Saúde mental principal problema para os professores, aponta pesquisa

A saúde dos professores não vai bem no Brasil. É o que aponta o livro Precarização, Adoecimento & Caminhos para a Mudança. Trabalho e saúde dos Professores, lançado nesta semana pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro).livro foi lançado durante o V Seminário: Trabalho e Saúde dos Professores – Precarização, Adoecimento e Caminhos para a Mudança. Durante o seminário, os pesquisadores apontaram que, seja na rede pública ou na rede privada, os professores sofrem de um mesmo conjunto de males ou doenças, em que há predomínio dos distúrbios mentais tais como síndrome de burnout, estresse e depressão. Depois deles aparecem os distúrbios de voz e os distúrbios osteomusculares (lesões nos músculos, tendões ou articulações).

“Os estudos têm mostrado que as principais necessidades de afastamento para tratamento de saúde dos professores são os transtornos mentais. Quando olhávamos esses estudos há cinco anos, eles apontavam prevalência maior de adoecimento vocal. Mas isso está mudando. Hoje os transtornos mentais já têm assumido a primeira posição em causa de afastamento de professores das salas de aula”, disse Jefferson Peixoto da Silva, tecnologista da Fundacentro.

Segundo Frida Fischer, professora do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), entre os principais problemas enfrentados por docentes no trabalho está a perda de voz, a perda auditiva, os distúrbios osteomusculares e, mais recentemente, as doenças mentais. “Essas são as principais causas de afastamento dos professores”, disse, em entrevista coletiva.

Uma pesquisa realizada e divulgada recentemente pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) já havia apontado que muitos professores estão enfrentando problemas relacionados à saúde mental e que isso pode ter se agravado com a pandemia do novo coronavírus.

Violência

Outro problema que agravou a saúde dos professores é a violência, aponta Renata Paparelli, psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Segundo ela, o adoecimento dos professores pode ser resultado de três tipos de violência: a física, como as agressões e tapas; as ameaças; e também as resultantes de uma atividade psicossocial cotidiana, como os assédios, por exemplo, relacionados à gestão escolar. Além disso, destaca, há também os episódios de ataques contra as escolas.

As consequências dessas violências, diz Renata, podem resultar tanto em um problema físico, tais como uma lombalgia ou lesão, quanto em uma doença relacionada a um transtorno de estresse pós-traumático.

“A escola não é uma ilha separada de gente. A escola está dentro de uma comunidade, está na sociedade e todos os problemas da sociedade vão bater lá na porta da escola. O tempo todo a escola reflete os problemas que existem na sociedade”, ressaltou Wilson Teixeira, supervisor escolar da Secretaria Municipal de Educação da prefeitura de São Paulo. “Então, a escola também pode ser promotora de violência. Uma gestão autoritária, por exemplo, pode causar sim adoecimento dos professores”, destacou.

Além da violência, a falta de recursos ou de condições apropriadas também contribui para que o professor adoeça. Isso, por exemplo, está relacionado não só à infraestrutura da escola como também aos baixos salários, jornadas excessivas e até a quantidade de alunos por salas de aula. “As doenças relacionadas ao trabalho estão diretamente relacionadas às condições de trabalho, aos recursos que os professores têm para a administração de seu cotidiano. Quando as condições de trabalho são precárias, tanto em infraestrutura quanto em recursos ou exigências, e quando existe um desequilíbrio entre o que o professor tem de fazer e aquilo que é possível ser feito dentro daquelas condições, as pessoas vão adoecer”, disse Frida Fischer.

Para Solange Aparecida Benedeti Penha, secretária de assuntos relativos à saúde do trabalhador da Apeoesp, parte desses problemas podem ser resolvidos com o fortalecimento das denúncias e também por meio de negociações entre os sindicatos e os governos. “Defendemos menos alunos nas salas de aula, professores valorizados e, consequentemente, isso vai trazer uma melhoria para a educação”, disse.

Para Jeffeson Peixoto da Silva, todas essas questões demonstram que é necessário que sejam pensadas políticas públicas voltadas também para o bem-estar dos professores. “A principal conclusão do livro é a questão das políticas públicas, a importância de termos políticas públicas e que sejam favoráveis às melhorias das condições de saúde e de trabalho dos professores. Medidas pontuais podem beneficiar alguns, mas temos no Brasil um número muito grande de professores, mais de 2 milhões, que vivem em regiões e situações diferentes, então as políticas públicas são aquelas capazes de abranger toda essa necessidade”, disse Silva.

Edição: Aline Leal/Agência Brasil

Pacientes reumáticos têm mais risco de desenvolver tuberculose

Vacina BCG contra a Tuberculose. Foto: Prefeitura de Juazeiro

A pandemia de covid-19 fez com que muitos casos de tuberculose ao redor do mundo deixassem de ser notificados, diz a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso acredita-se que, nesse período, o número de pessoas com tuberculose não diagnosticadas e não tratadas possa ter aumentado.No Brasil, não foi diferente. Um boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em março deste ano revelou que a mortalidade por tuberculose no país voltou a crescer nos últimos anos. Em 2021 foram registrados 5.072 óbitos pela doença, aumento de 11,9% em relação a 2019. Foi a primeira vez, em quase 20 anos, que o país ultrapassou o número de 5 mil mortos pela doença. Desde 2002, quando foram registrados 5.162 óbitos, o Brasil não chegava a essa marca.

Para os pacientes de doenças reumáticas, o aumento nos casos não diagnosticados ao redor do mundo pode ser ainda mais preocupante, já que essas pessoas apresentam ainda mais risco de desenvolver a doença. “Se a pessoa tiver algum sintoma do músculo esquelético, é importante procurar um reumatologista”, disse o médico especialista José Eduardo Martinez, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

“A tuberculose é uma doença infecciosa, e a mais prevalente no mundo. Temos cerca de 10,4 milhões de novos casos de tuberculose por ano, segundo dados pré-pandemia. Durante a pandemia, os casos foram subnotificados e então perdeu-se um pouco o controle. Mesmo assim, tivemos um aumento do registro de novos casos de tuberculose de 2021 para 2022, aumento em torno de 3%”, disse Viviane Angelina de Souza, professora de reumatologia e da pós-graduação em Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) e coordenadora da Comissão de Doenças Endêmicas e Infecciosas da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões, e seu sintoma mais conhecido é a tosse, mas também provoca febre e perda de peso. A tuberculose é evitável e curável, mas é importante procurar ajuda médica rapidamente porque a cura depende do diagnóstico e tratamento precoce.

“Principalmente nos pacientes com doenças reumáticas imunomediadas – como artrite reumatóide, espondiloartrites e lúpus eritematoso sistêmico – existe uma condição que é altamente prevalente. Um quarto da população mundial apresenta essa condição, que é o que a gente denomina infecção latente pela tuberculose”, explicou.

E o que seria a infecção latente pela tuberculose? “A pessoa tem, no decorrer da vida, contato com o bacilo da tuberculose, mas o próprio sistema imunológico consegue bloquear a bactéria e não deixa que a infecção se desenvolva. Mas essa bactéria não é eliminada e fica adormecida”.

O que ocorre é que os pacientes com diagnóstico de doenças reumáticas imunomediadas e com tuberculose latente podem apresentar desequilíbrio no sistema imunológico. Nesse caso, as bactérias da tuberculose que estavam adormecidas podem ser liberadas e cair na circulação. Aí a tuberculose ativa pode ser ainda mais grave, atingindo não só o pulmão, mas também outros órgãos.

Viviane lembra que outras populações de alto risco de reativação de focos latentes são pessoas em situação de rua, asilados, população carcerária, profissionais de saúde e pacientes renais crônicos.

Para evitar que isso ocorra e que pessoas de alto risco apresentem sérias complicações, é necessária uma vigilância sobre os casos de tuberculose e de tuberculose latente. No Brasil, existe um plano para prevenir a doença. É o Plano Brasil Livre da Tuberculose que tem, entre suas metas, diminuir a incidência da doença e alcançar, até 2035, redução de 95% no número de mortes por ela causadas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento de pessoas com tuberculose latente é uma importante estratégia de prevenção para o controle da doença. “A OMS prevê que essa meta de acabar com a tuberculose no mundo vai atrasar. A principal maneira de acabar com os casos de tuberculose é identificar os portadores dessa bactéria adormecida, que é a tuberculose latente e, nas populações de risco, realizar o tratamento”. Todo o tratamento, destacou Viviane, pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou que, em abril deste ano, o governo instituiu o Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente, que vai integrar nove ministérios e pretende promover ações para erradicar esta e outras doenças com elevada incidência em regiões de maior vulnerabilidade até 2030.

“Outra importante estratégia é a incorporação de novos tratamentos para a doença. Em setembro de 2023, por exemplo, foi incorporado a pretomanida no SUS. O medicamento é administrado via oral, com menos efeitos colaterais, o que facilita a adesão e exige menos visitas de acompanhamento. Além disso, o tempo de tratamento também é reduzido: de dezoito para seis meses”, informou a pasta.

O ministério reforçou que a doença tem cura e que todo o diagnóstico e tratamento são oferecidos pelo SUS. De acordo com a pasta, a melhor forma de evitar a infecção é a detecção e o início precoce do tratamento. “Para as pessoas que receberam o diagnóstico de infecção latente, recomenda-se o tratamento preventivo da tuberculose”, ressaltou.

Também é importante tomar a vacina BCG, que protege as crianças das formas mais graves da doença.

*A repórter viajou a convite da Sociedade Brasileira de Reumatologia

Edição: Nádia Franco/Agência Brasil

Oftalmologista alerta para perigos de observar eclipse solar sem proteção adequada

No dia 14 de outubro, um eclipse solar anular – quando a lua passa entre a Terra e o Sol – deixará um círculo de luz no céu para ser admirado por alguns minutos. O fenômeno poderá ser visto por todo Brasil, entretanto, observar o eclipse sem a proteção adequada pode trazer prejuízos para a saúde da visão, alerta o oftalmologista Breno Leão.

“Devido às radiações solares no espectro ultravioleta, há alguns problemas que podemos desenvolver ao observar diretamente o sol, dentre elas ressecamento ocular agudo, ceratopatia ultravioleta e queimaduras solares perioculares. Em casos mais graves, e muitas vezes irreversíveis, apresentar retinopatia solar com lesão diretamente na retina dos fotorreceptores que resultará em comprometimento visual”, detalha o profissional, que é docente de medicina no Instituto de Educação Médica (IDOMED).

Diante desse perigo, as formas corretas de admirar o eclipse são através de telescópios solares especiais, câmeras e filtros solares. “Mas para aqueles que não possuem tais instrumentos, podemos fazer a visualização direta por meio do uso da máscara de soldador com vidro nº 14 ou numeração superior (quanto maior o número, mais escuro o filtro e mais seguro para observar); filtro de poliéster aluminizado que é translúcido ou óculos com filtro solar de poliéster, que não devem ser confundidos com óculos comuns de proteção solar”, orienta o especialista.

Assistir ao eclipse de forma indireta também pode ser uma alternativa. O Observatório Nacional, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (ON/MCTI), transmitirá ao vivo o eclipse anular do Sol. O evento poderá ser assistido através do YouTube. Clique aqui para assistir. “Outra forma indireta de observar é utilizando o princípio da câmara escura com o tutorial de montagem disponível facilmente na internet”, indica Breno Leão.

Cuidados importantes

Muitas pessoas fazem o uso de filmes de radiografias, filmes fotográficos antigos (negativo), câmeras de celulares comuns ou mesmo a observação direta para o sol usando bonés, chapéus ou mesmo a mão como anteparo. Contudo, as práticas são contraindicadas, pois dessa forma estão apenas tapando a luminosidade excessiva do sol, mas não possuem a proteção contra a radiação, que é justamente a parte nociva da exposição à luz solar.

“Por fim, vale ressaltar que mesmo com os aparatos corretos, não devemos observar de forma contínua o sol, e sim fazer intervalos de 30 segundos de observação do fenômeno com 2 a 4 minutos de descanso ocular. Apesar de lindo e raro, os eclipses são fenômenos passageiros que podem trazer danos permanentes à visão, então não vale a pena prejudicar sua visão por alguns minutos de fenômeno observado”, destaca o oftalmologista.

Sobre o IDOMED

O IDOMED é um grupo que reúne 17 escolas médicas e consolida a tradição de mais de 25 anos de experiência nesse segmento. Está presente em todas as regiões do país, com mais de 7,5 mil alunos e foco em excelência no ensino, aprendizado prático, tecnologia aplicada, desenvolvimento docente e conexão com a carreira médica. O grupo oferece programas de graduação, pós-graduação, especialização e cursos de aperfeiçoamento e atualização, e está entre os líderes na incorporação de tecnologia educacional voltada à formação em Medicina.

Campanha Multivacinação tem início em Petrolina e movimenta Unidades Básicas de Saúde 

A Campanha de Multivacinação tem o objetivo atualizar as cadernetas de imunização. Assim, a Prefeitura de Petrolina, através da Secretaria de Saúde, tem disponibilizado todos os imunizantes nas Unidades Básicas e segue programando ações em áreas descobertas e nas escolas, a fim de contemplar o maior número de crianças e adolescentes. Durante o final de semana a vacina foi oferecida na UBS Amália Granja, colocar o bairro, e no Projeto Irrigado Senador Nilo Coelho N1. Ao todo, 400 doses foram aplicadas. Também foram feitas ações de saúde bucal foram levadas para o povoado de Pau Ferro.  

A Campanha de Multivacinação é desenvolvida para atender crianças e adolescentes menores de 15 anos. Os pais ou responsáveis podem levar os pequenos nas UBSs durante todo o mês de outubro para atualizar a carteira de vacinação. “Imunizar é a melhor maneira de proteção para as nossas crianças e adolescentes. Por isso, você papai, mamãe ou responsável por um menos de 15 anos, procure o posto de saúde mais próximo de sua casa e vacine quem você mais ama”, destacou a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Marlene Leandro.  

No povoado de Pau Ferro, as ações de cuidado também contemplaram a saúde bucal e atenderam as demandas do público infantil. A equipe odontológica ensinou para as crianças sobre escovação, limpeza correta dos dentes e sobre os riscos e doenças que podem ocorrer devido a uma má higienização da boca. De acordo com a diretora de Saúde Bucal, Roberta Teixeira, cuidar do sorriso vai além de estética. “A nossa meta é combater as doenças na boca, como cáries e doenças na gengiva. Para que isso ocorra, nós fazemos a prevenção, as equipes de saúde bucal vistam as comunidades e auxiliam as pessoas sobre a escovação, uso do fio dental, importância da visita periódica ao dentista. tudo isso faz com que possamos prevenir doenças bucais”, concluiu.  

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Texto: Débora Sousa – Assessora de Comunicação da Secretaria de Saúde 

Prefeitura de Juazeiro inicia Campanha Multivacinação conscientizando sobre a importância da imunização

Prevenção e diversão foram as palavras de ordem em Juazeiro neste sábado (7). A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), iniciou a Campanha Multivacinação com brincadeiras, jogos e muita alegria para conscientizar sobre a importância da vacinação.A Sesau organizou uma ação na praça São Tiago Maior, centro, para iniciar a campanha. Além das vacinas, as crianças brincaram na cama elástica, interagiram com o Zé Gotinha e receberam orientações e kits de higiene bucal do “Programa Um Sorriso do Tamanho do Brasil”.Raimunda Vieira trouxe os filhos para manter o esquema vacinal das crianças em dia. “Vacinar é muito importante para mantê-los longe das doenças. Gostei muito da ideia das brincadeiras, porque eles ficam mais animados e ajudam a distrair e perder o medo da vacina”, comentou.Todas as Unidades Básicas de Saúde, da zona rural e urbana, também funcionaram neste sábado para aplicar as doses. As unidades organizaram atividades especiais com a participação de palhaços, decoração especial com balões e muitas brincadeiras.Vacinação até o final de outubro

A Campanha Multivacinação faz parte do Movimento Nacional pela Vacinação, iniciado em fevereiro pelo Governo Federal, para retomar as altas coberturas vacinais no país. “Todas as unidades têm sido abastecidas pelo Ministério da Saúde, através do Governo do Estado, com as vacinas que fazem parte do calendário nacional. Pedimos aos pais e responsáveis que observem as cadernetas de vacinação das crianças e dos adolescentes menores de 15 anos, procurem as UBS para esclarecer qualquer dúvida e tomar as doses necessárias”, orientou a superintendente de Vigilância em Saúde, Caroline Moraes.A campanha segue em Juazeiro até o dia 28 de outubro, as UBS aplicam as doses de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. É preciso levar RG ou certidão de nascimento, carteira de vacinação e cartão SUS da criança ou do adolescente com menos de 15 anos. Também foi planejado um cronograma de vacinação aos sábados.Confira o cronograma:14/10 – Argemiro, Tabuleiro, CSU e São Geraldo21/10 – Santo Antônio, Itaberaba, Dom José Rodrigues e Alto da Maravilha  28/10 – Piranga, João Paulo II, João XXIII e AlagadiçoTexto: Marcela Cavalcanti – Ascom Sesau/PMJFotos: – Marcel Cordeiro – Ascom/PMJ

Profissionais de enfermagem do Centro de Parto Normal passam por capacitação  

Trazer as crianças ao mundo de forma segura é a prioridade das equipes que fazem o Centro de Parto Normal (CPN). A Prefeitura de Petrolina, com o intuito de ampliar o conhecimento dos profissionais, vem investindo em capacitações de diversas áreas e desta vez, as enfermeiras e técnicas do CPN foram contempladas. 

Foi realizada uma capacitação sobre técnicas para alívio da dor durante o trabalho de parto e a facilitação do encaixe do bebê com exercícios pélvicos. A fisioterapeuta pélvica, Ana Carolina Cunha, trouxe técnicas novas, fez demonstrações com a equipe e tirou as dúvidas das profissionais.

A diretora técnica do Centro de Parto Normal, Viviane Spinola, ressalta que essas capacitações são importantes para ajudar as gestantes.  “Estamos sempre em busca de aprimorar o conhecimento dos nossos profissionais. A prioridade do prefeito Simão Durando é ajudar todas as mulheres a terem um parto seguro, sem traumas e humanizado”, destaca. 

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Texto: Jhulyenne Souza – Assessora de Comunicação da Secretaria de Saúde  

O câncer chegou em silêncio e sem dor aos 29 anos,”  disse a palestrante na abertura do Outubro Rosa no Hospital Dom Malan ISMEP em Petrolina

O Hospital Dom Malan ISMEP em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, começou nesta segunda-feira (02), a programação de ações do Outubro Rosa. O mês dedicado à prevenção do câncer de mama é uma campanha que tem como objetivo divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.

A primeira palestra realizada para os profissionais da unidade, orientou o autoexame, importante para o diagnóstico precoce. “Nós vamos falar também sobre o que acontece depois do diagnóstico do câncer de mama e sobre os cuidados dos profissionais de saúde com as lesões cancerígenas das pacientes. Outra abordagem é sobre como orientar as pacientes sobre o autoexame, por exemplo de mulheres que não menstruam, quando fazer, como fazer, ” destacou a coordenadora de enfermagem, Djenane Cristovam.

A professora e bióloga Tamires Gonçalves, de 33 anos, foi diagnosticada com câncer de mama aos 29. “O câncer veio em silêncio. O incômodo de dor veio na mama que o caroço não era maligno. Onde doía não tinha câncer. Onde não havia dor, ele estava lá. O tratamento foi dolorido, mas eu tive uma boa rede de apoio com amigos e familiares.

Na palestra para os profissionais do HDM ISMEP, Tamires ressaltou como paciente oncológica a experiência da relação com os profissionais de saúde.  “Na primeira médica não senti nenhum apoio. Parecia que tudo era, se tiver dinheiro, te livro da doença. O segundo médico me tratou de forma mais humanizada e isso contou muito. Foi importante em tudo,” destacou.

Câncer de mama

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos.  No Brasil, a doença ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, em 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

Outubro Rosa

A campanha do Outubro Rosa é o movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, Outubro Rosa, foi criado no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama — o laço cor-de-rosa — foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure é distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e, desde então, promovida anualmente.

O período é celebrado no Brasil e no exterior com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, a fim de contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença.

Por: Assessoria de Comunicação do Hospital Dom Malan Ismep

Vacinas também ajudam a conter surgimento de bactérias resistentes

A automedicação e a prescrição incorreta de antibióticos estão entre as maiores preocupações das autoridades de saúde, que temem que esses problemas continuem a selecionar cada vez mais bactérias resistentes a esses medicamentos, inviabilizando ou encarecendo tratamentos. Nesse contexto, bloquear a transmissão de bactérias, prevenir as infecções e reduzir o uso de antibióticos está entre as vantagens que as vacinas trouxeram para a saúde pública.A diretoria da Sociedade Brasileira de Imunizações Flávia Bravo explica que esse é um papel fundamental de vacinas como a pneumocócica, que previne contra a bactéria Streptococcus pneumoniae.

Flávia Bravo destaca papel das vacinas na contenção de bactérias – Divulgação/SBIm
“A bactéria até consegue invadir, mas o corpo passa a ter o arsenal para atacar antes que ela cause qualquer estrago. Se você não for vacinado, ela vai fazer um estrago, pequeno, médio ou grande. E como você trata? Com antibiótico. Se você começa a tratar inadequadamente, com doses menores ou toma certo e uma bactéria consegue escapar desse antibiótico, estou criando bactérias resistentes. O uso de antibióticos vai treinando e selecionando as bactérias.”

O resultado disso é que os antibióticos mais usados, chamados de primeira linha, passam a ser menos eficazes, e isso exige que novos medicamentos entrem em ação. “Assim a gente vai depender do desenvolvimento de antibióticos cada vez mais caros, de menor acesso e com mais eventos adversos, para tratar uma bactéria que você poderia nem ter pegado, com a vacinação. Se eu não tiver doença, eu não preciso usar antibiótico, e não vou selecionar cepas resistentes.”

A prescrição de antibióticos para situações não necessárias, como em viroses, ou sua administração incorreta durante tratamentos são motivos de recorrentes alertas de autoridades sanitárias e sociedades médicas. O Ministério da Saúde aponta que alguns dos principais erros relacionados são o uso desses medicamentos sem receita médica, recorrendo a eles em caso de gripe ou garganta inflamada, por exemplo, usando remédios que sobraram de um tratamento anterior, sem passar por avaliação profissional.

A preocupação com o tema cresceu durante a pandemia de covid-19, quando médicos recorreram aos antibióticos indevidamente de forma frequente para tratar a doença. Quadros específicos da doença, especialmente quando envolvem internações, podem associar a covid-19 à infecção por bactérias, exigindo o uso de antibióticos, mas especialistas identificaram que houve uso excessivo durante a emergência sanitária.

Vacina Pneumocócica 23-valente – Ascom SMS
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chegou a alertar que, em 2019, o número de bactérias resistentes detectadas por laboratórios públicos era pouco maior que mil. Em 2020, no primeiro ano da pandemia, esse número dobrou. E, em 2021, mais que triplicou.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária chegou a emitir uma nota técnica em 2021 para reforçar que os antibióticos não são indicados no tratamento de rotina da covid-19, já que a doença, é causada por vírus e esses medicamentos atuam apenas contra bactérias. Eles são recomendados apenas para os casos com suspeita de infecção bacteriana associada à infecção viral.

O uso incorreto, porém, é apenas uma das causas da preocupação com bactérias resistentes. Também estão relacionados a esse problema falhas no controle de infecções em hospitais e clínicas, capacitação insuficiente de alguns profissionais de saúde e excesso de uso de antibióticos em animais destinados à alimentação humana.

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Fonte: Agência Brasil

Setembro Amarelo: Serviço psicossocial realiza ação de valorização da vida no  Hospital Dom Malan em Petrolina

A equipe psicossocial através dos seus profissionais estão realizando durante todo o mês, ações de valorização à vida e prevenção ao suicídio junto aos pacientes do Hospital Dom Malan Ismep, em Petrolina.  A programação é parte do Setembro Amarelo, movimento que já consolidou como a maior se prevenção ao suicídio no mundo. Em 2023, o lema é “Se precisar, peça ajuda!”

 “As psicólogas e assistentes sociais do hospital fazem um trabalho psicossocial com pacientes, acompanhantes e funcionários com relação à valorização da vida, para que assim haja prevenção ao suicídio. É importante porque o hospital como local de trabalho é um ambiente estressante. A gente pensa a saúde mental, para que se tenha controle em relação a isso, para fazer o melhor para nós e para as outras pessoas. Estamos falando sobre o assunto de formas lúdicas que a equipe proporciona para facilitar a absorção do tema que é delicado e cercado de tabus, ” destaca a coordenadora de serviço social do HDM ISMEP, Kátia Carreiro.

A mobilização dos assistentes sociais começa já na sala de acolhimentos às mulheres, na triagem da obstetrícia. De forma lúdica, os profissionais despertam nas pacientes a importância de entender conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio. “A gente conversa com pacientes internadas e acompanhantes nas enfermarias, na casa de apoio onde estão as mães de alta, que têm bebês internados, nas emergências onde as mulheres estão aguardando atendimento e com os profissionais, em cada setor, a equipe psicossocial está trabalha a valorização da vida. Estamos percebendo uma boa adesão com os resultados que estamos colhendo durante as atividades lúdicas, ” finaliza Kátia.

Dados

De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. A estimativa é de um milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia no país.

O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Ainda segundo a Organização Mundial de Saúde, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama – ou guerras e homicídios.

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.

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Por: Assessoria de Comunicação do HDM / ISMEP 

Defesa Civil de Petrolina alerta para cuidados em dias de calor intenso 

Foto: Nelson Fontes

Nos últimos dias uma onda forte de calor tem atingido muitas cidades em todo o Brasil, e em Petrolina não está sendo diferente. A massa de ar seco e quente que está na cidade, vai fazer com que as temperaturas atinjam a marca dos 38ºC nos próximos dias, com uma sensação acima de 40ºC. Por conta disso, a Defesa Civil alertou a população para que alguns cuidados durante esse período quente sejam seguidos.  

“Junto a esse aumento da temperatura, temos um clima muito seco, com índice de umidade relativa que pode chegar entre 10% e 20%. Então é muito importante seguir as orientações para a preservação da saúde, principalmente no período da tarde”, alerta o coordenador adjunto da Defesa Civil, José Welton de Aquino. Ele lembra ainda em caso de dúvidas, as pessoas podem entrar em contato com a Defesa Civil pelo número de telefone 153.  

 Recomendações da Defesa Civil: 

 – Use ar-condicionado combinado com o umidificador principalmente durante o dia, pois ele deixa o ambiente mais seco. Caso não tenha umidificador pode utilizar panos molhados ou vasilha com água para melhor a qualidade do ar do ambiente;

– Procure manter os ambientes com temperaturas mais baixas do que 32ºC, especialmente naqueles com idosos; 

– Tome banho frio; 

– Minimize exposições diretas ao sol; 

– Hidrate-se, bebendo água regularmente e outros líquidos não alcoólicos; 

– Coma alimentos leves, frescos e de fácil digestão, tais como frutas e saladas; 

– Vista roupas folgadas e de cores mais claras; 

– Tenha cuidados especiais com os idosos, doentes ou pessoas frágeis que podem precisar de ajuda para responder ao calor; 

Evitar: 

 – Direcionar ventiladores portáteis para si quando as temperaturas no ambiente estiverem mais altas do que 32ºC; 

– Deixar crianças e animais sozinhos nos carros durante qualquer período de tempo; 

– Beber álcool para se manter fresco; 

– Comer alimentos quentes, pesados ou de difícil digestão; 

– Vestir roupas pesadas e escuras. 

Texto: Luzete Nobre – Assessora de Imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Sustentabilidade 

Foto: Nelson Fontes