Toda a população pode se vacinar contra a gripe a partir de hoje

Dia D de vacinação contra a gripe no Leme, na zona sul do Rio de Janeiro.

A partir desta segunda-feira (3), toda a população pode se vacinar contra a gripe, inclusive quem faz parte do público prioritário e que ainda não se vacinou. De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação vai continuar enquanto durarem os estoques da vacina.

Até a última sexta-feira (31), quando terminou a campanha nacional, quase 80% do público prioritário foi vacinado, o que representa 47,5 milhões de pessoas. Os grupos prioritários tiveram entre os dias 10 de abril e 31 de maio para se vacinar com exclusividade.

Durante esse período, foram priorizados 59,4 milhões de pessoas, entre elas, gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses a menores de 6 anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, pessoas com comorbidades, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de profissionais de segurança e salvamento.

Até agora, seis estados já bateram a meta de 90%: Amazonas (98,5%), Amapá (98,5%), Pernambuco (93,6%), Espírito Santo (91,3%), Rondônia (90,4%) e Maranhão (90%). Os estados com menor cobertura são: Rio de Janeiro (63,7%), Acre (73%) e São Paulo (73,1%).

Segundo o ministério, a escolha do público prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) por serem grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. A vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença.

Por: Agência Brasil

Prefeitura de Petrolina alerta para responsabilidade conjunta no combate ao Aedes aegypti

Fotos: Jonas Santos

O apoio da população no combate ao mosquito Aedes aegypti é essencial para manter Petrolina longe de doenças como Dengue, Zyka e Chikungunya.  Os mutirões da prefeitura estão sendo intensificados, mas são hábitos diários de cada morador dentro das casas que fazem a maior diferença para que não haja criadouros e consequentemente a proliferação do mosquito transmissor das doenças.

A Vigilância em Saúde, vinculado à Secretaria de Saúde, destaca também a importância da notificação de casos suspeitos. Se a pessoa está com sintomas que podem ser indicativo das doenças, deve ir à unidade de saúde mais próxima para fazer a notificação. É através dela que os agentes de combate às endemias são sinalizados sobre os locais que devem passar pela intensificação das ações, busca ativa de focos do Aedes bem com a realização do bloqueio de transmissão com inseticidas.

Com a consolidação de dados do 3° Levantamento de Índice de infestação predial (LIRAa), feito  no início do mês de maio,  Petrolina apresenta índice geral de 2,1 %, que coloca a cidade em situação de médio risco para surto. O LIRAa, realizado a cada dois meses, serve como instrumento de monitoramento para os locais com maiores infestações dos ovos e larvas do mosquito.

O volume de casos suspeitos aumentou no último ano. De janeiro a maio de 2019, já são 470 casos notificados e 56 confirmados. No mesmo período em 2018, foram 50 casos notificados e 10 confirmados.  De acordo com a secretária Executiva de Vigilância em Saúde, Marlene Leandro, a população tem entendido a importância de informar os sintomas às unidades de saúde. “Buscamos a intensificação das ações por meio de parcerias com outros órgãos e sociedade civil. As pessoas começaram a ver que a parceria entre elas e o poder público no combate aos agravos é muito importante. Quando há um local com muitas notificações, nós sabemos que ali o trabalho precisa ser intensificado. Mas além das notificações, não podemos deixar os cuidados de lado”, explica.

COMBATE

Uma sugestão da Vigilância em Saúde é para que os moradores aproveitem o fim de semana com a família reunida e os vizinhos para fazer um ‘mutirão’ em suas casas. Com apenas 10 minutos, é possível verificar todo o quintal e jardins para eliminar locais que podem servir de criadouro para o mosquito, como recipientes que acumulam água, por exemplo. “Como passamos por um período de chuvas maior do que no ano passado, sem contar nos problemas de falta de água em alguns bairros, o que leva as pessoas a armazenarem o líquido pra utilização, tivemos o aumento da proliferação do mosquito. Por isso o alerta vai principalmente para os criadouros nas casas; até uma tampinha de garrafa pode abrigar larvas do Aedes”, informa Marlene.

Os agentes de combate às endemias realizam diariamente visitas domiciliares para orientação e tratamento focal na. Na zona rural, a partir de 1° de junho, serão iniciados mutirões de limpeza e busca ativa por focos. A primeira ação acontecerá no Projeto Maria Tereza.

Por: Assessora de Comunicação da Secretaria de Saúde de Petrolina

Lavrador de 51 anos tem pedra de 1,3 Kg e 18 cm retirada da bexiga em cirurgia na Bahia

Um lavrador de 51 anos passou por uma cirurgia em um hospital de Jacobina, na região norte da Bahia, para a retirada de uma pedra de mais de 1,3 Kg e com 18 cm de comprimento que estava na bexiga.

O procedimento ocorreu no Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, na segunda-feira (20). O médico que realizou o procedimento, o cirurgião João Cleber Coutiunho, disse que essa é uma das maiores pedras em bexiga já registradas no mundo (veja mais casos ao final da reportagem).

O médico afirmou que o paciente relatou que há 10 anos sentia ardência ao urinar e um peso no pé da barriga, mas somente em janeiro ele procurou saber as causas. Exames identificaram um cálculo de 10 cm na bexiga e o paciente, então, foi encaminhado para Salvador, onde foi alertado sobre a necessidade de realização da cirurgia.

O procedimento cirúrgico durou cerca de 1h e, além do médico João Cleber, outros cinco especialistas participaram da operação.

O paciente, que não teve nome divulgado, ainda está internado, mas segundo os médicos, está bem e falando.

O médico explica que as pedras na bexiga geralmente são causadas pela inflamação do órgão. Isso ocorre quando o corpo está desidratado ou a urina está muito concentrada, fazendo com que ela forme cristais na bexiga, que podem acumular ao longo do tempo e criar uma pedra cada vez maior.

Via: G1-BA

II Encontro de Serviço Social da UPAE/IMIP de Petrolina discute a “Judicialização na Saúde”

O II Encontro de Serviço Social do Vale do São Francisco, promovido pelo Serviço Social da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP), no último sábado (18), teve como tema central a “Judicialização na Saúde”.

Para auxiliar nas discussões foram convidados o promotor de justiça, Marcos Elesbão, que falou especificamente sobre o tema central; e a assistente social Maria Lúcia da Silva Souza, que discorreu sobre a atuação do profissional de serviço social frente à judicialização da saúde no contexto hospitalar.

Esse primeiro momento durou toda a manhã e animou a plateia lotada, composta por assistentes sociais, estudantes, docentes e demais interessados em políticas públicas e garantia de direitos.

À tarde aconteceram os minicursos: “Violência contra a Mulher” (ministrado pela assessora jurídica do Centro Especializado de Atendimento à Mulher, Talita Nunes) e “O Direito do Idoso e o Cuidado Familiar” (ministrado pela atual presidente do Conselho do Idoso de Petrolina, Francineide Santos).

O encontro encerrou por volta das 16h, com um cooffe break. De acordo com Nazaré Cunha, supervisora de Serviço Social e membro da organização do evento, a avaliação é muito positiva. “Nós, enquanto assistentes sociais e profissionais da saúde, precisamos buscar garantir o direito ao acesso à rede de saúde, cuja judicialização deve ser sempre o último recurso”, avalia.

Isso porque, para muitos, a judicialização na saúde é uma estratégia de exercício de cidadania que sobrepõe o direito individual ao coletivo, aumentando as desigualdades sociais no acesso e comprometendo a eficácia das políticas públicas.

“O ideal mesmo é que nós pudéssemos lançar mão de práticas que contribuíssem com a promoção de melhorias na assistência ao usuário. O nosso desafio maior é avançar no sentido de oferecer um acesso universal à saúde”, pondera a assistente social e ouvidora da UPAE, Síngryd Lima.

E é nesse sentido que a profissional acredita que o evento contribuiu. “Nós conhecemos mais a fundo a Rede de Saúde Pernambuco Bahia [Rede PEBA], inclusive as suas problemáticas, o lado da promotoria pública, e conseguimos entender onde o usuário está inserido nesse contexto. Então, já é um primeiro passo nesse longo caminho que temos para percorrer”, complementa.

A expectativa é de que as discussões evoluam para outro nível e que o próximo ano de evento seja ainda melhor, trazendo para o centro do debate temas que realmente precisam ser estudados mais a fundo. “Não tem sido fácil, mas continuaremos lutando e propondo melhorias para que cada cidadão tenha o seu direito [sobretudo] à saúde preservado”, afirma a assistente social da UPAE, Cinthya Souza.

Para a coordenadora geral da UPAE, Grazziela Franklin, é uma honra para Unidade poder promover um evento desse porte: “Sem dúvida é algo que nos enche de orgulho e nos faz acreditar que estamos no caminho certo, já que o nosso maior compromisso é o garantir à população de Petrolina e região uma assistência à saúde de qualidade, resolutiva e humanizada”.

UPAE/IMIP de Petrolina realizou uma ação contra as arboviroses, com foco no combate ao mosquito Aedes aegypti

A Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP) realizou, nesta quinta-feira (16), uma ação contra as arboviroses, com foco no combate ao mosquito Aedes aegypti transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

A iniciativa – que contou com o apoio da Segurança do Trabalho, Supervisão Operacional, Manutenção e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) – teve como base a conscientização através da informação e do lúdico.

“Distribuímos panfletos, cartazes, conversamos com profissionais, usuários e tivemos a participação de um colaborador nosso fantasiado de mosquito para que as pessoas consigam identificar em suas casas o agente transmissor”, esclarece a técnica em segurança do trabalho, Monaliza Carvalho.

De acordo com a coordenadora médica da Unidade, Bruna Spíndola, a campanha veio em boa hora. “Nós temos percebido um aumento no número de pacientes que têm chegado à UPA 24h com sintomas típicos das arboviroses, e não há forma de prevenção melhor do que educação em saúde”, garante.

Dados

No final do mês de abril o governo do estado divulgou o 2º Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) que apontou: Dos 184 municípios pernambucanos, 74 estavam em risco de apresentar surto de  dengue, zika e chikungunya. Até a data, o estado já havia confirmado 1.563 casos de dengue, outros 50 de chikungunya e 17 de zika. Também foram notificadas 21 mortes por arboviroses, mas sem confirmação.

Sintomas

Os sintomas das arboviroses variam muito, já que sua única característica em comum é o fato de serem transmitidas pelo mosquito. No entanto, dentro das subclassificações das arboviroses, algumas costumam ter sintomas semelhantes, como a Zika vírus e a febre chikungunya: Febre; Dor de cabeça; Mal-estar; Dor nas articulações; Manchas vermelhas e erupções na pele; Náuseas e vômito.

Diagnóstico

Durante o atendimento, o médico fará um exame físico/clínico para ver se os sintomas se relacionam mesmo às arboviroses e pedirá os exames laboratoriais conforme necessidade.

Tratamento

Não existem tratamentos específicos contra os vírus das arboviroses. No máximo o médico pode indicar medicamentos para tratar os sintomas. Geralmente, pede-se para o paciente evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada. Esses medicamentos têm efeito anticoagulante e podem aumentar o risco de sangramentos.

Prevenção

A melhor forma de evitar essas doenças é evitando o contato com o seu transmissor. Existem dois tipos de atitude importantes para evitá-lo: prevenir a picada e impedi-lo de se reproduzir.

Por: Anna Monteiro
Assessoria de Comunicação – UAPE/IMIP

Unidades de saúde de Petrolina estarão abertas neste sábado para ‘Dia D’ de vacinação contra gripe

Quem faz parte dos grupos prioritários, mas ainda não se vacinou contra a gripe, poderá aproveitar este sábado (4), data marcada para o ‘Dia D’ da Campanha Nacional de Vacinação, para se proteger do vírus.

Em Petrolina, a Unidade de Saúde Amália Granja, na Vila Mocó, será o local de referência para a cerimônia de abertura oficial do ’Dia D’. Paralelo a isso, todas as unidades de saúde também estarão funcionando, das 8 às 17h na zona urbana, e das 8h às 13h na zona rural.

“Convidamos o público-alvo para aproveitar o Dia D e ficar imunizado contra as formas mais graves da gripe. Importante que estejam com um documento de identificação e, se possível, o cartão do SUS. A vacinação é o melhor meio para se prevenir contra a gripe”, diz a coordenadora do Programa Municipal de Imunização de Petrolina, Marianna Araújo.

Devem se vacinar idosos a partir de 60 anos; crianças de seis meses a menores de 6 anos; gestantes; puérperas até 45 dias após o parto; profissionais de saúde; professores da rede pública e privada; militares na ativa, policiais e bombeiros; funcionários do sistema prisional; pessoas privadas de liberdade; adolescentes de 12 a 21 anos que cumprem medidas socioeducativas, além de pacientes com doenças crônicas não transmissíveis.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza teve início no último dia 10 de abril e segue até o próximo dia 31 de maio.  A expectativa é de que mais de 75 mil pessoas sejam vacinadas até o final da campanha em Petrolina.

Assessora de Comunicação da Secretaria de Saúde de Petrolina

Militares e policiais são incluídos em campanha de vacinação contra a gripe

Pela primeira vez, policiais e militares foram incluídos no público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Podem ser vacinados policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas, com documento que comprove o vínculo com alguma dessas instituições.

De acordo com nota enviada pelo Ministério da Saúde, esses profissionais, assim como os demais já contemplados na campanha, são expostos em atividades de risco em locais de aglomerações, um dos principais fatores de propagação do vírus da influenza.

A segunda etapa da campanha começou nesta segunda-feira (22) em Petrolina e segue até o próximo dia 31 de maio, com o Dia D previsto para 4 de maio.  A vacinação está disponível em todas as unidades de saúde do município, com horário de funcionamento das 8h às 17h na zona urbana e das 8h às 13h na zona rural.

Além destes profissionais devem se vacinar: trabalhadores da saúde (área pública e privada); crianças de 6 meses a 6 anos incompletos; gestantes; puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto) ; povos indígenas; idosos (a partir dos 60 anos); professores (rede pública e privada); pessoas com doenças crônicas e outras categorias de risco clínico; população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; e funcionários do sistema prisional.

A expectativa preconizada pelo Ministério da Saúde é que a vacinação alcance 90% de cada grupo do público-alvo da campanha. A vacina protege contra as formas mais graves do vírus, Influenza tipos A e B. “Portanto, convocamos os grupos prioritários para fazer uso da vacina, que é segura, não causa doenças, e é uma das únicas formas de ficar protegido do vírus, que, em alguns casos, pode até matar”, explica a coordenadora de imunização do município, Marianna Araújo.

Texto: Karem Moraes – Assessora de Comunicação da Secretaria de Saúde de Petrolina

Uma criança morreu engasgada com pirulito em Petrolina. Socorrista do SAMU orienta sobre o que fazer em casos como este

Na segunda-feira (22) um garoto de apenas 3 anos de idade morreu engasgado com um pirulito. O fato aconteceu na Rua 22 do bairro Rio Corrente nesta cidade de Petrolina, Sertão pernambucano.

São em momentos como este que os familiares ou alguém que esteja no local de uma ocorrência como esta, saber os procedimentos necessários.

Engasgar é uma situação em que todos estão sujeitos a passar. Mas, você sabe o que fazer quando isso acontece? O socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Petrolina, Nilton Leite, orienta sobre as medidas a serem adotadas quando esse incidente ocorrer.

Em termos de anatomia, o engasgo é um problema que atinge a epiglote, válvula responsável pelo fechamento da traqueia, que direciona o alimento para o esôfago. Quando um alimento ou líquido bloqueia a passagem de ar, o engasgo acontece. Nesses casos, caso a vítima não consiga desengasgar sozinha, é necessário receber socorro imediatamente, segundo o socorrista do Samu.

“Em casos de engasgo, a vítima deve ser socorrida imediatamente, para poder reverter o quadro da maneira mais rápida possível e assim, evitar que o cérebro fique muito tempo sem receber oxigênio. Por isso, se o problema não conseguir ser solucionado, o Samu pode ser acionado por meio do telefone 192, para que sejam repassadas orientações de como se proceder com a vítima”, explicou Nilton.

Quando o Samu é acionado, as primeiras informações passadas pela pessoa que está ligando são essenciais. Isso irá auxiliar o médico regulador na orientação sobre os primeiros socorros e qual procedimento deve ser adotado, antes da chegada da ambulância.

Existem dois tipos de técnicas que os socorristas do Samu orientam a população a fazer em situações de engasgo, sendo uma específica para recém-nascidos e outra para as demais faixas etárias, a partir de 1 ano. “Quando um bebê se engasga, geralmente com leite após a amamentação, devemos desobstruir as vias aéreas. Para isso é necessário colocar o peito do bebê repousado em uma mão um pouco inclinada; com a outra mão é necessário bater nas costas do bebê até o alimento ser expelido”, explicou.

Outra técnica recomendada para as demais faixas etárias é conhecida como manobra de Heimlich, onde uma pessoa deve abraçar a vítima engasgada por trás. “Além disso , é necessário apertar com as mãos na altura do abdômen, de baixo para cima, fazendo pressão no diafragma, para que haja a liberação das vias aéreas, expulsando o alimento ou objeto que esteja bloqueando a passagem do ar”, esclareceu Nilton Leite.

PRIMEIROS SOCORROS

Para ensinar a população sobre o que fazer em casos de alguns incidentes, a exemplo de engasgos, o SAMU de Petrolina promove diversas atividades educativas, como o “Amigos do SAMU”, que leva orientações de primeiros socorros a alunos de escolas municipais, além de treinamentos e palestras em locais públicos.

Governo autoriza aumento de até 4,33% no preço de medicamentos

O governo federal autorizou reajuste de até 4,33% no preço dos remédios para 2019, já a partir deste domingo, 31. O aumento está publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) de ontem em decisão da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). “As empresas produtoras de medicamentos poderão ajustar os preços de seus medicamentos em 31 de março de 2019, nos termos desta resolução”, diz o ato.

Diferentemente de anos anteriores, o reajuste em 2019 será linear para todos os tipos de medicamentos. Este ano, o aumento ficará um pouco acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado de março do ano passado até fevereiro deste ano, esse índice foi de 3,89%.

O Ministério da Saúde explica em nota que o porcentual não é um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste. Com isso, cada empresa pode optar por aplicar o índice total ou menor. “Será uma correção igualitária para os três grupos de insumos: os de maior concorrência, concorrência moderada e concentrada”, diz a pasta. De acordo com o ministério, mais de 12 mil apresentações de medicamentos são comercializadas no Brasil.

Monitoramento

Outra resolução da Cmed, também publicada no Diário Oficial extra, dispõe sobre o monitoramento e liberação de critérios para o estabelecimento ou ajuste de preços dos medicamentos isentos de prescrição médica, medicamentos fitoterápicos, produtos tradicionais fitoterápicos e anestésicos locais injetáveis de uso odontológico. A norma “aplica-se a quaisquer pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado que atuem no mercado de medicamentos, dentre as quais, as empresas produtoras de medicamentos, representantes, distribuidoras de medicamentos e o varejo”.

Dentre outros pontos, a resolução classifica em três grupos os medicamentos passíveis de monitoramento e liberação dos critérios de estabelecimento ou ajuste de preços.

Pesquisa mostra que 53 rios estão com água imprópria para usos por conta da poluição e da precária condição ambiental

Em apenas 6,5% dos rios da bacia da Mata Atlântica, a qualidade da água é considerada boa e própria para o consumo, de acordo com relatório divulgado hoje (22), Dia Mundial da Água, pela Fundação SOS Mata Atlântica. Dos 278 pontos de coleta de água monitorados em um total de 220 rios, 74,5% apresentam qualidade regular, 17,6% são ruins e, em 1,4%, a situação é péssima. Nenhuma amostra foi considerada ótima.

A conclusão do relatório O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias da Mata Atlânticaé que os rios estão perdendo lentamente a capacidade de abrigar vida, de abastecer a população e de promover saúde e lazer para a sociedade.

“Os rios brasileiros estão por um triz, seja por agressões geradas por grandes desastres ou por conta dos maus usos da água no dia a dia. Nossos rios estão sendo condenados pela falta de boa governança”, disse a especialista em água Malu Ribeiro, assessora da SOS Mata Atlântica.

A qualidade de água péssima e ruim, obtida em 19% dos pontos monitorados, mostra que 53 rios estão indisponíveis – com água imprópria para usos – por conta da poluição e da precária condição ambiental das suas bacias hidrográficas, segundo a fundação.

O relatório traz o balanço das análises feitas nos 220 rios, de 103 municípios dos 17 estados abrangidos pela Mata Atlântica. Nos 278 pontos monitorados, foram feitas 2.066 análises de indicadores internacionais que integram o Índice de Qualidade da Água (IQA), composto por 16 parâmetros físicos, químicos e biológicos na metodologia desenvolvida pela SOS Mata Atlântica.

Comparativo

A SOS Mata Atlântica considera que houve poucos avanços na gestão da água dos rios da bacia. Com o relatório deste ano, foi possível mensurar, pela primeira vez, a evolução dos indicadores de qualidade da água em todos os 17 estados abrangidos pela Mata Atlântica, comparando com o ciclo de monitoramento anterior, no ano passado, quando foram coletadas amostras em 236 pontos.

Considerando apenas os mesmos 236 pontos de coleta, os índices considerados regular (78% em 2018 e 75,4% em 2019) e ruim (17,4% em 2018 e 16,9% em 201) não apresentaram diferenças significativas. Já os pontos péssimos passaram de zero para três e os considerados bons de 11 para 15.

“[As contaminações] refletem a falta de saneamento ambiental, a ineficiência ou falência do modelo adotado, o desrespeito aos direitos humanos e o subdesenvolvimento”, disse Cesar Pegoraro, biólogo e educador ambiental da Fundação SOS Mata Atlântica.

Para melhorar o índice de qualidade das águas da Mata Atlântica, a entidade avalia ser fundamental que a Política Nacional de Recursos Hídricos seja implementada em todo território nacional, de forma descentralizada e participativa, por meio dos comitês de bacias hidrográficas.

A fundação ressalta que os rios que se mantiveram na condição boa ao longo de anos, comprovam a relação direta com a existência da floresta, de matas nativas e as áreas protegidas no seu entorno. “O inverso também está demonstrado por meio da perda de qualidade da água, nos indicadores ruim e péssimo obtidos quando se desprotege nascentes, margens de rios e áreas de manancial, com o uso inadequado do solo e o desmatamento”, avalia a SOS Mata Atlântica.

São Francisco

Entre os principais alertas feitos pela entidade a partir do resultado do estudo das amostras, está o fato de que o rio São Francisco já está contaminado com rejeitos da barragem Córrego do Feijão, da empresa Vale, que se rompeu em 25 de janeiro, no município de Brumadinho (MG).

Dos 12 pontos analisados no São Francisco, nove estavam com condição ruim e três, regular, o que torna o trecho a partir do Reservatório de Retiro Baixo – entre os municípios de Felixlândia e Pompéu – até o Reservatório de Três Marias, no Alto São Francisco, com água imprópria para usos da população.

Nesses pontos de coleta, a turbidez – transparência da água – estava acima dos limites legais definidos pela Resolução 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), para qualidade da água doce superficial. Em alguns locais, esse indicador chegou a alcançar duas a seis vezes mais que o permitido pela resolução.

Segundo a entidade, as concentrações de ferro, manganês, cromo e cobre também estavam acima dos limites máximos permitidos pela legislação, o que evidencia o impacto da pluma de rejeitos de minério sobre o Alto São Francisco.

“Os dados comprovam que o Reservatório de Retiro Baixo está segurando o maior volume dos rejeitos de minério que vem sendo carreados pelo Paraopeba. Apesar das medidas tomadas no sentido de evitar que os rejeitos atinjam o rio São Francisco, os contaminantes mais finos estão ultrapassando o reservatório e descendo o rio e já são percebidos nas análises em padrões elevados”, divulgou a SOS Mata Atlântica.

Indicador ANA

A Agência Nacional de Águas (ANA) afirma que os rios brasileiros têm Índice de Qualidade das Águas (IQA) – indicador que analisa nove parâmetros físicos, químicos e biológicos – considerado bom na maioria dos pontos monitorados, mas que o índice cai perto das regiões metropolitanas, sendo que várias delas coincidem com o bioma Mata Atlântica, e em alguns reservatórios do Semiárido.

“Vários fatores podem contribuir para a melhoria da qualidade da água. Ações de controle da poluição hídrica influenciam para a melhora do IQA, especialmente por meio do tratamento de esgotos, controle da poluição industrial e das práticas agrícolas. Variáveis climáticas, tais como mudanças prolongadas no regime de chuvas e no escoamento superficial, também têm o potencial de influenciar o indicador”, informou, em nota, a ANA.

Atlas Esgotos, lançado pela ANA em 2017, mostrou que os esgotos domésticos não tratados são uma grande fonte de poluição pontual no país, que influencia negativamente os níveis de oxigênio das águas.

Por: Agência Brasil