Presidente e vice da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Pernambuco realiza visita técnica a Hospitais em Petrolina

Nesta quarta-feira (27), o Presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Pernambuco (FEHOSPE), Gil Brasileiro, e a vice-presidente da federação, Fátima Alencar, visitaram o Hospital Memorial em Petrolina. A unidade de saúde da rede privada, é conveniada ao SUS e presta 40% dos serviços gratuitamente à população a partir de convênios firmados com o Governo de Pernambuco e a Prefeitura de Petrolina.

Os representantes da FEHOSPE foram recebidos pelo gestor administrativo do hospital. A reunião foi um momento para troca de informações sobre os tipos de serviços prestados pelo Hospital Memorial como unidade filantrópica. “A gente já atende o SUS desde o ano 2000. Mas vimos a necessidade de trazer um retorno à população com relação aos atendimentos. Além do atendimento SUS de alta complexidade de cardiologia, ainda fazemos a parte vascular dos pacientes do Hospital Universitário e a parceria em consultas, exames e alguns procedimentos, principalmente oftalmologia através de convênio com a Prefeitura de Petrolina, ” explicou André.

Gil e irmã Fátima visitaram todo o Hospital, conheceram a parte destinada à implantação de novos atendimentos em especialidades como a oncologia e trocaram informações administrativas de interesse da FEHOSPE.

Na tarde desta quarta, a equipe visitou também o Hospital Dom Tomás (HDT), que dispõe de 21 leitos de enfermaria, 2 salas cirúrgicas e uma UTI com 10 leitos. Estão em fase adiantada de construção uma ala para mais 44 novos leitos, além da obra da radioterapia, em fase de conclusão. O HDT presta assistência multiprofissional a pacientes com câncer.

“Nós estamos comprometidos em visitar todo o estado, unidade por unidade e começamos essa visita pelo Sertão, aqui em Petrolina, pelo Hospital Dom Tomás e Hospital Memorial. Estamos acompanhando de perto o atendimento. Vimos a qualidade por exemplo do Memorial, que é excelente em estrutura e isso garante uma boa qualidade de atendimento, de uma forma que já acontece em Alagoas por exemplo. E o Dom Tomás é grandioso na missão e no esforço para tratamento contra o câncer com ótima estrutura, ” destacou Gil.

FEHOSPE

A Federação dos Hospitais Filantrópicos de Pernambuco é uma associação civil, sem fins lucrativos ou econômicos, com sede em Recife. A entidade é um órgão de união, integração e representação dos hospitais filantrópicos do estado de Pernambuco, somando 26 unidades em todo o estado. Foi criada em 1987, tendo como missão a defesa, a proteção, a representação e a assistência dos interesses sociais e econômicos das federadas.

Assessoria de Comunicação do HDM / ISMEP

HU-Univasf conquista melhorias após conclusão do projeto Saúde em Nossas Mãos

Após atividades desenvolvidas no último triênio (2021-2023), no âmbito do projeto Saúde em Nossas Mãos, o Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf/Ebserh) apresentou resultados satisfatórios relacionados à assistência e sustentabilidade, tendo como foco a UTI (Unidade de Terapia Intensiva Adulto) da instituição.
Durante encontro de encerramento do projeto, ocorrido na tarde da última quinta-feira (21), via videoconferência, a chefe da UTI Adulto, Lusineide Carmo, esteve acompanhada pelo chefe do Setor de Paciente Crítico, Leonel Batista, e por colaboradores da UTI, ocasião na qual puderam partilhar experiências e êxitos alcançados, assimilando também depoimentos e evoluções de outras unidades que participaram das atividades em todo o país.
Impacto positivo
Entre as conquistas obtidas com o projeto, destacam-se:
  • 37 infecções evitadas (relacionadas ao uso de ventilação mecânica, uso de cateteres venosos e de sondas vesicais);
  • Estimativa de economia de mais de R$ 2 milhões;
  • Mudança de cultura;
  • Engajamento da equipe;
  • Melhora da qualidade da assistência.
“Sempre enxergamos os desafios como oportunidades de melhoria e toda a equipe se mobilizou para alcançarmos os melhores resultados possíveis, ao passo que também vamos sendo multiplicadores de boas práticas para outros profissionais e setores de internação”, ressalta a chefe da UTI Adulto do HU-Univasf, Lusineide Carmo. A execução das etapas do projeto contou também com o apoio do Serviço de Controle de Infecção Relacionada a Assistência à Saúde (SCIRAS), Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente, e Alta Liderança do hospital.
Saúde em Nossas Mãos
O ‘Saúde em Nossas Mãos’ compõe o Programa de Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), desenvolvido pelo Ministério da Saúde para fortalecimento do Sistema Único de Saúde, e cinco hospitais trabalham de forma colaborativa para a execução do projeto com apoio técnico do Institute for Healthcare Improvement (IHI): Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital do Coração, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio Libanês.

Com o objetivo de reduzir filas nos grandes hospitais de Pernambuco, governadora Raquel Lyra entrega novo bloco cirúrgico do Hospital Alfa

A governadora Raquel Lyra e a sua vice, Priscila Krause, entregaram, nesta sexta-feira (22), o novo bloco cirúrgico do Hospital Alfa, localizado no bairro de Boa Viagem, no Recife. O serviço vai ofertar procedimentos de média e alta complexidade nas especialidades de neurocirurgia, urologia, cirurgia torácica e cirurgia geral, com capacidade para realizar mais de 500 por mês, reduzindo as filas nos grandes hospitais do Estado. O novo espaço contou com um investimento de R$ 20 milhões, e foi estruturado em cerca de 45 dias.
 
“Um dos grandes desafios de Pernambuco, na área de saúde, é garantir o fluxo de atendimento  nas cirurgias. Em janeiro, recebemos o Estado com uma média de mais de 100 mil cirurgias represadas a serem feitas. Mas a gente vem buscando trabalhar a melhoria dos nossos equipamentos. São entregas como essa que reforçam o nosso compromisso em fazer com que a saúde de Pernambuco possa fluir melhor, vendo o nosso povo ser sempre bem atendido”, destacou Raquel Lyra na ocasião.
 
Além de cinco salas de cirurgia, o espaço conta com sala de recuperação composta por dez leitos, farmácia satélite, sala de estar para os profissionais e vestiário. Além disso, o local também possui capacidade de ampliação, com disponibilização estrutural para outras sete salas de procedimentos.
 
De acordo com a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, o bloco cirúrgico possibilitará a diminuição das filas de cirurgia eletiva no Estado, especialmente nos Hospitais da Restauração, Getúlio Vargas e Otávio de Freitas, todos situados no Recife. “Poderemos atender melhor a população com mais conforto e brevidade. Estamos bem estruturados e equipados para fortalecer ainda mais o Cuida PE”, enfatizou a titular da pasta.
 
Neste mês de dezembro, o hospital dará início à realização de cirurgias de alta e média complexidade. A previsão é de que, no início de 2024, o serviço já esteja totalmente disponível. “Estamos entregando o bloco completamente novo, com estrutura de equipamentos de ponta, os melhores do mercado. Tudo para melhor atender a população”, acrescentou a diretora da unidade hospitalar, Milene Dantas.
 
Com 100% de sua capacidade instalada, a unidade realizará um total de 525 cirurgias por mês, sendo 74 neurocirurgias (destas, 13 de alta complexidade), 158 cirurgias urológicas e 293 cirurgias gerais.
Também estiveram presentes na solenidade o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Hercílio Mamede; o deputado estadual Cleiton Collins; os vereadores do Recife Tadeu Calheiros e Doduel Varela; além de gestores da Secretaria Estadual de Saúde.

Estudo realizado no HU-Univasf aponta relação entre gene de imunidade e complicações da covid-19

Estudo realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), identificou uma associação entre fatores genéticos em um gene de imunidade e o risco de complicações em pacientes internados com covid-19. A pesquisa investigou as mutações no gene MBL2 em 550 indivíduos afetados pela doença, sendo alguns internados na UTI Covid-19 do HU-Univasf e no Hospital de Campanha da prefeitura de Petrolina, entre agosto de 2020 e julho de 2021.
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Também foram incluídos indivíduos que tiveram covid-19, mas que apresentaram sintomas leves e não precisaram de hospitalização. Segundo o pesquisador Rodrigo Feliciano do Carmo, professor e membro do colegiado de Medicina da Univasf, “a importância dessa molécula na gravidade da covid-19 já havia sido reportada em estudos investigando populações europeias. Entretanto, este é o primeiro estudo a demonstrar a associação dessas variações genéticas com complicações da covid-19 em pacientes graves, como saturação de oxigênio, risco de intubação e choque”.
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De acordo com os achados do estudo, as variantes associadas à alta produção de MBL, uma proteína da imunidade capaz de se ligar a açúcares presentes na superfície do SARS-CoV-2, estão relacionadas à proteção contra hospitalização por covid-19 e piora clínica em pacientes gravemente enfermos. “Pacientes que tinham informações em seu gene para instruir a produção de altos níveis dessa proteína estavam mais protegidos de complicações como: baixa saturação de oxigênio, risco de intubação e choque. Por outro lado, aqueles que produzem pouca quantidade da MBL tem maior risco dessas complicações”, explicou o pesquisador.
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Além disso, a pesquisa trouxe importantes contribuições para novos estudos que avaliam o papel dos polimorfismos do gene MBL2 na piora clínica de pacientes com covid-19 grave, bem como pode auxiliar na identificação de subgrupos de pacientes com maior risco de complicações, possibilitando uma abordagem mais personalizada no manejo da doença. “Esses achados abrem caminhos para uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos na gravidade da covid-19, fornecendo subsídios para o desenho de novos medicamentos ou até mesmo a triagem de pacientes de alto risco para um melhor acompanhamento pelo corpo clínico”, completou Rodrigo.
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A investigação sobre o papel das mutações genéticas na resposta do organismo ao SARS-CoV-2 é importante para ampliar o conhecimento sobre os fatores que influenciam a gravidade da infecção e para orientar ações voltadas para a mitigação dos impactos da pandemia. A doença, que surgiu na China, em 2019, apresenta sintomas leves a graves, podendo levar à morte. No Brasil, o primeiro caso foi em fevereiro de 2020, com desafios para conter a propagação do vírus e garantir a vacinação via Sistema Único de Saúde (SUS).
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Sobre a pesquisa
O estudo foi desenvolvido nos Laboratórios Multiusuários de Pesquisa do HU-Univasf (Lamupe), pelas discentes Lorena Andrade, mestranda do programa de pós-graduação em Biociências da Univasf, e a discente Mirela Sá, do curso de Farmácia, sob orientação do professor Rodrigo Feliciano do Carmo. A pesquisa também teve a colaboração de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Recife e Salvador, fornecendo subsídios para melhor compreensão dos fatores genéticos e imunológicos relacionados ao curso clínico da covid-19.
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O artigo High production MBL2 polymorphisms protect against COVID-19 complications in critically ill patients: A retrospective cohort study foi publicado na revista científica internacional Heliyon, da editora Cell Press, em 13 de dezembro – acesse o artigo na íntegra. Ele faz parte do projeto intitulado “Identificação de marcadores genéticos de gravidade para auxílio no prognóstico clínico na covid-19”, coordenado pelo professor Rodrigo, e recebe financiamento da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), por meio do edital emergencial de combate à covid-19.
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Sobre a Rede Ebserh
O Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf) faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Novos equipamentos aprimoram resultados de exames de sangue no HU-Univasf

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU-Univasf/Ebserh), recebeu melhorias na Unidade de Análises Clínicas e Anatomia Patológica (UACAP), referentes à substituição dos equipamentos atuais de hematologia por outros mais modernos.
Agora, a UACAP do HU-Univasf/Ebserh conta com equipamentos destinados às análises hematológicas nos modelos XN 1000 e XN 350, o que possibilita maior reprodutibilidade dos resultados, maior velocidade operacional na análise das amostras, incremento do laudo de hemograma a partir da emissão da contagem de eritroblastos e maior sensibilidade na análise citológica dos líquidos biológicos.
Os equipamentos chegaram ao hospital na segunda quinzena de novembro deste ano, fornecidos por contrato de comodato, relacionados aos exames hematológicos licitados em 2023. Para possibilitar o manuseio adequado das máquinas, foi realizada, de 27 de novembro a 06 de dezembro, uma capacitação dos profissionais da UACAP, ministrada pela assessora científica Marcela Lira.
De acordo com a chefe da Unidade de Análises Clínicas e Anatomia Patológica do HU-Univasf, Ádria Clésia Lopes, a chegada desses equipamentos no Hospital confere resultados de exames de sangue mais aprimorados. “Por meio desses aparelhos, é possível conferir mais qualidade e precisão nos exames hematológicos e dos demais líquidos biológicos, aos usuários do SUS, atendidos no HU-Univasf/Ebserh”, enfatiza.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf) faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Registro de novos agrotóxicos segue em alta no Brasil, diz Mapa

Maior consumidor de agrotóxicos do mundo, o Brasil já aprovou 505 novos registros de pesticidas apenas neste ano, de acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Entre 2019 e 2022 foram liberados 2.181 novos registros, uma média de 545 ao ano, e a expectativa é que esse número cresça ainda mais com a recente aprovação do Projeto de Lei dos Agrotóxicos pelo Senado, caso seja sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre outras alterações, o projeto prevê a criação do risco aceitável para substâncias que atualmente têm registro proibido por terem impactos relacionados ao desenvolvimento de câncer, alterações hormonais, problemas reprodutivos ou danos genéticos.

A publicação Atlas dos Agrotóxicos, produzida pela Fundação Heinrich Böll, revela que desde 2016, o Brasil tem batido consecutivos recordes na série histórica de registro de agrotóxicos, que teve início em 2000. Em 2022, foram 652 agrotóxicos liberados, sendo 43 princípios ativos inéditos.

Com a aprovação do PL 1459/2022, as mudanças propostas oficializam a prioridade do Ministério da Agricultura no registro de novos agrotóxicos: a pasta passaria a ser o único órgão registrante dos agrotóxicos, restando ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um papel subordinado de avaliação ou homologação das avaliações.

Embora concorde que o processo de registros atual seja lento, Alan Tygel, da Campanha Contra os Agrotóxicos, acredita que o ideal, na verdade, seria haver mais participação do Ibama, Anvisa e Ministério da Agricultura para análises em vez de flexibilização da lei. “O primeiro ano do Lula causou um descontentamento grande. Esperávamos sinalização de maior preocupação”, avaliou, em nota, Tygel, um dos autores do Atlas dos Agrotóxicos.

A Anvisa informou na última quarta-feira (6) que um em cada quatro alimentos de origem vegetal no país contém resíduos de agrotóxicos, proibidos ou em níveis superiores ao permitido por lei. O levantamento faz parte de um estudo do Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos, vinculado à Anvisa, que analisou 1.772 amostras de 13 alimentos diferentes  coletados em  79 municípios brasileiros em 2022.

Os resultados mostraram que 41,1% das amostras analisadas no estudo não possuíam resíduos de agrotóxicos, enquanto 33,9% estavam dentro dos limites permitidos. Contudo, 25% apresentaram inconformidades, como a presença de agrotóxicos não autorizados ou em quantidades excessivas. Mais grave ainda, 0,17% das amostras, ou três amostras, apresentaram risco agudo, que, segundo a Anvisa, representa dano à saúde ao ingerir muito alimento com esses insumos em pouco tempo, como numa refeição.

Das 2,6 milhões de toneladas de agrotóxicos utilizadas ao ano no mundo, o Brasil emerge como um dos maiores consumidores desse mercado que movimentou quase 28 bilhões de euros, cerca de R$101 bilhões, apenas em 2020, de acordo com o Atlas dos Agrotóxicos. O  estudo, coordenado pela Fundação Heinrich Böll Brasil, mostra que em 2021, o país se tornou o maior importador mundial dessas substâncias, com um salto de 384.501 toneladas em 2010 para 720.870 toneladas em 2021, portanto, um aumento de 87%.

Saúde pública

O crescimento no uso de agrotóxicos no Brasil coloca o país em uma posição sensível no que diz respeito à segurança alimentar e à saúde pública. A partir de dados da própria Anvisa, o Atlas levantou que entre 2010 e 2019 foram registrados 56.870 casos de intoxicações por agrotóxicos, o que representa uma média de 5.687 casos por ano, ou aproximadamente 15 pessoas intoxicadas diariamente. Entretanto, o próprio Ministério da Saúde do Brasil admite que o número de subnotificações é elevado e que, logo, o número real de pessoas intoxicadas pode ser maior.

Este impacto se dá, também, na saúde de crianças e adolescentes. Cerca de 15% de todas as vítimas de intoxicação por agrotóxicos no Brasil pertencem a esse grupo etário. Entre os bebês, foram 542  intoxicados no período de 2010 a 2019. Além disso, as gestantes também sofreram com esse cenário, com 293 delas  intoxicadas no mesmo período. Com efeitos que se estendem além do próprio corpo, a situação pode afetar a saúde de seus bebês por meio do leite materno e até mesmo antes do nascimento.

O documento aponta para uma correlação entre a exposição prolongada aos agrotóxicos e o aumento da incidência de doenças crônicas. As evidências indicam uma alta taxa de desenvolvimento de doenças como Parkinson, leucemia infantil, câncer de fígado e de mama, diabetes tipo 2, asma, alergias, obesidade e distúrbios endócrinos.

No curto prazo, a exposição aguda a esses insumos está ligada a uma série de sintomas debilitantes, como fadiga extrema, apatia, dores de cabeça intensas e dor nos membros. Em situações críticas, há o risco de falha de órgãos  vitais, incluindo coração, pulmões e rins.  Aproximadamente 11 mil pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido a envenenamentos não intencionais por agrotóxicos.

O Atlas mostra que, no Brasil, o  Sistema Único de Saúde (SUS) pode gastar até R$ 150 por caso de intoxicação por agrotóxicos, totalizando um custo estimado anual de R$ 45 milhões. O custo para o SUS pode chegar a US$ 1,28 para cada US$ 1 investido em pesticidas, a depender do tratamento.

Agrotóxicos no mundo

A exposição a esse risco não se restringe ao Brasil.  Atualmente, estima-se que ocorram cerca de 385 milhões de casos de intoxicações agudas por agrotóxicos a cada ano em todo o mundo; em 1990, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS),  o número total de intoxicações era de 25 milhões. A escalada desses números ao longo dos anos pode ser atribuída  ao uso intensificado de agrotóxicos em escala global. Hoje, 11 mil pessoas morrem anualmente em todo o mundo devido a envenenamentos não intencionais.

Desde 1990, a quantidade mundial de agrotóxicos utilizados aumentou em quase 62%, com crescimento  expressivos em regiões específicas: 484% na América do Sul e 97% na Ásia. Essa aceleração no uso de agrotóxicos é particularmente preocupante em regiões do Sul Global, onde as regulamentações ambientais, de saúde e segurança são muitas vezes mais fracas.

Fonte: Agência Brasil

Doação de medula óssea é tema de campanha no Vale do São Francisco

A unidade do Hemocentro da Bahia – Hemoba, de Juazeiro, está realizando uma campanha de mobilização regional, com apoio da Unimed Vale do São Francisco, para doação de medula óssea, incentivo ao cadastramento de novos doadores e atualização de dados de quem já está registrado na unidade.

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 35 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não possuir doença infecciosa ou incapacitante e não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.

Segundo a diretor regional do Hemoba, André Magalhães, o processo de doação é simples, prático e muito seguro. “O voluntário preenche um formulário com dados pessoais e realiza a coleta de uma amostra de sangue com 5 ml para testes de compatibilidade”, explicou. Magalhães lembrou ainda, que o transplante de medula óssea é um dos procedimentos que podem ajudar pacientes com leucemia, linfoma e outras doenças hematológicas.

Os dados pessoais e os resultados dos testes serão armazenados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). O Hemoba de Juazeiro fica no bairro Santo Antônio, ao lado do Hospital Regional de Juazeiro (HRJ). Mais informações: (74) 3611-7532.

Por: CLAS Comunicação & Marketing

Saúde Bucal: 180 crianças foram contempladas com cuidados e orientações na zona rural de Petrolina 

A Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Saúde, ofertou, nessa quarta-feira (13), uma ação diferenciada para as crianças que residem na zona rural do município, no povoado de Atalho. A equipe de Saúde Bucal levou atendimentos e orientações para 180 crianças da comunidade.

Foram disponibilizadas orientações sobre os cuidados com a saúde bucal, teatro com orientação, cinema alertando sobre os cuidados com a boca e uso do fio dental, pintura e desenhos. Foram avaliadas 130 crianças, e destas, 90 passaram por procedimento odontológicos através do Tratamento Restaurador Atraumático (ART) e procedimentos básicos feitos na Unidade Móvel Odontológica.

Ainda foram distribuídos kits com escova e pasta de dente para todas as crianças. Essas ações têm o objetivo de ampliar a cobertura de saúde bucal no município, ensinando as crianças a cuidarem dos dentes para que no futuro, diminua a incidência de cáries e outros problemas sérios de saúde bucal.

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Texto: Jhulyenne Souza – Assessora de Comunicação da Secretaria de Saúde  

Laboratório do HU-Univasf recebe certificação de excelência pelo quinto ano consecutivo

A Unidade de Análises Clínicas e Anatomia Patológica (UACAP) do Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), recebeu, pela quinta vez consecutiva, certificado de excelência emitido pelo Programa Nacional de Controle da Qualidade (PNCQ), da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), referente ao ano de 2023.
O hospital realiza uma média de três mil exames por mês, contribuindo para a excelência dos atendimentos oferecidos. A segurança dos resultados é essencial para o suporte adequado durante os tratamentos de saúde. Nesse ano, o resultado do hospital alcançou uma média anual de 92% de conformidade, permitindo conquistar uma performance de excelência.
A chefe da Unidade de Análises Clínicas e Anatomia Patológica do HU-Univasf, Ádria Clésia dos Santos Lopes, explicou que essas avaliações são feitas em duas etapas: a de análise de amostras biológicas enviadas pelo Programa e a etapa em que respondem ao questionário sobre a educação continuada dos profissionais analistas.
“Submissões a ensaios de proficiência nos permitem comparar nosso desempenho analítico nas condições técnicas, metodológicas e de capacitação profissional com o desempenho dos demais laboratórios de todo o país e do exterior, que contratam esse mesmo serviço. Significa que, mensalmente, temos a oportunidade de nos certificar da qualidade dos exames laboratoriais ofertados aos usuários do SUS atendidos no HU-Univasf”, enfatizou Ádria.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf) faz parte da Rede Ebserh desde janeiro de 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Hospital Dom Malan busca atualização médica em conferências que envolvem profissionais dos maiores hospitais públicos do Brasil

Uma vez por mês, uma equipe de médicos e enfermeiros do Hospital Dom Malan (HDM) em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, participa de uma teleconferência que reúne hospitais públicos e centros de ensino do Brasil, para discutir assuntos relacionados à obstetrícia de alto risco. A teleconferência é coordenada pela Universidade Federal de São Paulo, com três profissionais envolvidos: os médicos Taís Nóbrega, Evelyn Traina e Júlio Elito.

Além da Universidade Federal de São Paulo, também participam do evento todos os meses, a Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal do Amazonas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Tocantins, Universidade Federal de Pernambuco e a Universidade Federal do Vale do São Francisco.

O Hospital Dom Malan Ismep, participa como unidade de referência no atendimento materno infantil do Vale do São Francisco em gravidez de alto risco. Dr. Marcelo Marques, médico dos setores de alto risco e de ultrassonografia do HDM Ismpep há 15 anos, faz parte do grupo que está sempre buscando atualização sobre patologias que acometem as pacientes da HDM. Neste mês de novembro, a discussão foi sobre sífilis na gestação. “É um tema que já precisa de uma boa revisão e a gente tem visto ao longo dos anos, que a sífilis sempre tem acometido nossas pacientes. Nós que trabalhamos diretamente com gestantes de alto risco, sabem que é sempre bom buscar atualização para que a gente possa fazer mais e melhor pelas nossas pacientes, ” ressaltou Dr. Marcelo.

Neste ano, o Hospital Dom Malan acompanhou gestantes que tiveram sífilis e trataram a doença antes do parto. O ambulatório não registrou nenhum caso em tratamento no HDM Ismep em 2023.

Sífilis

A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, podendo evoluir para aborto, graves sequelas ao recém-nascido até mesmo óbito. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal é fundamental pois viabiliza o diagnóstico e tratamento adequado, evitando assim a transmissão para o recém-nascido.

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.

Assessoria de Comunicação do HDM / ISMEP