidas indispensáveis estão o sono regulado, prática de atividades físicas regulares e a alimentação saudável.
Alimentação equilibrada
A nutricionista e docente da Estácio, Mahyá Martins, destaca que a alimentação é um dos pilares para a preservação da saúde. Ela ressalta que há alguns alimentos, que são grandes aliados para trazer benefícios diretos para a saúde cardiovascular de homens e mulheres.
“Ressalto que é importante priorizar o consumo de alimentos ricos em antioxidantes, fibras e gorduras insaturadas, que são conhecidas como “gorduras boas”, com destaque para a poli-insaturada e a monoinsaturada, que diminuem o risco de doenças cardiovasculares, inclusive o infarto. Os principais exemplos de alimentos são o azeite de oliva, aveia, alho, tomate, linhaça, suco de uva integral e abacate”, explica a especialista.

A nutricionista também destaca que o consumo de alimentos específicos pode acarretar no desenvolvimento de doenças do coração, como, por exemplo, as frituras, o açúcar, além dos alimentos industrializados, riscos em gordura animal, que favorecem o acúmulo de gordura nas artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo. “O consumo de sal também precisa ser controlado para não elevar a pressão arterial, que prejudica as artérias e a função renal, aumentando consideravelmente as chances de infarto e derrame”, esclarece.

Campanha Nacional de Multivacinação começa nesta sexta

O Ministério da Saúde anunciou hoje (30) o início da Campanha Nacional de Multivacinação, que disponibilizará, em 45 mil postos de vacinação localizados em todas as 27 unidades federativas e seus respectivos municípios, 18 tipos de vacinas que protegem crianças e adolescentes de doenças como poliomielite, sarampo, catapora e caxumba.

Durante a cerimônia de lançamento da campanha, que se inicia amanhã (1º de outubro) e vai até o dia 29, as autoridades destacam o papel importante que pais e responsáveis têm para o sucesso da campanha com público-alvo de crianças e adolescentes até 15 anos.

Eles, no entanto, manifestaram também preocupação com a queda nos índices de vacinação que vêm sendo observados desde 2015. Segundo eles, em parte isso é explicado pela disseminação de notícias falsas (fake news) e pela atuação de grupos antivacinas.

De acordo com o secretario de Vigilância em Saúde do ministério, Arnaldo Medeiros, a campanha deste ano é “mais relevante” porque o governo vem identificando, desde 2015, uma “tendência de queda nos índices de vacinação”. Segundo ele, essa queda tem, entre suas causas, o “desconhecimento sobre a importância da vacina, as fake news, os grupos antivacinas e o medo de eventos adversos”. Aponta também como causa os horários de funcionamento das unidades de saúde que, às vezes, são incompatíveis com as novas rotinas da população.

Preocupação similar manifestou o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire. “A campanha publicitária é importante e urgente, porque temos de combater de forma dura as fake news e o movimento antivacina que vem estimulando a população a não procurar a vacina e, assim, ficar desprotegida”.

O ministro da Saúde substituto, Rodrigo Cruz, reiterou que a pandemia mostrou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), e acrescentou que seu sucesso tem por base a unicidade que abrange os âmbitos federal, estadual e municipal.

“O Brasil tem cultura de vacinação, e isso tem se mostrados nos números da covid-19, em um patamar de 60% vacinados com as duas doses. Temos agora 30 dias para vacinar nossas crianças com idade de até 15 anos. São vacinas seguras, e a gente incentiva que os pais levem as crianças para que possamos erradicar essas doenças”, disse.

Segundo o ministro, que substitui Marcelo Queiroga, ainda em isolamento após diagnóstico de covid-19, o governo já trabalha com a possibilidade de ampliar o período inicial previsto para a Campanha Nacional de Multivacinação. “Sabemos que haverá mais tempo disponível porque o Brasil é muito grande, e que existem realidades diferentes no país”, antecipou.

Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil