Azul oferece US$ 145 milhões para comprar parte da Avianca

A companhia aérea Azul informou, hoje (13), que protocolou na Justiça uma nova proposta para comprar parte das operações da Avianca Brasil, empresa que passa por recuperação judicial e cancelou diversos voos no último mês.

Em nota, a empresa informou que requereu junto ao juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo, onde se processa a recuperação judicial da Avianca Brasil, uma autorização específica para a compra de uma “nova Unidade Produtiva Isolada (Nova UPI)”, espécie de empresa que seria criada a partir do desmembramento da Avianca, no valor mínimo de US$ 145 milhões.

A proposta é maior do que a ofertada em março, quando a Azul ofereceu US$ 105 milhões para a compra de parte das operações da Avianca Brasil. A oferta da Azul prevê a compra de 21 slots (autorizações de pouso e decolagem), que a Avianca detém atualmente no Aeroporto de Congonhas; 14, no Santos Dumont, e 7 no aeroporto de Brasília.

“A Azul acredita que o pedido formulado ao juízo da RJ para alienação judicial da Nova UPI confere à Avianca Brasil, seus empregados, consumidores, credores e demais interessados uma alternativa legal e legítima para viabilizar a monetização, o uso continuado de bens e a preservação de atividades, as quais correm grave risco de paralisação e rápida deterioração das atividades da companhia, no melhor interesse do mercado de aviação e todos os envolvidos”, disse a empresa em comunicado ao mercado.

A empresa aérea justificou o pedido de compra com o argumento de que a medida oferece uma alternativa para aumentar a competitividade na ponte aérea Rio-São Paulo. A Azul disse ainda que a proposta de nova UPI “não invalida o procedimento de alienação judicial das 7 unidades produtivas isoladas”, previstos para ser leiloados na semana passada.

O leilão, que deveria ter acontecido na última terça-feira (7), foi suspenso pela Justiça de São Paulo a pedido da Swissport Brasil, empresa que atua com serviços de logística em aeroportos. A Swissport argumentou, no pedido, que a transferência de slots, prevista no plano de recuperação da Avianca, é proibida por lei. A Avianca recorreu da suspensão, defendendo a legalidade de seu plano de recuperação.

“A alienação de UPIs, com a destinação dos recursos recebidos para o pagamento de credores, é inequivocamente um meio legítimo de recuperação”, disse a empresa no recurso.

Com informações da Agência Brasil

Antonio Souza aposta no micro e pequeno empresário

O próximo governante do Brasil deverá olhar para os micro e pequenos empresários e se conscientizar que para o país crescer de forma estruturada é preciso investir fortemente nesse setor.
“O micro e pequeno negócio no Brasil movimenta consideravelmente a economia do país, cerca de 27% do PIB brasileiro, conforme dados do SEBRAE. Além de empregarem 52% da população, o que demonstra significativa sua importância”, afirma Antonio Souza.
Mas inúmeros são os desafios destes micro e pequenos empresários. Uma das principais dificuldades enfrentadas por estes portes de empresas é a profissionalização da gestão. Isto é, saber gerir de forma consciente o próprio negócio, seguindo os princípios da administração. Por exemplo, conseguir manter a separação do que é dinheiro do caixa da empresa e o que é dinheiro do proprietário é um dos maiores erros cometidos pelos gestores. Outras dificuldades básicas percebidas estão
ligadas as questões sobre formação de preço, controle e gerenciamento de estoques, operacionalização do fluxo de caixa e planejamento tributário.
Considerando que a maior parte destas empresas nasce de forma não planejada, isto é, começa um pequeno negócio dentro de casa, mas que aos poucos vai conquistando o mercado e por pressão externa esta empresa começa a se formalizar. Só então a partir deste momento os gestores percebem que precisam buscar ajuda para entender o que fazer com um negócio que não se sabe até que ponto é de fato rentável ou não. Esta característica é o que faz muitas vezes estes negócios não superarem a estatística de sobrevivência de mais de 2 anos.
O planejamento não é algo nato do brasileiro, resolver problema sobre demanda é a característica mais comum, isto além de ocupar o tempo com situações pouco relevantes, prejudica a gestão. Pois, não saber aonde vai, não ter a missão, valores e os propósitos da empresa bem definidos faz com que ela caminhe a toda sorte de demanda.
Outra questão importante de se ponderar é a limitação de recursos financeiros que este perfil de empresa apresenta. Buscar ajuda e consultoria geralmente é algo que requer certo investimento financeiro. O que no caso destas empresas pode ser um fator limitador. Para quem esta iniciando um pequeno negócio e não consegue separar o que é dinheiro do caixa da empresa e o que é o dinheiro do gestor isso é altamente perigoso. Afinal, como um pequeno proprietário deixará de pagar a prestação da sua casa própria para realocar este recurso para investir na empresa? Pela logística da gestão a prioridade de investimento seria na empresa, pois ela que lhe dará retorno mais adiante. Mas na cabeça deste pequeno gestor é preciso ter a paz e segurança que a sua prestação está em dia para que ele possa desenvolver o seu negócio tranquilamente.
“Então, um dos principais desafios dos micro e pequenos empresários é profissionalizar a sua empresa obedecendo e respeitando os princípios da administração para que o seu negócio cresça de forma estruturada, sendo capaz de proporcionar o tão sonhando melhor padrão de vida sem canibalizar a fonte de renda“, concluiu Antonio.