Hospital Dom Malan em Petrolina inaugura Projeto ‘Anjos de Pelos’ para auxiliar no tratamento dos pacientes

O Hospital Dom Malan em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, administrado pelo Instituto Social Medianeiras da Paz (ISMEP), inaugurou nesta terça-feira (14), o Projeto Anjos de Pelos, de terapia com cachorros. É a cinoterapia também conhecida como “cão terapia.” O projeto começou a ser implantado em julho com a seleção e adaptação dos animais ao ambiente hospitalar. Os cães foram adestrados pelo especialista Luiz Lopes Neto Júnior, que adestra cães há 13 anos.

Dona Maria de Fátima Silva, que é avó Eloá, de 3 anos, conta que a presença dos animais trouxe alegria à neta, internada para tratar uma pneumonia. “ Quando ela via as cadelinhas a gente via a alegria dela, brincando até pulando. Ela brincava com elas e eu sentia que ela ficava bem melhor. As vezes ela via os animais passando no corredor e ela pulava da cama, pedindo para brincar com as cachorras. Eu vi que realmente fez muito bem para o tratamento dela, minha neta ficava alegre o resto do dia, ” contou Dona Fátima.

Na solenidade de implantação do projeto, a diretora geral do HDM Ismep, Carolina Lemos, ressaltou a importância da terapia com animais na unidade.  “Esse projeto é uma prova da preocupação do Ismep de um olhar diferente sobre os nossos pacientes, com um atendimento mais humanizado. Que bom que nossos funcionários entenderam e acolheram a ideia. Mesmo aqueles que começaram estranhando a presença de um animal no ambiente hospitalar aderiram ao projeto junto com os voluntários, ” ressaltou Carolina.

A coordenadora social do HDM Ismep, Ingride Lima, vê com entusiasmo esse dia. Ela que estudou cinoterapia fora do Nordeste e acompanhou todo o processo de implantação. “Ver a alegria do resto dos nossos pacientes, principalmente as crianças, é gratificante. A cada visita dos animais ao hospital a gente percebe como eles já estão fazendo parte do nosso ambiente. A uma distribuição de carinho que quebra muitas vezes a dureza do tratamento dos que estão internados, trazendo leveza e provocando muitos sorrisos. A gente ama vê isso, ” destacou Ingride.

Sorrisos é o que mais se vê no rostinho de Érica de Souza Veloso, de 7 anos, paciente oncológica. Ela ama brincar com os cães. “Elas são lindas e fofinhas. Quando elas chegam eu fico alegre, esqueço de tudo e só quero brincar, ” relatou.

Cinoterapia

A Cão terapia é uma forma de Terapia Assistida com Animais e já é usada desde o século 18 na Europa. No Brasil, é usado há mais de 60 anos de maneira experimental, sempre como um complemento aos tratamentos tradicionais. A cinoterapia é utilizada junto com tratamentos médicos e com outros profissionais, como psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. “Cino” é uma palavra que vem do grego e significa cachorro.

A convivência dos pacientes com os cachorros é para ajudar em tratamentos terapêuticos, uma vez que a companhia dos cãezinhos pode trazer muitos benefícios à saúde das pessoas. Estima-se que apenas 15 minutos de contato de um paciente com o cachorro terapeuta pode ajudar a regular funções e índices do corpo, como: pressão arterial, frequência cardíaca, colesterol, triglicerídeos, estresse e ansiedade.

FOTOS ASCOM – ÁGATA ELOÁ SILVA

Assessoria de Comunicação do Hospital Dom Malan Ismep 

Diabetes é responsável por mais de 28 amputações por dia, no Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, entre janeiro e agosto deste ano, 6.982 amputações de membros inferiores (pernas e pés) causadas por diabetes, o que equivale à média de mais de 28 ocorrências por dia.Os casos vêm crescendo ano a ano, conforme mostram os dados do Ministério da Saúde. O número de amputações em 2022 (10.168) foi 3,9% superior ao total de 2021 (9.781), o que representou média de 27,85 cirurgias por dia, no ano passado, em unidades públicas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a doença já figura como a principal causa de amputação não traumática em membros inferiores, no país. As amputações traumáticas são as que ocorrem, por exemplo, em acidentes de trânsito ou de trabalho.

“Hoje, nós temos um número de grande de amputações sem ser por acidente. E a principal causa é justamente o diabetes, além do cigarro. Então, a gente tem que combater esses males”, reforça o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Levimar Araújo, portador de diabetes tipo 1.

A SBD aponta também que 13 milhões pessoas com diabetes têm úlceras nos pés, os chamados pés diabéticos, que podem resultar nestas amputações.

Preocupada com o cenário, a Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) alerta para essa complicação que pode atingir tanto pacientes com diabetes mellitus do tipo 1, como do 2. O presidente da ABTPé Luiz Carlos Ribeiro Lara, dimensiona a situação.

“Entre todas as suas complicações, o pé diabético é considerado um problema grave e com consequências, muitas vezes, devastadoras em razão das úlceras, que podem implicar em amputação de dedos, pés ou pernas.”

O alerta sobre as complicações que afetam as pessoas com a doença ocorre no Dia Mundial do Diabetes, celebrado neste 14 de novembro. Em 2023, a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu como tema da campanha: Educação para Proteger o Futuro. O objetivo é destacar a necessidade de melhorar o acesso à educação de qualidade sobre a doença a profissionais de saúde e pessoas com a doença.

Pé diabético

A neuropatia periférica provocada pelo diabetes causa a perda das funções dos nervos do pé. Com isso, ficam prejudicados o tato e a sensibilidade para a dor. Essa redução da sensibilidade relacionada ao diabetes dificulta a percepção do paciente em notar lesões ou feridas.

Em entrevista à Agência Brasil, a diretora da ABTPé, a endocrinologista Jordanna Maria Pereira Bergamasco, relaciona a sensibilidade dos pés com um fator de proteção à pessoa com diabetes.

“Esse pé não tem a sensibilidade protetora, então, sem perceber ocorrem feridas e infeccionam. O paciente não consegue resolver e estas acabam em amputações menores ou maiores, ou seja, desde uma pontinha de dedo até uma perna. Tudo por causa das feridas. E o número de ocorrências é grande.”

Jordanna confirma também ser inevitável que, em até dez anos após o desenvolvimento do diabetes, comecem a surgir os sintomas da neuropatia periférica, mesmo com a doença controlada, esses pacientes vão ter algum grau de neuropatia. Porém, segundo ela, a saída é o controle da glicose no sangue, que pode adiar as alterações neurológicas, principalmente, dos membros inferiores, e consequentemente, evitar mutilações.

“A doença leva à neuropatia, a gente não consegue evitar. O único jeito de conseguir postergar isso é com controle glicêmico. E para evitar as amputações é com cuidado”, conta a endócrino.

Na família

A professora de uma escola pública do ensino fundamental do Distrito Federal, Amanda Pereira, conhece bem várias das rotinas de prevenção às complicações do diabetes. Em dezembro de 2021, ela perdeu a mãe Marilena Pereira, aos 64 anos, devido a uma infecção generalizada que começou com uma ferida no pé e chegou a atingir o osso.

Amanda contou à Agência Brasil que a mãe ficou diabética em 2007, aos 40 anos, e se revoltou com as restrições na alimentação impostas pela doença. Marilena seguiu fazendo uso de bebidas alcoólicas, cigarros e refrigerantes. Continuou a ingerir doces desregradamente e se recursou a fazer atividades físicas.

Até que, em 2015, a doença não perdoou as extravagâncias de Marilena que perdeu a visão do lado esquerdo e parte do lado direito. A consequência contribuiu para que a mãe de Amanda desenvolvesse depressão e não quisesse mais ir às consultas médicas.

Em 2019, após fraturar o fêmur, em uma queda no banheiro, Marilena ainda perdeu a autonomia para se deslocar e, na sequência, teve uma trombose. “Tenho a impressão que minha mãe envelheceu 30 anos em seis. Ela desistiu de viver,” lamentou Amanda.

Apesar dos cuidados dos familiares, o simples atrito dos pés da mãe no lençol da cama rendeu à Marilena a ferida derradeira no pé, que não cicatrizou e a levou a óbito. Hoje, aos 44 anos, Amanda voltou a sentir os assombros das consequências do diabetes: ela convive com o sogro e um aluno com acometidos pela doença. O sogro já está, gradativamente, perdendo a visão.

As experiências negativas, no entanto, também lhe ensinaram sobre a doença. “O importante do diabetes é estar se cuidando, porque, com o tempo, vai consumindo o organismo da pessoa. A doença é silenciosa. Ela não avisa. Quando chega, já vem estragando tudo. Mas, se a pessoa vai cuidando, é mais difícil de acontecer algo, principalmente se ela é acompanhada por médicos, se tem uma alimentação saudável e pratica uma atividade física regular. A diabetes, para mim, é uma doença terrível”, conclui a professora.

Cuidados

Jordanna explica que os pés de pessoas com diabetes exigem cuidados especiais:

  • Exame visual periódico dos pés pela própria pessoa, familiar ou profissional de saúde;
  • vestir meias brancas ou de cor clara, principalmente de algodão, para observar possíveis manchas de sangue no tecido;
  • em situações de baixa mobilidade ou sobrepeso, usar um espelho para verificar a sola dos pés;
  • evitar calçados apertados, duros, de plástico, de couro sintético, com bicos finos, saltos altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos;
  • escolher sapatos confortáveis;
  • não usar calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios;
  • evitar andar descalço para não se machucar em batidas e topadas;
  • cortar as unhas dos pés com um profissional e não retirar calos ou cutículas;
  • manter os pés sempre aquecidos;
  • verificar a temperatura da água com o cotovelo antes de colocar os pés;
  • não usar bolsas de água quente;
  • hidratar os pés para evitar rachaduras que podem servir de acesso a infecções oportunista;
  • enxugar a umidade entre os dedos para evitar frieiras;
  • não andar descalço no chão quente para evitar queimaduras; e
  • em caso de lesões, procurar um médico.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou à Agência Brasil que desenvolve estratégias para promover a saúde e prevenir as condições crônicas que decorrem do diabetes. Entre as ações listadas estão o acompanhamento nutricional e alimentar, estímulo à adoção de hábitos saudáveis, além dos guias alimentares para a população brasileira:

“A pasta também credenciou novos polos da Academia da Saúde, espaços próprios para a prática de atividade física, essencial para um estilo de vida mais saudável”

O Ministério da Saúde informou ainda que, em 2023, investiu mais de R$ 870 milhões no custeio de equipes multiprofissionais, compostas por especialistas de diferentes áreas da saúde – entre elas nutrição e educação física, para atuar na Atenção Primária à Saúde, considerada a porta de entrada da saúde pública no Brasil.

Edição: Denise Griesinger/Agência Brasil

Hospital Dom Malan em Petrolina implanta novos berços aquecidos para recém-nascidos

Referência no atendimento de gravidez de alta complexidade, o Hospital Dom Malan em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, administrado pelo Instituto Social Medianeiras da Paz (ISMEP), adquiriu cinco novos berços aquecidos. O equipamento é indispensável para o atendimento aos bebês prematuros.

O Hospital atende pacientes de 53 municípios na Rede PEBA (dos hospitais de Pernambuco e Bahia), realizando quase 600 partos por mês. “Por sermos de alta complexidade, nossa demanda é grande. E com o passar dos anos, alguns equipamentos ficam obsoletos e nós precisamos de equipamentos mais modernos. Os berços aquecidos estão atendendo bebês da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) é uma área onde se prestam cuidados a bebês que apresentam potencial risco, necessitando de uma vigilância contínua e intensiva, ”explicou a diretora geral do HDM ISMEP, Carolina Lemos.

Os berços vão melhorar o atendimento também dos bebês do centro cirúrgico do hospital, que ao nascer de cesarianas precisam de temperatura adequada. “Isso vai beneficiar muito o bloco cirúrgico onde não tínhamos berço aquecimento e a gente usava manta. Mas os bebês precisam de temperaturas mais altas para depois irem para o clima ambiente. É um ganho e mais qualidade para os nossos pacientes. Melhoram a qualidade do atendimento, ” completou Carolina.

Assessoria de Comunicação do Hospital Dom Malan Ismep 

Câmara aprova projeto que prevê divulgação do direito de reconstrução mamária pelo SUS

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (6) projeto de lei que determina a hospitais e clínicas informarem a mulher sobre o acesso, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a cirurgia plástica reparadora da mama nos casos de mutilação decorrentes de tratamento de câncer. A proposta será enviada ao Senado.

O Projeto de Lei 3072/22, da deputada Flávia Morais (PDT-GO), foi aprovado na forma de um substitutivo da deputada Erika Hilton (Psol-SP), pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

Para a autora do projeto, a retirada dos seios traz reflexos psicológicos ligados à sexualidade e à maternidade. “O DataSUS aponta que a proporção é de apenas uma cirurgia de reconstrução a cada 7,5 mastectomias realizadas, em média, nos últimos anos”, lamentou.

Segundo o texto, hospitais, clínicas, consultórios e similares que prestem atendimento a pacientes com câncer de mama deverão informar sobre a possibilidade de realização dessa cirurgia plástica pelo SUS.

A informação deverá ser dada por meio de placas, cartazes, informativos, propagandas ou outros meios, além de pelo próprio médico assistente responsável pela realização da mastectomia. Nesse caso, deverá existir um termo de ciência, a ser anexado ao prontuário médico.

Multa
O descumprimento das medidas sujeitará o infrator a multas, conforme regulamento posterior.

“Tenho certeza de que, se não houvesse a multa, essas unidades de saúde não dariam essa informação”, disse a relatora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), deputada Ana Paula Lima (PT-SC), referindo-se a destaque do PL que pretendia retirar do projeto a possibilidade de multa.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Pesquisa mostra mudanças na forma de encarar o câncer de mama

Visibilidade, luta pelo direito de acesso à saúde de qualidade e pela escolha em reconstruir ou não o seio após a cirurgia de retirada das mamas, a mastectomia. Esses são alguns dos achados da antropóloga Waleska de Araújo Aureliano, professora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 20 anos de pesquisas, sobre como as mulheres com câncer de mama lidam com o processo de adoecimento.Desde a década de 1980, de acordo com a professora, é possível perceber mudanças na maneira como a doença é encarada pela sociedade, principalmente o discurso médico. Os profissionais de saúde saíram da perspectiva fatalista e hoje têm um diálogo mais franco com pacientes sobre o câncer de mama.

Há 40 anos, ainda era tabu para muitas pessoas mencionar a palavra câncer, que não era dita nem por profissionais de saúde, nem pela família dos pacientes. “Embora ainda tenhamos um estigma muito forte em torno da doença, muita coisa mudou. A percepção do câncer de mama como sentença de morte vem cedendo lugar à compreensão do câncer como uma doença crônica. Isso, claro, quando as pessoas afetadas têm acesso adequado a diagnóstico e tratamento.”

Segundo Waleska, é muito importante que esse acesso seja mencionado na campanha Outubro Rosa, porque a ideia de que tudo depende da disposição individual das mulheres em se cuidar não funciona se não forem  dadas as condições ideais para que todas possam fazer isso adequadamente”.

De acordo com a professora, a internet, com as mídias sociais, foi uma das responsáveis pelo processo de dar maior visibilidade do câncer de mama. “Isso afeta a narrativa das mulheres, uma vez que elas recebem esse diagnóstico acompanhado de um prognóstico que traz esperança de cura e qualidade de vida durante muitas décadas”, afirma.

“A perspectiva de cura faz com que a pessoa acometida comece a ter outra imagem sobre sua trajetória e fique mais confortável para falar no assunto abertamente. O relato é provocado por uma mudança na percepção sobre o próprio corpo, sobre o que significa ser mulher, independente de ter um seio ou dois, de ter feito reconstrução mamária ou não.”

Empoderamento

Atualmente, Waleska se dedica a estudar trabalhos fotográficos artísticos e textos autobiográficos de mulheres que passaram pelo diagnóstico de câncer de mama. Para ela, esses registros marcam uma mudança na ideia da mulher como vítima para o empoderamento, com consciência das mudanças provocadas pelo diagnóstico e pelo tratamento, assim como a perda da vergonha em expor o corpo ou falar sobre a doença.

“É o movimento de algumas mulheres dentro de um universo muito heterogêneo. Não se pode pensar nas transformações como algo que atravessa todas as mulheres igualmente. Há uma variedade muito grande nessa experiência, a depender de fatores sociais e culturais, de acesso à saúde, sua história pregressa, dos relacionamentos e do modo como ela se insere no mundo do trabalho”, ressalta a antropóloga.

Ela também afirma ter observado, ao longo desses anos, que aa pluralidade de modos de entender o câncer de mama, em alguns casos, reforçam padrões de representação do corpo feminino. “É como se depois do câncer não bastasse você ser mulher, você tem que se mostrar como mulher.”

Edição: Maria Claudia

Campanha Novembro Azul alerta para perigo de doenças urológicas

Para reforçar a conscientização do homem sobre as doenças urológicas e o perigo de um diagnóstico tardio, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) começou hoje (1º) o Novembro Azul. O objetivo é elevar o nível de informação sobre os riscos que podem levar, por exemplo, a um câncer de próstata. Por meio do Portal da Urologia e das redes sociais, a SBU promoverá lives e divulgará vídeos.Como incentivo para os homens procurarem os cuidados com a saúde desde cedo, a entidade começou em setembro o #VemProUro. Na intenção de atrair o público mais jovem, o ator Guilherme Berenguer, 43 anos, é o porta-voz da campanha Saúde também é papo de homem. Ele gravou vídeos e fez fotos para o cartaz da campanha.

A urologista Karin Jaeger Anzolch, uma das coordenadoras do Novembro Azul deste ano e idealizadora da pesquisa, disse que o ator foi escolhido por ser um homem mais jovem que já cuida da saúde

“Vem trazer a mensagem de que, antes mesmo de surgirem os problemas de saúde, que sabidamente vão se tornando mais prevalentes com o passar da idade, ele se engaje nos cuidados gerais e preventivos, incluindo a saúde prostática, até para poder usufruir da vida como ele mesmo deseja, com qualidade, longevidade, com menos medo e mais satisfação em todas as esferas, incluindo a sexual, correndo menos ‘atrás do prejuízo’ e prevenindo mais doenças”, informou.

A diferença de comportamento entre meninos e meninas adolescentes é um ponto que precisa ser considerado. Conforme o presidente da SBU, Alfredo Canalini, as meninas vão às consultas 18 vezes mais que os meninos no Sistema Único de Saúde (SUS) e, além disso, a vacinação contra o HPV teve mais êxito entre as meninas que em meninos.

“Não é só o câncer de próstata, porque a mulher não tem só câncer de mama como doença ginecológica, mas elas conhecem útero e sabem o que é mioma de útero. No entanto, quando se vê que a questão de ser benigna a próstata é conhecida apenas por 43% dos homens, ele não sabe coisas sobre o próprio organismo. A gente resolveu neste Novembro Azul aumentar o horizonte de atuação. O câncer de próstata é importante, mas há outro fatores como a vacinação contra o HPV para os adolescentes. O que queremos é que haja uma mudança no comportamento do homem”, disse ele em entrevista à Agência Brasil.

Urologista Cidadão

Antecedendo o 39º Congresso Brasileiro de Urologia (CBU), que vai ocorrer entre 18 e 21 de novembro em Salvador, na Bahia, haverá nos dias 13 e 14 deste mês um mutirão solidário de atendimentos e cirurgias no Hospital Roberto Santos, a maior unidade pública do estado, onde funciona o Hospital do Homem.

Em parceria com o governo baiano, a ação Urologista Cidadão vai reunir entre 50 e 100 especialistas, que vão atender a 3 mil homens e realizarão cerca de 20 cirurgias de hiperplasia benigna da próstata (HPB); dez avaliações urodinâmicas, que são exames funcionais do trato urinário para avaliar o armazenamento e o esvaziamento da bexiga; 60 urofluxometrias, exame que avalia o fluxo da urina e 20 ultrassonografias de próstata nos homens que estão na fila da unidade.

A expectativa do diretor científico do 39º Congresso Brasileiro de Urologia, Ubirajara Barroso Jr., é que o mutirão resulte na conscientização da população masculina sobre os cuidados com a própria saúde. “Além de ser uma grande oportunidade para urologistas de todo o país se mobilizarem em favor do atendimento a pacientes do SUS”, completou.

Edição: Graça Adjuto/Agência Brasil

Ministério da Saúde lança calendário digital de vacinação

O Ministério da Saúde lançou um calendário digital para ajudar a manter o cronograma de vacinação em dia. A ferramenta, disponível para download, permite pesquisar todas as doses atualmente disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI), além de oferecer informações sobre doenças preveníveis, público-alvo, faixa etária e, dentro de cada público, os imunizantes recomendados.O objetivo da pasta é ampliar as coberturas vacinais em todo o país, priorizando a atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos.

No site do calendário digital de vacinação também é possível encontrar painéis de monitoramento da vacinação contra a covid-19 e contra a influenza, além de um vacinômetro, com números atualizados da vacinação no Brasil.

Atualmente, 48 imunobiológicos são distribuídos anualmente pelo PNI: 31 vacinas, 13 soros e quatro imunoglobulinas (anticorpos). Entre as vacinas, estão as indicadas no Calendário Nacional de Vacinação e também as indicadas para grupos em condições clínicas especiais, como pessoas com HIV ou indivíduos em tratamento de doenças, aplicadas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais.

Covid-19

A partir de 2024, a dose contra a covid-19 passará a fazer parte do PNI. A recomendação do ministério é que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença: idosos; imunocomprometidos; gestantes e puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com comorbidades; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; pessoas em instituições de longa permanência e trabalhadores; pessoas com deficiência permanente; pessoas privadas de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; funcionários do sistema de privação de liberdade; e pessoas em situação de rua.

Profissionais de saúde

De acordo com o ministério, a página do calendário digital também conta com conteúdo voltado para profissionais de saúde, incluindo publicações técnicas, atividades de microplanejamento e portarias. “Dessa forma, as equipes de saúde terão subsídios para planejar ações e traçar estratégias com o objetivo de melhorar a vacinação da população”, destacou a pasta.

Edição: Fernando Fraga

Professores e alunos criam Ambulatório de Planejamento Reprodutivo na Policlínica do HU-Univasf

Projeto é voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade e tem objetivo de avaliar satisfação e adaptação ao uso de DIU de cobre

Petrolina (PE) – Um projeto de extensão universitária resultou na criação de um Ambulatório de Planejamento Reprodutivo na Policlínica do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Neste local, as mulheres serão acolhidas, receberão informações sobre métodos contraceptivos e poderão, se quiserem, implantar o DIU de cobre, com monitoramento de três a seis meses após a inserção do dispositivo. Paralelamente, os pesquisadores vão avaliar o grau de satisfação e adaptação a este método.

A professora de Medicina Ana Cleide da Silva Dias, coordenadora do projeto, sinaliza que o ambulatório ficará em um dos consultórios da Policlínica e as mulheres poderão procurar espontaneamente o serviço ou serem encaminhadas pela rede básica e outras instituições. “Por meio de um link para inscrição em um perfil no Instagram para as interessadas preencherem um formulário e estamos articulando reuniões com médicos e enfermeiros da atenção primária para apresentar este projeto e, na medida do possível, eles encaminharem as interessadas ao ambulatório”, disse Ana Cleide, que é doutora em Enfermagem e Saúde Coletiva.
Segundo ela, o serviço será destinado a mulheres na faixa de 18 a 49 anos, em situação de vulnerabilidade sexual, moradoras de rua, presidiárias ou com algum tipo de transtorno mental, entre outras. Após a avaliação com a equipe formada por médico, enfermeiras e bioquímica, as mulheres que receberem o DIU de cobre serão monitoras por alunos de Medicina por um período de até seis meses, medindo o grau de satisfação e adaptação ao método.
“Este momento torna-se oportuno para que a equipe possa acolher a mulher, dirimir suas dúvidas e, caso esteja apresentando algum evento adverso que se sinta incomodada, será realizado o encaminhamento para que possa voltar no atendimento por um profissional de saúde do projeto”, explicou a coordenadora. Segundo ela, entre os possíveis eventos adversos estão aumento no fluxo menstrual e cólicas, por exemplo.
A coordenadora explicou que os alunos do projeto vão monitorar as mulheres que estiverem usando o DIU, uma vez que entre os objetivos da pesquisa está avaliar a satisfação e adaptação deste método. Os profissionais de saúde envolvidos também participarão da avaliação. “O método ainda é muito mitificado e, por isso, estamos preparados para este acolhimento e para estas ações educativas”, disse.
A professora explicou que as mulheres acolhidas serão informadas sobre outros métodos, mas o foco será o DIU de cobre, que é ofertado de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tem um índice superior a 98% de proteção, além de ter um tempo de uso longo. Segundo ela, devido à falta de informação e à dificuldade de acesso, muitas vezes, mulheres que precisam deste serviço acabam não utilizando este método”, afirmou.
O ambulatório deverá funcionar nas terças-feiras e a intenção é de inserir cinco dispositivos por dia, sempre de acordo com o interesse da mulher. “Já fizemos uma experiência com mulheres no presídio de Petrolina, onde ministramos uma palestra e, para nossa surpresa, seis mulheres se mostraram interessadas pela inserção do DIU”, disse.
Perfil sobre o projeto no Instagram: @projetodiu.univasf | Link para inscrição no projeto: bit.ly/projetodiu
Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Enfermeira do Biama do Hospital Dom Malan em Petrolina participa de capacitação em políticas públicas de amamentação em Recife

O Banco de Leite Humano (BIAMA) do Hospital Dom Malan em        Petrolina, representado pela a gerente, a enfermeira Joice Fonseca fez parte da capacitação em NBCAL (Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeirase) e a MTA (Mulher Trabalhadora que Amamenta). O evento que aconteceu durante toda esta semana foi promovido pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES).

Os facilitadores foram os membros do Ministério da Saúde, representados pela nutricionista Renata Guedes, a enfermeira Maristela Benassi e Rosana De Divitis, presidente da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar – International Baby Food Action Network (IBFAN), uma rede formada por mais de 270 grupos de ativistas espalhados por cerca de 160 países e que atua há mais de 40 anos para a melhoria da nutrição e saúde infantis.

O objetivo principal foi defender e fortalecer a amamentação.  Além das teorias tivemos oficinas importantes para tutor da mulher trabalhadora que amamenta. Discutimos também a proposta de implantação da Sala da Mãe Trabalhadora que Amamenta. Um momento que fortalece o trabalho que já realizamos no BIAMA do Hospital Dom Malan,” ressaltou Joice Fonseca.

BIAMA

O Banco de Incentivo e Apoio ao Aleitamento Materno (BIAMA) do HDM funciona todos os dias para apoiar as mães com dificuldade de amamentação. O banco também recebe doação de leite humano de doadoras voluntárias, que é pasteurizado e alimenta os recém-nascidos prematuros internados no Hospital Dom Malan.

O BIAMA recebe mulheres doadoras para manter o estoque regular e garantir leite para os bebês prematuros do HDM. As mulheres interessadas em fazer doações de leite ao Biama podem ligar para o telefone da instituição através do número (87) 3202-7002. Também é possível ir até o Banco de Leite com o cartão de gestante que funciona no Hospital Dom Malan, das 7h às 18h. Após o cadastro, a doadora receberá um kit, toucas, potes de vidros e máscaras, além de orientações para realizar a coleta e armazenamento de leite.

 Assessoria de Comunicação do Hospital Dom Malan Ismep

Outubro Verde: Prefeitura de Juazeiro alerta para os cuidados, prevenção e combate à sífilis

A campanha Outubro Verde chama a atenção para os cuidados, prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis e da sífilis congênita. A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Saúde (Sesau), reforça a campanha conscientizando a população sobre os cuidados para combater a doença e a importância da testagem.A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e suas principais formas de transmissão são por via sexual ou através da mãe contaminada pela doença para o bebê durante a gestação. “A grávida pode transmitir para o bebê através da placenta. A sífilis pode se manifestar, no início da infecção, através de ferimentos indolores na boca, na genitália ou no reto, por um período e depois desaparece”, explicou a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Midiane Rodrigues.Ainda segundo a enfermeira o uso de preservativo é necessário para prevenir a doença. “O uso de camisinha é fundamental, já que a sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). A população também precisa ter ciência de que o teste rápido é muito importante para diagnóstico e controle da doença”, destacou Midiane.TratamentoO tratamento é feito por meio do uso, com prescrição médica, de penicilina benzatina (benzetacil), disponibilizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município ou no Centro de Informação em ISTs, HIV/Aids e Hepatites Virais (CIDHA), localizado no Centro de Saúde III, no bairro Angari.Atualização dos profissionais sobre a doença

A Maternidade Municipal promoveu, através do Núcleo de Educação Permanente e Humanização da unidade, eventos para atualização dos profissionais sobre a doença. Foram realizadas rodas de conversas, durante os dias 24 a 26 de outubro, ministradas pelas facilitadoras:  Midiane Rodrigues, enfermeira da Vigilância Epidemiológica, e Maria Eduarda Cardoso, residente em Enfermagem Obstétrica.“Fizemos nossos encontros em turnos diferentes para que pudéssemos oferecer o conteúdo ao maior número de profissionais possível.  Reunimos cerca de 160 participantes entre, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos. Nosso objetivo é qualificar o processo de testagem das gestantes. Infelizmente, existe um índice alto de grávidas e puérperas que apresentam a doença e acabam contaminando os bebês. É muito importante também a notificação dessas contaminações”, explicou a assistente social do Núcleo de Educação Permanente e Humanização da Maternidade, Adriana Lima.Em Juazeiro, foram registrados, em 2022, 126 casos de sífilis em gestantes e 24 contaminações congênitas, já este ano, 24 grávidas foram diagnosticadas com a doença e ocorreram 12 contaminações em bebês.Texto: Marcela Cavalcanti – Ascom Sesau/PMJ

Sonora:  Midiane Rodrigues, enfermeira da Vigilância Epidemiológica