Governo relança Mais Médicos; brasileiros terão prioridade

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo federal anunciou nesta segunda-feira (20) a retomada do programa Mais Médicos, com a abertura de 15 mil novas vagas. Rebatizado de Mais Médicos para o Brasil, o programa, criado em 2013 e marcado pela contratação de médicos cubanos, passa a incluir outras áreas de saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais, e promete priorizar profissionais brasileiros.

Do total de novas vagas para este ano, 5 mil serão abertas por meio de edital já neste mês de março. As outras 10 mil serão oferecidas em formato que prevê contrapartida de municípios, o que, de acordo com o governo federal, garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e condições de permanência nessas localidades. O investimento é de R$ 712 milhões por parte da União apenas em 2023.

Durante cerimônia no Palácio do Planalto, a ministra da Saúde, Nísia Teixeira, destacou que o governo está empenhado em fortalecer o programa, classificado por ela como essencial para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a sociedade brasileira.

“O Mais Médicos voltou para responder ao desafio de garantir a presença de médicos a cidadãos de municípios mais distantes dos grandes centros e que sofrem com a falta de acesso”.

“Sem a atenção primária, não teremos resolutividade e não avançaremos na política que precisamos, nos cuidados de alta e média complexidade”, disse, ao citar evidências consolidadas de que o programa, em seu primeiro momento, consegue prover profissionais em áreas mais vulneráveis, diminuindo índices como o de mortalidade infantil.

Brasília (DF), 20/03/2023 - A ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante anúncio da retomada do programa Mais Médicos para o Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ministra da Saúde, Nísia Trindade, cita evidências de que o programa consegue reduzir índices como o de mortalidade infantil – Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o programa foi “um sucesso excepcional”. “Poucas vezes, o povo pobre recebeu o tratamento que teve depois que colocamos o Mais Médicos para funcionar”, disse. Durante a cerimônia, Lula lembrou as críticas relacionadas à chegada de médicos cubanos ao país na época e chegou a se desculpar com os profissionais.

“A maioria das pessoas pobres deste país ainda morre sem ser atendida pelo tal do especialista, que podia ser a coisa mais comum, mas não é”, destacou. “Somente quem mora na periferia das grandes cidades, em cidades pequenas no interior, sabe o que é a ausência de um médico, uma pessoa começar com uma pequena dor de cabeça e vir a falecer porque não tinha ninguém para fazer uma consulta”.

A previsão é que, até dezembro, cerca de 28 mil profissionais sejam fixados no país, sobretudo em áreas de extrema pobreza. A estimativa é que 96 milhões de pessoas tenham garantia de atendimento médico na atenção primária, considerada porta de entrada do SUS. Esse primeiro atendimento, em unidades básicas de saúde, permite o acompanhamento, a prevenção e a redução de agravos na saúde.

Podem participar dos editais do programa Mais Médicos para o Brasil profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com registro do Ministério da Saúde. Médicos brasileiros formados no Brasil terão preferência na seleção.

Incentivos e capacitação

Um dos desafios no atendimento às regiões de difícil acesso, identificado já à época do lançamento do programa, é a permanência dos profissionais nessas localidades. Dados do próprio ministério mostram que 41% dos participantes desistem em busca de capacitação e qualificação.

Com o objetivo de reduzir essa rotatividade e garantir a continuidade da assistência, médicos que participam do programa poderão fazer especialização e mestrado por um período de até quatro anos. Os profissionais também passarão a receber benefícios, proporcionais ao valor mensal da bolsa, para atuar nas periferias e em regiões remotas.

Licença-maternidade e paternidade

No caso de médicas, será feita ainda uma compensação para atingir o mesmo valor da bolsa durante o período de seis meses de licença maternidade, complementando o auxílio pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Já para os participantes do programa que se tornarem pais, será garantida licença com manutenção de 20 dias.

Fies

Profissionais formados por meio do Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e que participarem do programa também poderão receber incentivos que auxiliem no pagamento da dívida. Médicos aprovados e que cumprirem o programa de residência em áreas remotas também receberão incentivos.

Outro desafio, de acordo com o governo federal, é a ampliação da formação de médicos de família e comunidade, profissionais direcionados ao atendimento em unidades básicas de Saúde. Os médicos aprovados e que cumprirem o programa de residência em áreas remotas também receberão incentivos.

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, que participou da solenidade de retomada do programa, o bônus para profissionais que cursaram medicina e que tiveram contratação pelo Fies poderá chegar a 80% do valor das bolsas pagas pelo Mais Médicos pelo Brasil. “É um estimulo porque foi detectada grande rotatividade”, reforçou.

Brasília (DF), 20/03/2023 - O ministro da Educação, Camilo Santada, durante anúncio da retomada do programa Mais Médicos para o Brasil. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Camilo Santada anuncia bônus a profissionais que cursaram medicina usando recursos do Fies,- Marcelo Camargo/Agência Brasil
Análise

A presidente da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade, Zeliete Linhares, comemorou a retomada do programa.

“Somos especialistas em pessoas e conhecemos onde moram, como vivem, o que influencia a sua saúde, o que influencia o dia a dia delas, onde trabalham, qual o ganho, qual o problema social dela e a qual violência está submetida. Tudo isso faz diferença em resolver os problemas.”

“É a atenção primária quem faz isso. É lá onde o povo está e é lá onde a medicina de família e comunidade deve estar. Uma medicina de qualidade, com formação e especialistas em atenção primária em saúde”, completou.

O vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Fábio Baccheretti, disse que o novo formato do Mais Médicos deve trazer uma saúde mais universal e integral. “Momento muito importante, num país tão heterogêneo, em que as oportunidades de assistência são, muitas vezes, diferentes. A gente tem que enfrentar, em mais de 30 anos de SUS, esse problema que é dar à população lá na ponta prevenção de saúde.

Para o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, o programa Mais Médicos pelo Brasil “vem em boa hora” e com formato mais ousado, levando assistência ao que referiu como recantos do país. “Temos a responsabilidade de levar àquela população que não tem acesso a esse profissional que é tão valioso para a nossa sociedade”.

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Edição: Graça Adjuto – Agência Brasil

Primeiras doses de vacina contra a Mpox chegam em Petrolina (PE)

A Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Saúde, informa que já recebeu o primeiro lote, com 28 doses, das vacinas Jynneos destinada a imunização contra a varíola causada pelo vírus Mpox. O esquema será composto de duas doses, com intervalo mínimo de 28 dias em grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

O público-alvo para imunização, de acordo com o Ministério da Saúde, são pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA): que tenham idade igual ou superior a 18 anos e status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células, nos últimos seis meses. O objetivo da imunização é interromper o surto nos diversos países, interrompendo a transmissão pessoa a pessoa, e manter a proteção de grupos vulneráveis com risco de desenvolver as formas graves da doença e minimizar a transmissão zoonótica do vírus. A proteção é uma das estratégias complementares de intervenções primárias em saúde pública.

O serviço de referência para aplicar a vacina, será o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), serviço de acompanhamento da população alvo. A unidade entrará em contato com os pacientes que se enquadram no público-alvo, para fazer a articulação e administração da vacina.

MPOX    

A Mpox é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga. A infecção causa erupções, que geralmente se desenvolvem pelo rosto e se espalham para outras partes do corpo.

Estudo sobre pneumonia produzido por médicos residentes do Hospital Dom Malan em Petrolina, têm trabalhos aprovados em Congressos da América do Sul e de São Paulo

Sete trabalhos de médicos residentes em pediatria do Hospital Dom Malan em Petrolina, Sertão de Pernambuco, foram selecionados para o 2º Congresso Sul-Americano que acontecerá em São Paulo, junto com o 4º Congresso Paulista de Urgências e Emergências Pediátricas. Os eventos acontecem esta semana, de 22 a 25 de março no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP).

Além dos residentes, estudantes de medicina da Universidade federal do Vale do São Francisco – Univasf, em Petrolina, participaram da pesquisa que envolveu protocolos adotados no tratamento de pacientes com pneumonia grave.

“Dentro da pesquisas foram apresentados os resultados de diagnósticos, tratamento e o impacto da vacinação nos pacientes. A gente tem que mostrar para o mundo o que nós temos e produzimos aqui. Porque a gente vê muita doença grave e doenças raras e é importante que as pessoas conheçam. A produção científica é um registro de resultados através de dados científicos,” explicou a preceptora dos residentes médicos, a hematologista pediatra do Hospital Dom Malan, Ilka Juliane Ferreira Rodrigues.
Raul Albuquerque, de 27 anos, está no terceiro ano de residência pediátrica e faz parte do grupo que vai ao 2º Congresso Sul-Americano e 4º Congresso Paulista de Urgências e Emergências Pediátricas.

“Avaliar pneumonia complicada, tempo de internamento, uso de antibiótico, quais os esquemas utilizados, tratamentos clínicos e cirúrgicos, o tipo de vacina, entre outros procedimentos. Participar desses Congressos é uma forma de consolidar a parte teórica e acadêmica, firmando o conhecimento de prática e teoria que só o possível com o hospital,” ressalta Raul.

“O mais importante desse projeto é tentar uniformizar o atendimentos aos pacientes avaliando o que foi usado de diagnóstico: foi radiografia, foi tomografia, foi a clínica? Pra gente padronizar o próprio tratamento, a medicação aplicada, e assim uniformizar a conduta,” completa Dra. Ilka Juliane.

A pediatra e diretora de Ensino e Pesquisa do HDM, Angélica Guimarães, comemora os resultados e diz, que a formação do médico residente precisa envolver além das atividades práticas, o treinamento em metodologia científica.

Assessoria de Comunicação do HDM

Hospital Dom Malan realiza mais de cinco mil procedimentos na unidade no mês de fevereiro

Referência no atendimento de mulheres e crianças em Petrolina, no Sertão de Pernambuco,   o Hospital Dom Malan realizou, somente no mês de fevereiro, 5.330 procedimentos na unidade. O total de atendimento envolve partos, cirurgias, atendimento de ambulatório, urgências obstétrica e pediátrica.

Do total de procedimentos do mês, 2.358 foram no atendimento clínico envolvendo as emergências pediátrica e obstétrica, além do serviço social.

Partos

O Hospital Dom Malan realizou 504 partos em fevereiro, entre normais e cesarianas. O HDM recebe pacientes de 53 municípios da região que compõem a Rede PEBA (hospitais de Pernambuco e Bahia, conveniados ao Sistema único de Saúde – SUS), que foi criada em 2011.  A unidade tem clínicas de internamento (Alto-risco, Maternidade, Ginecológica, Berçário, Alojamento canguru e Pediatria), além do Pronto Socorro Infantil- PSI, Triagem Obstétrica, UTI Pediátrica e UTI Materna.

Outros atendimentos

O HDM oferece serviços de ambulatório em diversas especialidades médicas, obedecendo às necessidades do público da unidade materno infantil.

Também funciona no Dom Malan, o banco de leite humano, que oferece às mães da região, orientações sobre amamentação e leite materno aos recém-nascidos internados na UTI da unidade.

Administração

O Hospital Dom Malan está sob a administração do Instituto Social das Medianeiras da Paz – ISMEP, responsável pela gestão de outras duas unidades no estado: Hospital e Maternidade Santa Maria, em Araripina, e o Hospital Regional Fernando Bezerra, no município de Ouricuri.

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Assessoria de Comunicação do HDM 

Clínica para tratamento de dependência química em Petrolina faz parceria com plano de saúde

A Clínica Hospitalar Vida Serena em Petrolina, firmou convênio com o plano de saúde Cassi para o tratamento de reabilitação de pacientes com transtornos mentais e dependência química.

O plano de saúde oferece internamento indicado por médicos especialistas em transtornos mentais, em suas diversas formas. A equipe multidisciplinar é composta por médico clínico geral, psiquiatra, psicólogo, enfermeiro, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e nutricionista, que oferece tratamento humanizado, buscando o bem estar do paciente que busca uma mudança de vida sem o uso de drogas.

“Sendo a primeira clínica hospitalar para o tratamento de dependentes e drogas psicoativas desse tipo aqui na região, o convênio médico é importante para proporcionar a ressocialização dessas pessoas porque nós vamos estar perto, acompanhando a evolução do tratamento”, destacou a diretora administrativa da Clínica Vida Serena, Silvia Habib.

Formas de internação

A internação pode ser feita de forma voluntária, quando o dependente químico decide espontaneamente buscar a reabilitação.

Outro tipo de internação é a compulsória, onde é necessária a autorização familiar. Nesse caso é determinada pelo juiz competente, depois de pedido formal, feito por um médico, atestando que a pessoa não tem domínio sobre a própria condição psicológica e física. Esta internação terá duração máxima de 90 dias, e dependerá de avaliação sobre o tipo de droga, o padrão de uso e a comprovação da impossibilidade de uso de alternativas terapêuticas.

“Além disso existe a internação involuntária, que pode ser solicitada por um familiar ou parente de primeiro grau. Por exemplo, a esposa comprova a união estável e pede a reabilitação pela internação,” ressalta a assistente social da Clínica Hospitalar Vida Serena, Franciara Souza.

Clínica Vida Serena

A Clínica Hospitalar Vida Serena está abrigada numa área de dois hectares e meio, aproximadamente 25 mil metros quadrados, às margens do Rio São Francisco em Petrolina. A chácara, cercada de verde, oferece infraestrutura diferenciada.

Com 600 metros quadrados de área construída, a clínica tem capacidade para receber 37 pacientes. São dois consultórios, recepção, administração, escritório, salão para cinema e eventos, piscina, área verde de jardim e quadra poliesportiva.

O endereço é Rodovia Centro Pedrinhas – Condomínio Recanto das Águas, Chácara Vida Serena, 620.O espaço fica aberto 24 horas de domingo a domingo e o contato pode ser feito pelo S.O.S no número 87 – 99209-6678.

Assessoria de Comunicação – Clínica Hospitalar Vida Serena

Brasil começa a aplicar vacina bivalente contra covid-19

Começa a ser aplicada hoje (27) em todo o país a vacina bivalente contra a covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina melhora a imunidade contra o vírus da cepa original e também contra a variante Ômicron e tem perfil de segurança e eficácia semelhante ao das vacinas monovalentes.

“A vacina monovalente, como o próprio nome diz, tem um tipo só do vírus que causa a covid. Ela foi originalmente desenhada com aquele chamado vírus ancestral, o primeiro que apareceu na China no fim de 2019. Então, todas as vacinas que a gente tinha e usou até agora eram monovalentes, independentemente do laboratório fabricante”, explicou o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha.

Inicialmente, a vacina será aplicada somente nos chamados grupos de risco. Conforme divisão anunciada pelo ministério, a imunização será feita da seguinte forma: na fase 1, pessoas acima de 70 anos, imunocomprometidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas; na fase 2, pessoas com idade entre 60 e 69 anos; na fase 3, gestantes e puérperas; e na fase 4, profissionais de saúde.

“Essas populações, do que a gente tem nesses três anos de pandemia, são as pessoas que mais sofreram e mais sofrem com a doença. É importante termos um planejamento porque não tem vacina suficiente para incluir toda a população com a bivalente. A tendência é que, com o passar do tempo, a gente vá aumentando os grupos que vão receber.”

No Brasil, duas vacinas bivalentes, ambas produzidas pelo laboratório Pfizer, receberam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. Elas são indicadas como dose única de reforço para crianças e adultos, após dois meses da conclusão do esquema vacinal primário, ou como última dose de reforço.

“Para quem é recomendada a bivalente? Só como reforço. Para pessoas que foram plenamente vacinadas com o esquema primário que, em geral, são duas doses ou dose única. Mesmo para aquelas que já fizeram a terceira e a quarta doses, dois reforços”, disse Juarez. “Essas pessoas que têm essa vacinação já feita, desde que tenham se passado quatro meses da última dose, podem receber a bivalente.”

O ministério reforça que as vacinas monovalentes contra a covid-19 seguem disponíveis em unidades básicas de Saúde (UBS) para a população em geral e são classificadas como “altamente eficazes contra a doença”, garantindo grau elevado de imunidade e evitando casos leves, graves e óbitos pela doença.

“A aplicação da bivalente não significa que as vacinas monovalentes não continuam protegendo. Elas continuam protegendo, mesmo para a variante Ômicron, mas, claro, tendo a possibilidade de uma vacina desenhada mais especificamente para a variante circulante, a tendência é termos melhor resposta.”

Clínica em Petrolina oferece tratamento para dependentes em jogos

A Clínica Hospitalar Vida Serena em Petrolina, sertão de Pernambuco, é pioneira em tratamento para vícios em jogos, através de uma equipe multidisciplinar. De acordo com especialistas, as pessoas podem desenvolver vícios em qualquer coisa que cause uma sensação de bem-estar e satisfaça a sua necessidade por recompensas. Os jogos de azar são viciantes justamente porque despertam prazer, adrenalina e, quando se ganha, alívio e sensação de vitória. Por outro lado, quando se perde, o indivíduo fica tentado a jogar mais algumas rodadas para mudar a sua sorte.

Entre os tratamentos disponíveis para o vício em jogos, sejam de azar, eletrônicos e outros, é a psicoterapia. “A terapia cognitiva-comportamental (TCC) e a terapia behaviorista são consideradas as abordagens mais adequadas para o tratamento de comportamentos compulsivos,” ressalta a psicóloga da Clínica Hospitalar Vida Serena, Ana Íris Verbênia.

As clínicas de reabilitação são o caminho para o tratamento com mais eficácia por oferecer estrutura e equipe multidisciplinar. “Os jogos ativam diversas partes do cérebro, como o córtex pré-frontal ventromedial, associando à tomada de decisão e memória, e o córtex frontal orbital, o qual ajuda no controle emocional. Quando os jogadores compulsivos têm um resultado positivo, o sistema de recompensa do cérebro, responsável pela sensação de prazer, é ativado,” explica Ana Íris.

A sensação de satisfação é que provoca a compulsão por jogos. “Com essa sensação, o jogador associa o ato de apostar a algo positivo, levando-os a jogar cada vez mais, a investir seus recursos , trazendo impactos negativos na vida. Carreira, relacionamentos, a autoestima também são impactados, provocando outros transtornos como depressão, abalando a saúde mental e física.” completa a psicóloga.

Sintomas do jogo patológico

Os psicólogos descrevem comportamentos que podem identificar como sintomas para o vício em jogos. Esses sintomas são desenvolvidos aos poucos e, como a pessoa viciada esconde a gravidade do problema. “A impulsividade e comportamentos como mentir sobre não estar apostando para não preocupar entes queridos, não admitir o vício, esconder que está perdendo dinheiro, perder o interesses em outras atividades. A pessoa passa a faltar a compromissos, como eventos sociais ou trabalho, para poder apostar,” destaca Ana Íris.

É doença

O jogo patológico é considerado um transtorno pelo CID (Classificação Internacional de Doenças) devido à sua capacidade de causar prejuízos à saúde mental e física, bem como à qualidade de vida das pessoas.
De acordo com especialistas, pessoas viciadas em jogos de azar são mais suscetíveis a desenvolver depressão. É importante buscar tratamento para a compulsão assim que os sinais forem percebidos, e, em casos severos, procurar informações sobre internação.

Vida Serena

A Clínica Vida Serena trata pessoas, do sexo masculino, viciadas em jogos. Uma equipe com médicos, enfermeiros, terapeutas, entre outros, é responsável pelo atendimento.
A Vida Serena está localizada à Rodovia Centro Pedrinhas – Condomínio Recanto das Águas, Chácara Vida Serena, 620. O espaço fica aberto 24 horas, de domingo a domingo.

Para os pacientes e familiares, o contato pode ser feito através dos números: 87 – 99209-6678. Outras informações no Instagram:
clinicavidaserena_vsf.

Assessoria de Comunicação Clínica Vida Serena

Campanha da Saúde alerta para infecções sexualmente transmissíveis

© Tomaz Silva/Agência Brasil

O carnaval está de volta e o momento é de celebrar a alegria, o amor, a diversidade e o respeito com responsabilidade pra curtir a folia em segurança. É o que defende a Campanha de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), lançada nesta sexta-feira (17) pelo Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, o alerta vale para qualquer tipo de IST, não apenas o HIV, e inclui, por exemplo, o HPV, a herpes genital e a sífilis.

Com o slogan Voltou o carnaval e com camisinha a alegria é geral, a proposta é reforçar a importância do uso do preservativo, sobretudo entre o público de 15 a 34 anos. As peças publicitárias incluem um filme para televisão veiculado nacionalmente; conteúdo informativo nas redes sociais; e peças afixadas em locais de grande circulação, como pontos de ônibus, estações de metrô, rodoviárias e avenidas.

De acordo com o ministério, haverá reforço das mensagens de prevenção em Salvador, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Recife e em Brasília, cidades onde há maior concentração de foliões. Uma novidade da campanha em 2023 é o ajuste na nomenclatura dos preservativos distribuídos pela pasta: antes conhecidos como masculino e feminino, eles passam a ser identificados como externo e interno.

As IST são causadas por vírus, bactérias e outros microrganismos transmitidos por meio do contato sexual oral, vaginal e anal sem o uso de preservativo e com uma pessoa que esteja infectada. A terminologia infecções sexualmente transmissíveis passou a ser adotada em substituição à expressão doenças sexualmente transmissíveis (DST) porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção mesmo sem sinais e sintomas.

Covid-19

Por meio de nota, o ministério reforçou que, apesar da melhora no cenário epidemiológico da covid-19 no país, o carnaval 2023 ainda ocorre em um momento de pandemia e a recomendação é que todos busquem as unidades de saúde e completem o ciclo de imunização.

Atualmente, mais de 19 milhões de brasileiros estão com a segunda dose do esquema vacinal primário atrasada; 68 milhões estão em atraso com a primeira dose de reforço; e pouco mais de 30 milhões, com a segunda dose.

Edição: Maria Claudia – Agência Brasil

Carnaval e alimentação: o que fazer depois da folia?

No carnaval, dentro dos blocos, nas ruas, nos clubes, o que não falta é espaço para folia com muito suor na camisa, abadá e na fantasia. Mas como o corpo fica nesse gasto de energia? Além, claro, do consumo de bebida alcoólica, comum nessa festa.

Para isso, a nutricionista Maria Freitas, alerta sobre os cuidados com a saúde a cada dia da folia de momo.
“Ao final de um dia de carnaval, pode beber gelado com folhas de hortelã ou com suco de limão. O limão é bem-vindo em todas as bebidas nesse período, por ser rico em vitamina C, um antioxidante que ajuda a combater os males causados pela folia. Outras fontes de vitamina C são a laranja, acerola, kiwi, manga e tomate”, destaca Maria.

Também é indicado comer castanha do Pará ou do Brasil. “Por ser rica em selênio, outro ótimo antioxidante, a castanha protege o organismo dos excessos. Uma unidade já seria o suficiente, pela alta concentração do mineral.”

Depois da festa, vem a ressaca

Na quarta-feira de cinzas, é comum que o estômago esteja “reclamando”. A dica de Maria Freitas, é fazer refeições leves e de fácil digestão. “Nos dias seguintes à festa, os foliões precisam recuperar as horas de sono perdidas e aproveitar para repousar. Além do descanso, é necessário também se alimentar com bastante frutas e legumes, que são alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras, possuem baixo valor calórico e repõem os principais nutrientes eliminados no suor”, ressalta Maria.

Para repor as energias, a dica é, outra vez, consumir carboidratos, preferencialmente de baixo índice glicêmico, por serem mais saudáveis e evitam picos de glicemia. Para quem tomou bebidas alcoólicas, uma ajuda para a “ressaca” é consumir chá de boldo, que auxilia o trabalho do fígado, órgão encarregado da sensação de ressaca.

Assessoria de Comunicação Nutricionista – Maria Freitas
Contato: 87 – 99975-1991

Infectologista faz alerta para doenças mais transmitidas no Carnaval

Dra. Ellen Dellaspora.

O período do carnaval favorece o aumento de determinadas patologias, principalmente por algumas situações comuns durante a folia. A aglomeração de pessoas, muita exposição ao sol, calor, chuva, má alimentação, falta de higiene, beijo na boca e relação sexual desprotegida são portas de entrada para enfermidades.   

Assim, nesta época do ano, centenas de pessoas são acometidas por males como doenças respiratórias virais, conjuntivites, doença do beijo (Mononucleose), hepatites e outras IST’s.   

Conjuntivite   

A conjuntivite é muito comum durante o carnaval por conta da aglomeração de pessoas em um único lugar. Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras. Ela pode ser causada por reações alérgicas a poluentes e substâncias irritantes ou por vírus e bactérias. Nesses casos, a doença é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados.   

Gripe e outras viroses   

A aglomeração de pessoas e a baixa imunidade facilitam a transmissão das doenças de via respiratória como a gripe e outras viroses. Por isso, o ideal é que o folião beba bastante água para manter o corpo hidratado e alimente-se bem, evitando comer besteiras ou ficar durante longos intervalos sem ingerir alimento. 

  Mononucleose infecciosa   

A “Doença do beijo” é o termo popular para a doença Mononucleose Infecciosa, causada por um vírus da família herpes vírus, chamado de Epstein Baar Vírus. É uma doença transmitida por gotículas e por secreções sexuais com maior incidência na população jovem e adulta. Segundo a médica infectologista e docente do IDOMED, Dra. Ellen Dellaspora, a doença pode ser assintomática ou desencadear sintomas como febre, odinofagia (dor ao engolir) com placa esbranquiçada ou cinza-esverdeada em amígdalas, linfonodomegalia cervical simétrica, fadiga e mal-estar.   

“Os sintomas duram, em média, duas semanas, mas a fadiga pode perdurar por meses. Na fase aguda da doença, pode-se utilizar medicamentos sintomáticos com anti-inflamatórios não esteroidais e analgésicos comuns na vigência de dor e/ou febre”, explica.   

Infecções sexualmente transmissíveis   

O sexo desprotegido, principalmente entre os jovens, tem um aumento significativo durante o carnaval – mesmo com todas as campanhas de conscientização sobre o sexo seguro e as diversas infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) causadas por vírus, bactérias, parasitas ou outros microrganismos. As IST’s mais comuns são gonorreia, hepatite A, Hepatite B, Hepatite C, Sífilis, Herpes genital, HPV e HIV.   

Segunda a Dra, existem medidas que podem ser tomadas para evitar a proliferação dessas doenças. “Sem dúvida a relação sexual desprotegida é a causa principal de IST’s neste período, porém, discussões como esta deveriam ser realizadas durante todo o ano por meio de campanhas educacionais e aconselhamento sobre formas de evitar ISTs para todo público sexualmente ativo. Além disso é importante reforçar a orientação quanto ao uso correto dos preservativos masculino e feminino e da manutenção da carteira de vacinação em dia, em especial para Hepatite A, Hepatite B e HPV”, afirma a médica infectologista.