Justiça do Rio suspende bloqueio de bens do Grupo Americanas

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu, nesta sexta-feira (13), uma tutela cautelar antecipada pedida pelo Grupo Americanas S.A, para suspender toda e qualquer possibilidade de bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa, assim como adiar a obrigação da companhia de pagar suas dívidas até que um provável pedido de recuperação judicial seja feito à Justiça.

A decisão é do juiz titular da 4ª Vara Empresarial do Rio, Paulo Assed Estefan. Em seu pedido de tutela, a Americanas afirma que a descoberta do rombo contábil de R$ 20 bilhões, referente a exercícios anteriores – incluindo o ano de 2022 –, anunciado na última quarta-feira (11) em um fato relevante, pode acarretar “no vencimento imediato de dívidas em montante aproximado de R$ 40 bilhões”.

O comunicado da Americanas sobre o rombo no balanço, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), foi divulgado na última quarta-feira, após o fechamento da Bolsa. O documento informou também que o presidente da companhia, Sérgio Rial deixou o cargo, nove dias após assumir.

O diretor financeiro, André Cove, também renunciou ao cargo. Ele chegou à companhia junto com Sérgio Rial. Os dois executivos tinham sido bem avaliados pelo mercado de capitais. Quando chegaram a Americanas, as ações da companhia subiram mais de 20%.

Como consequência do comunicado, o mercado ficou apreensivo e a B3, bolsa de valores de São Paulo, colocou os papéis ordinários da Americanas em leilão.

A empresa diz que praticamente todos os contratos financeiros possuem cláusulas de vencimento antecipado, o que justifica o risco de insolvência. Segundo a Americanas “as instituições financeiras podem se apropriar de valores existentes em contas-correntes e de investimentos, de forma administrativa, em razão das cláusulas contratuais para compensação de seus créditos, inviabilizando o exercício da atividade empresarial”.

Alguns credores já estariam notificando a companhia, para declarar o vencimento antecipado das obrigações, com constrição de recursos em montante superior a R$ 1,2 bilhão, como foi feito pelo Banco BTG Pactual.

Na decisão, o magistrado escreveu: “Ante a instantaneidade dos efeitos deletérios desta situação fática, na medida em que o fato relevante foi apresentado ao mercado em 11.01.2023 e as constrições já estão sendo efetivadas na data de hoje, 13.01.2023, é plenamente justificável o deferimento da medida, com vistas a evitar o exaurimento de todos os ativos da Companhia, por credores altamente qualificados, em detrimento dos demais credores e, principalmente, da própria manutenção da atividade econômica”.

O juiz Paulo Assed Estefan nomeou como administradores judiciais, para atuar já durante o período da cautelar, a empresa Preserva-Ação, na pessoa de seu sócio administrador Bruno Rezende, e o Escritório de Advocacia Zveiter.

A administração judicial deverá apresentar, no prazo de 30 dias corridos, relatório pormenorizado sobre as atividades do grupo, as providências que estão sendo implementadas pelo “comitê independente do Grupo Americanas”, mas sem se limitar a estas, a fim de franquear aos credores e demais interessados, o acesso às informações.

O magistrado também fixou prazo improrrogável de 30 dias corridos, para que a empresa apresente o pedido de recuperação judicial, sob pena de perda imediata da eficácia da medida cautelar deferida.

Medidas

A CVM, autarquia federal responsável pela regulação do mercado de capitais no Brasil, diante dos recentes fatos e informações apresentadas pela Americanas, comunicou que está adotando as providências cabíveis para esclarecimento dos fatos.

A comissão informou também sobre a abertura de três processos administrativos em diferentes superintendências e áreas de atuação da autarquia. Segundo a CVM, cabe a ela garantir o funcionamento eficiente do Mercado de Capitais e preservar um ambiente propício aos princípios constitucionais para todos os agentes de mercado.

Na nota, a autarquia informou ainda que “após a investigação e apuração dos atos, fatos e eventos, caso venham a ser formalmente caracterizados ilícitos e/ou infrações, cada um dos responsáveis poderá ser devidamente responsabilizado com o rigor da lei e na extensão que lhe for aplicável, sendo facultado à CVM recorrer também aos convênios e acordos de cooperação com Polícia Federal e Ministério Público Federal”.

Edição: Denise Griesinger  Agência Brasil

Entenda a nova lei que equipara a injúria racial ao racismo

A equiparação do crime de injúria racial ao de racismo, sancionada nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, corrige uma distorção, afirmam especialistas ouvidos pela Agência Brasil. “Essa mudança na lei vem reparar uma grande injustiça”, diz o presidente da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) em São Paulo, Irapuã Santana do Nascimento da Silva, em referência à Lei 14.532 de 2023.

Irapuã explica que o crime de racismo está previsto pela Lei 7.716 de 1989, mas que, em 1997, houve uma mudança que acabou criando a diferenciação entre as ofensas racistas dirigidas diretamente a uma pessoa e a discriminação racial. “Se observarmos o que aconteceu dentro do processo legislativo, na calada da noite, simplesmente colocaram a injúria racial no Código Penal em vez de colocar na Lei 7.716.”

Assim, na prática, a injúria se tornou um crime menos grave, com pena menor, que poderia ter a possibilidade de punição extinta após um prazo determinado, diferentemente do racismo, que é imprescritível. Do mesmo modo, a injúria racial previa a possibilidade de o acusado responder em liberdade com o pagamento de fiança, o que não é autorizado no caso de racismo.

De acordo com Irapuã, a mudança legal acompanha os entendimentos recentes dos tribunais superiores. Em outubro de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o crime de injúria racial não prescreve e que os casos poderiam ser enquadrados criminalmente como racismo.

O professor da Faculdade Presbiteriana Mackenzie e autor do livro Racismo Recreativo, Adilson Moreira, diz que a injúria racial é uma das modalidades de discriminação por raça, cor ou origem.

Segundo Moreira, racismo é quando se comete um ato intencional e arbitrário para colocar uma pessoa racializada em desvantagem. Isso pode acontecer pela negação de direitos, pela não prestação de serviço por uma instituição pública ou privada, pelo impedimento ao acesso a postos de trabalho. Essas condutas já estavam explicitamente proibidas pela lei que punia o racismo.

A injúria, ressalta Moreira, é o ataque à honra, no caso da ofensa racial, envolvendo a cor, raça ou origem da pessoa. “[É] quando uma determinada mensagem afeta o senso de dignidade pessoal.”

Apesar da diferenciação entre as condutas que vigorava até a semana passada, o professor afirma que a intenção das ações é a mesma. “É um ato intencional que procura impor uma desvantagem a alguém”, destaca. “Motivados por estereótipos, por falsas generalizações sobre um determinado grupo, pela ideia de que essas pessoas, por serem inferiores, não merecem nem as mesmas oportunidades, nem o mesmo nível de respeitabilidade social que pessoas brancas têm.”

Falta de punição

Porém, a diferenciação legal entre injúria e racismo fazia com que, na prática, não houvesse punição para a maior parte dos crimes. “Praticamente ninguém foi até hoje condenado pelo crime de racismo”, diz. “O que muitos advogados sempre fizeram era solicitar a desclassificação do crime de racismo para o crime de injúria racial”, acrescenta.

Na avaliação de Moreira, isso também tem a ver com a aplicação da lei pela polícia e pelo Judiciário. “Grande parte do dos juízes dos tribunais tem pouco ou nenhum conhecimento do que é racismo, do que é discriminação, do que é o direito antidiscriminatório. E, além disso, nossos tribunais são fundamentalmente compostos por pessoas brancas, heterossexuais de classe alta. Portanto, sempre houve uma negação da relevância social do racismo, seja pelos delegados, seja pelo Ministério Público, e também pelos juízes.”

A nova lei acerta, na opinião do professor, ao trazer penas mais duras se as ofensas racistas ocorreram em ambientes culturais, esportivos ou pelo humor. Para Moreira, piadas e supostas brincadeiras são uma forma usada para praticar o racismo de forma escamoteada. “Quando pessoas brancas, ou instituições controladas por pessoas brancas, utilizam o humor hostil para reproduzir estereótipos raciais para atingir pessoas negras, asiáticas e indígenas”, explica.

O professor enfatiza que o ódio e desprezo expressos dessa maneira, muitas vezes, servem para garantir o espaço das pessoas brancas nas melhoras posições sociais, em detrimento das negras e indígenas. “O que está por trás desse racismo maroto é a supremacia branca [ideia de que as populações brancas são superiores às demais]”, enfatiza sobre as ações que acabam criando ambientes em que as pessoas negras não conseguem permanecer.

Citando um exemplo real, Moreira contou o caso em que uma mulher negra que assumiu cargo de chefia em um banco e foi alvo de um ataque coordenado com piadas e ofensas racistas por outros funcionários de seu setor. Ela acabou pedindo demissão por causa do nível de hostilidade no ambiente de trabalho. Se ela tivesse sido simplesmente demitida, o caso poderia ser enquadrado como racismo, enquanto as ofensas, antes da nova lei, poderiam ser classificadas apenas como injúria racial, apesar de terem o mesmo resultado na prática.

As penas para injúria na nova lei, inicialmente entre dois e cinco anos de prisão e multa, também podem ser aumentadas caso as ofensas sejam feitas para atacar a religiosidade de alguém. De acordo com Moreira, ataques às religiões de matriz africana são um problema “muito grave” no Brasil e têm partido, essencialmente, de “radicais religiosos” de algumas correntes evangélicas.

Edição: Nádia Franco – Agência Brasil

O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) tem novo presidente

O Governo do Estado anunciou, nesta sexta-feira (13), Joaquim Neto de Andrade Silva como o novo presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca. Ele estará à frente do instituto atuando com ações de assistência técnica, pesquisa e extensão rural no fortalecimento da infraestrutura hídrica, com atenção prioritária aos agricultores e criadores. A nomeação será publicada na edição do Diário Oficial do Estado deste sábado (14). 
 
Joaquim Neto de Andrade Silva é formado em Zootecnia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, e já desenvolveu grandes projetos na área de planejamento agropecuário, inseminação, reprodução, nutrição, pastagem e melhoramento dos rebanhos de bovinos e caprinos na região. Foi prefeito de Gravatá por três mandatos, sendo o último finalizado em 2020. 
 
Fotos: Divulgação/SEI

Operação Praia Legal do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região Pernambuco CREF12/PE notifica quatro pessoas pelo exercício ilegal da profissão no Litoral Pernambucano

O Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região Pernambuco (CREF12/PE) realizou entre os dias 09 e 13 de janeiro, a Operação Praia Legal, na orla das cidades do Recife, de Olinda, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Tamandaré e São José da Coroa Grande,

O objetivo foi coibir o exercício ilegal da profissão e orientar as pessoas que praticam atividades físicas nas praias sobre a importância de buscarem acompanhamento de um Profissional de Educação Física habilitado junto ao Conselho.

Ao todo, 40 atividades fiscalizadas (personal trainer, treinamento funcional, vôlei de praia, beach tênis e natação); 42 profissionais de Educação Física; oito estudantes, quatro pessoas foram notificadas pelo exercício irregular da profissão e duas atividades suspensas por funcionar sem profissional.

“ Chegamos ao final da Operação Praia Legal com um saldo positivo. A atuação das nossas equipes de Orientação e Fiscalizações foram bem avaliadas tanto pelos Profissionais de Educação Física quanto pelos usuários. O nosso objetivo é verificar se o Profissional de Educação Física possui registro profissional – a Cédula de Identidade Profissional (CIP) e retirar do mercado pessoas não habilitadas a orientar atividades físicas esportivas e similares. Os alunos salientaram a importância de se verificar a legalidade dos profissionais e ficaram satisfeitos em saber que seus instrutores estavam regularizados”, destacou Rebekka Kretzschmar Torres (CREF 003456 –G/PE), agente de Orientação e Fiscalização do CREF12/PE.

Em uma dessas fiscalizações, na orla da praia em Olinda, na Região Metropolitana, a aposentada Roziane Ferreira, de 65 anos, que realiza diversas atividades, entre elas, ginástica três vezes na semana no local, aprovou a iniciativa do CREF12/PE.

“ Acho a fiscalização importante porque existem pessoas que dão aulas, mas não são formados, não sabem se está fazendo certo ou errado. Quando vou fazer uma atividade física procuro saber se o professor é formado porque vou entregar à minha saúde ao profissional”.

“ O CREF12/PE ajuda o Profissional de Educação Física a atuar de forma regulamentada e também orienta às pessoas sobre a importância de um trabalho qualificado com pessoas habilitadas”, enfatizou a Profissional de Educação Física, Otávia Aragão (CREF 003803 -P/PE) registrada e que desenvolve aulas de ginástica voltada para mulheres da terceira idade na Orla de Olinda.

As fiscalizações do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região Pernambuco (CREF12/PE) seguem em todos espaços com exercícios físicos como praias, academias, escolas, parques, studios e etc para que a sociedade tenha acesso a um serviço de qualidade evitando acidentes ou até mortes dependendo do treino realizado com pessoas leigas.

Qualquer cidadão pode fazer uma denúncia anônima do exercício ilegal da profissão ou de espaços de prática da Educação Física clandestinos. Denuncie pelo telefone/WhatsApp (81) 9 8877 6678, pelo e-mail fiscalizacao@cref12.org.br ou pelo site: cref12.org.br. O sigilo é garantido.

Tradição: cerca de 50% dos aprovados na OAB em Petrolina e Juazeiro são alunos da Facape 

Referência no ensino de Direiro na região, a Faculdade de Petrolina (Facape), mais uma vez se destacou no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em um total de 115 aprovados nas cidades de Petrolina e juazeiro 57 são alunos da Facape. 

Com 16 anos de tradição, o curso de Direito da Facape, certificado por duas vezes com o ‘Selo OAB Recomenda’, todos os anos tem aprovação expressiva de alunos no Exame da Ordem que é um requisito necessário para a inscrição nos quadros da OAB como advogado. O Exame de Ordem pode ser prestado por bacharel em Direito, ainda que pendente apenas a sua colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada. Poderão realizá-lo os estudantes de Direito do último ano do curso de graduação em Direito ou dos dois últimos semestres. 

O coordenador do Colegiado de Direito da Facape, Carlos Romeiro, destaca que as aprovações são a recompensa do esforço e dedicação de docentes e discentes e apoio familiar. “Parabenizo nossos(as) alunos(as)pela aprovação no XXXVI Exame da Ordem, estamos imensamente felizes com o resultado, entendo que tudo é um  processo e que estamos no caminho certo na formação acadêmica preparando profissionais sempre preocupados com a ética e com a transformação de um  mundo cada vez mais justo”, disse. 

Texto: Karyne Ramos – Estagiária Ascom/Facape    

Sob supervisão: Magnólia Costa – Assessora de Comunicação da Facape  

Governo fecha Esplanada contra atos: ‘Fatos inaceitáveis não se repetirão’

Com apoiadores do ex-presidente Bolsonaro convocando atos pelo Brasil, o interventor no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, determinou hoje uma série de medidas. Há dois atos sendo convocados por golpistas, um na Esplanada dos Ministérios e outro perto do Palácio do Buriti, sede do governo do DF.

“Não há hipótese de se repetir na capital federal os fatos inaceitáveis que aconteceram no último dia 8.

“Todas as forças de segurança estarão mobilizadas em alerta máximo”, acrescentou Cappelli. A Esplanada e Praça dos Três Poderes já estão fechadas para carros —Apenas autoridades podem transitar em veículos. Nas avenidas laterais, há uma blitz do Detran para quem acessa a área próxima à praça.

Providências em Brasília As providências foram tomadas depois de uma reunião na manhã de hoje que contou com as forças de segurança do Distrito Federal e integrantes do GSI, gabinete que faz a segurança do presidente da República.

As medidas são as seguintes:

  • Esplanada dos Ministérios cercada;
  • Barreiras de revista e bloqueio;
  • Manifestantes revistados pela PM;
  • Todo efetivo mobilizado;
  • Inteligência da PF e da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal monitoram a situação.

Protocolo de segurança

Mochilas serão revistadas e a área da Esplanada dos Ministérios estará fechada até mesmo para pedestres. A lista de proibições na manifestação é ampla e pretende evitar um novo acampamento ou violência:

  • Não é permitido canivete, fogos de artifícios e produtos inflamáveis;
  • Proibida a montagem de barracas;
  • Carros de som não serão autorizados;
  • Faixas e bandeiras com hastes serão recolhidas;

A lista de proibições é grande, mas faixas pedindo golpe militar serão permitidas.

Moraes manda governos agirem

As medidas tomadas pelo interventor ocorrem depois de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes divulgada nesta manhã. Ele atendeu pedidos da Advocacia Geral da União e determinou o seguinte:

  • Impedir tentativas de bloqueio de vias públicas e rodovias;
  • Prisão em flagrante de quem desobedecer as forças de segurança;
  • Identificação dos veículos usados no ato;
  • Bloqueio de grupos no Telegram.

Grupos bolsonaristas convocam para novos atos.

Extremistas se organizam para uma possível ação em nível nacional e marcaram para as 18h de hoje a “Mega manifestação nacional – retomada do poder”, com ameaças de:

  • Invasão de prédios públicos;
  • Depredação de sede de instituições;
  • Greve geral;
  • Fechamento de rodovias.

Reincidentes serão presos

As manifestações não estão proibidas, afirmou o interventor. “Protesto pacífico não há problema algum. A constituição garante direito a livre manifestação”.

Mas as forças de segurança estarão atentas para um grupo. A Polícia Federal liberou 599 pessoas que estavam detidas por questões humanitárias: idosos, gestantes, adultos com crianças e doentes. Caso estes manifestantes sejam identificados participando dos atos de hoje, serão preso

 

Fonte: Noticias.uol

STF delega realização de audiência de custódia dos presos por terrorismo em Brasília às Justiças Federal e do DF

Com o objetivo de dar a maior celeridade possível ao procedimento, as audiências de custódia das cerca de 800 pessoas presas em flagrante após as invasões do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorridas no domingo (8), serão realizadas por juízes federais e distritais.

A realização do mutirão foi decidida na tarde desta terça-feira (10) em reunião convocada pelo ministro Alexandre de Moraes, que decretou as prisões, com o corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão; o vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador Marcos Augusto de Sousa; o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), desembargador José Cruz Macedo; o corregedor do TJDFT, desembargador J.J. Costa Carvalho; o secretário-geral do TJDFT, Celso de Oliveira Neto; os juízes auxiliares da Presidência do TJDFT, Luís Martius Bezerra Júnior e Rodrigo Godoy; os juízes auxiliares da Corregedoria do TJDFT, Clarissa Menezes Vaz Masilli e Fernando Mello Batista da Silva; e os delegados da Polícia Federal Ricardo Saad e Alessandro Lopes.

Durante o encontro, ficou estabelecido que as informações sobre a situação dos presos envolvidos nos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes serão centralizadas na Corregedoria Nacional de Justiça, órgão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que atuará junto aos dois tribunais. As informações das audiências serão remetidas pelo CNJ ao ministro Alexandre de Moraes, que decidirá sobre a necessidade de manutenção das prisões.

No momento, há cerca de 800 presos identificados. Em torno de 200, que tiveram as prisões efetuadas pela Polícia do Distrito Federal, já foram transferidos ao sistema prisional do DF.

As audiências de custódia, realizadas sempre com o acompanhamento de advogado ou defensor público e membro do Ministério Público, permitem ao juiz analisar a situação de cada pessoa detida e averiguar se permanecem os motivos que fundamentaram a custódia. Permitem, ainda, verificar a ocorrência de eventual tratamento desumano ou degradante.

Compesa inicia novos trechos da obra de esgoto de Jaboatão dos Guararapes

A Compesa, por meio da parceira BRK, iniciou esta semana os serviços de implantação de redes de esgoto em novas frentes de trabalho nos bairros de Cajueiro Seco e Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. A obra segue avançando para ampliar o acesso à coleta e ao tratamento de esgoto para mais de 200 mil pessoas na cidade de Jaboatão, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e saúde dos moradores.

A primeira intervenção foi iniciada na Avenida Ayrton Senna da Silva, bairro de Piedade, no trecho de mais de 900 metros entre as ruas Miguel Arcanjo e Maestro Nelson Ferreira. No local, serão implantados tubulações da rede de esgoto. Uma faixa da esquerda ficará isolada para a realização da obra e os motoristas devem ficar atentos à sinalização e realizar um desvio pelas outras faixas. O serviço será executado no período diurno, das 6h às 16h, e tem previsão de conclusão em até 60 dias.

Já no bairro de Cajueiro Seco, a intervenção está sendo realizada na Rua Santo Elias, trecho entre a Travessa Primeira de Santo Elias e a Praça da Curva da Gaia. Serão implantados mais de 630 metros de tubulações da rede coletora de esgoto. Por conta da obra, o trecho citado da rua Santo Elias será totalmente interditado ao tráfego e os motoristas devem realizar desvios através da Rua Dez (Sentido Prazeres – Cajueiro Seco) e Rua Pio XII (Sentido Cajueiro Seco – Prazeres). A obra será realizada no período noturno, das 21h às 6h, e deve ter duração de 40 dias.

Até o momento, já foram implantados mais de 70 mil metros de rede coletora de esgoto na segunda etapa da obra do SES Prazeres nos bairros de Barra de Jangada, Cajueiro Seco, Candeias, Piedade e Prazeres. Em caso de dúvidas ou mais informações, os moradores podem entrar em contato pelo Plantão Social da obra, por meio do número/WhatsApp (81) 99195-5717.

AGU quer dados de pessoas que estiveram nas imediações da Praça dos Três Poderes preservados por operadoras e redes sociais

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que garanta o armazenamento de dados de geolocalização das pessoas que estiveram nas imediações da Praça dos Três Poderes, em Brasília, durante os atos golpistas de domingo (8), quando as sedes de Executivo, Legislativo e Judiciário foram depredadas. O objetivo é auxiliar na identificação de criminosos.

Os dados devem se armazenados por 90 dias pelas operadoras de telefonia celular, com informações extraídas dos sistemas de geolocalização dos celulares e também das triangulações de rádio das antenas próximas.

No caso das redes sociais e aplicativos de mensagem, devem ser preservados os endereços de IP que identificam os acessos às plataformas, com local e hora. São mencionadas na petição Facebook, Instagram, Telegram, Whatsapp, Youtube, Google e Tik Tok, entre outras.

Devem ser coletados e guardados separadamente os dados referentes ao período entre as 13h e as 21h, especificou a AGU. As informações não devem ser encaminhadas ao órgão, mas somente armazenadas para eventual acesso por ordem judicial.

A AGU também defendeu que as plataformas de comunicação digital sejam obrigadas a derrubar e desmonetizar qualquer publicação que defenda atos terroristas ou o uso da violência contra o Estado Democrático de Direito, além de posts que promovam a invasão e depredação de prédios públicos.

Os pedidos foram feitos no âmbito dos inquéritos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que investigam a participação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em atos antidemocráticos.

Financiadores

Ontem (9), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que já foram identificadas as empresas responsáveis pelos ônibus que trouxeram militantes bolsonaristas de outros estados para participar de atos golpistas em Brasília. A AGU prepara pedido para o bloqueio de contas dessas pessoas jurídicas e de outras que financiaram os atos.

Edição: Nádia Franco – Agência Brasil

O jogador Daniel Alves se manifesta sobre grave acusação de assédio sexual em Barcelona

O jogador Daniel Alves, atualmente a serviço do Pumas, do México, se manifestou a respeito da acusação de assédio sexual feita por uma mulher de Barcelona, na Espanha, que supostamente teria ocorrido na noite de 30 de dezembro do ano passado na casa noturna Sutton, que fica na capital catalã.

De acordo com a denúncia, a jovem afirma que foi ao banheiro da balada simultaneamente com Daniel Alves. Segundo ela, o futebolista teria tentado colocar a mão em suas partes íntimas. A mulher que disse ter sido assediada estava com várias amigas e, segundo imagens das câmeras de segurança do estabelecimento, o grupo estava no local com o grupo de amigos de jogador, dançando.

Os registros feitos pelo circuito de monitoramento mostram também a ida dos dois ao banheiro casa, mas 47 segundos depois a jovem sai do local chorando e é amparada pelas amigas. Daniel Alves e seus companheiros, então, deixam a casa noturna na sequência.

“Primeiramente, gostaria de desmentir tudo. Eu estive nesse lugar, com mais gente, aproveitando. Todo mundo que me conhece sabe que eu adoro dançar. Eu estava aproveitando, mas sem invadir o espaço dos demais. Sempre respeitando o entorno”, disse o craque que por muitos anos vestiu a camisa do Barcelona numa entrevista ao Progama televisivo Y Ahora Sonsoles, da emissora espanhola Antena 3.

“Quando você decide ir ao banheiro não precisa perguntar quem está lá também. Sinto muito, mas não sei quem é esta senhorita. Não sei seu nome, não a conheço, nunca a vi antes na vida”, seguiu justificando o atleta.

Por fim, Daniel Alves ainda pediu que parassem com a acusação grave contra ele, que isso estaria “fazendo mal a ele e às pessoas que o cercam”. No entanto, o caso está nas mãos da polícia da Catalunha, que investiga a denúncia ouvindo testemunhas e tomando como base também as imagens das câmeras de segurança.